quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Mineradoras Buscam Plano para Enigma do Crescimento Chinês


A Rio Tinto, segunda maior mineradora do mundo, já não tem certeza quanto ao futuro do crescimento da China, sua maior cliente. E não é a única. A demanda de curto prazo da China continua difícil de compreender, disse o CEO da Glencore, Ivan Glasenberg, no mês passado, depois que as maiores mineradoras foram pegas de surpresa neste ano pelo estímulo chinês que ampliou a demanda por matérias-primas, elevando os preços após cinco declínios anuais seguidos. A Rio agora considera as metas de longo prazo inúteis e elaborou uma série de possíveis cenários de crescimento, com títulos como “Mal-estar na China” e “Aos trancos e barrancos”, segundo o CEO da empresa, Jean-Sebastien Jacques.
“Não se trata de uma tentativa de prever o futuro, e sim de se preparar para qualquer futuro — foi nesse ponto que as empresas de mineração e metais se equivocaram no passado”, disse o líder do setor global de mineração e metais da EY, Miguel Zweig, em resposta por email. “O crescimento da China, que é crucial para os preços, é difícil de antecipar”.
Com a perspectiva turva, a Rio, que recebeu cerca de 42 por cento das receitas do primeiro semestre da China, se afastou de sua projeção de que a produção de aço do país subirá até 2030 até atingir um pico de cerca de 1 bilhão de toneladas. O principal economista da BHP Billiton disse neste mês que os exportadores de minério de ferro foram apanhados pelos preços mais elevados, enquanto a Glencore contabilizou no mês passado um prejuízo de US$ 395 milhões depois de fazer hedge para a produção futura de carvão antes do rali gerado pelo aumento das importações chinesas.
Planejar-se para vários cenários de crescimento da China seria uma medida positiva para as mineradoras, assim como os sinais de que elas estão preparadas para reagirem mais à oferta, disse Tim Murray, sócio-gerente da J Capital Research, que é focada na China, por telefone, de Sidney. Devido à incerteza em relação aos preços, os produtores deverão aumentar a produtividade e continuar revisando os portfólios para se concentrarem nas commodities e nas regiões mais importantes, segundo Zweig, da EY, de São Paulo.
A Glencore está monitorando de perto a demanda da China por commodities e também os ajustes do país à produção de carvão para tomar decisões sobre sua produção, disse Glasenberg no mês passado. A equipe de marketing da BHP, incluindo profissionais que trabalham na China, “têm ordens de desafiar as visões atuais”, disse o presidente de marketing e oferta da produtora, Arnoud Balhuizen, em entrevista coletiva, em Cingapura, em 2 de setembro. “Queremos considerar uma série de cenários, por mais incômodos que às vezes eles possam ser”.

Fonte: Bloomberg

PL Facilita Normas para Exploração



Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 5751/16, que tem como objetivo simplificar as normas para exploração de rochas ornamentais – como granito, mármore e ardósia, usadas como revestimento de pisos; e rocha calcária – que gera o cal para usar argamassa na construção civil.
A proposta abre a possibilidade de se explorar essas rochas apenas com licenciamento. Pelas regras atuais, esse tipo de extração mineral está submetido a regimes de autorização e concessão. “Adotado o novo regime, a simplificação do processo trará ao setor maior celeridade na obtenção dos títulos e maior segurança em seus investimentos”, afirmou o autor da proposta, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A proposta amplia ainda o licenciamento para argila de todo tipo de indústria e não apenas para fabricação de cerâmica vermelha, como prevê a lei 6.567/78, que trata do regime de exploração e aproveitamento de rochas e minerais como os de uso imediato na construção civil, conhecidos como agregados.
Segundo o autor da proposta, o licenciamento não reduz a necessidade de se atender a todos os requisitos para obtenção de licenças ambientais. “A garantia da preservação do meio ambiente permanece intocada. E o resultado será a expansão de um setor que pode muito contribuir para a recuperação econômica do País.”. Atualmente, o DNPM autoriza ou concede a os direitos de exploração e lavra seguindo procedimentos que podem demorar até cinco anos. Com o intuito de reduzir este tempo, está sendo adotada a guia de utilização, documento que autoriza a lavra em fase experimental, mas sem a segurança jurídica de concessão. “O que deveria ser exceção virou regra. Pode-se deduzir dessa situação que o atual modelo de gestão minerária brasileiro não tem mais sustentação”, disse Ferraço. Em 2014, foram emitidas 1.083 guias de utilização e outorgadas apenas 281 portarias de concessão de lavra.
A proposta tramita em regime de prioridade e caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Brasil Mineral

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Brasil se prepara para 2ª fase do enriquecimento de urânio


As Indústrias Nucleares do Brasil (INB) estão se preparando para entrar na 2ª fase do enriquecimento isotópico de urânio. Atualmente, a usina de enriquecimento da INB, localizada em Resende, RJ, possui seis cascatas de ultracentrífugas em operação, atendendo cerca de 40% das necessidades de Angra 1. Após concluída a fase atual de implantação da Usina – primeira etapa –, com a construção e entrada em operação de mais três cascatas, serão atendidas 100% das necessidades de urânio enriquecido da usina de Angra 1 e 20% de Angra 2.
Os detalhes desta 2ª Fase do enriquecimento isotópico de urânio no Brasil vão ser detalhados pelo próprio presidente da INB, João Carlos Derzi Tupinambá, durante sua participação no VII Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN 2016), que acontece nos próximos dias 20 e 21 de setembro, no Centro Cultural FGV, no Rio de Janeiro. O presidente da INB participa de um painel que vai debater o tema “Combustível nuclear – como gerar novos negócios e oportunidades para o Brasil”.
Recentemente, a INB anunciou a exportação, pela primeira vez, de urânio enriquecido para a Argentina. O contrato, assinado com a empresa estatal argentina Combustibles Nucleares Argentinos S.A. (Conuar), prevê a exportação de quatro toneladas de pó de dióxido de urânio (UO2) para serem utilizadas na carga inicial de combustíveis do reator modular argentino Carem.
Além do Brasil, apenas outros 11 países dominam o ciclo de enriquecimento do urânio.  A tecnologia utilizada na unidade da INB em Resende é a de ultracentrifugação para enriquecimento isotópico do urânio, que foi desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN). Segundo João Carlos Derzi Tupinambá, esse primeiro fornecimento ao país vizinho, “além de ser um marco nas relações Brasil-Argentina, consolida a presença da INB, e portanto do Brasil, no cenário internacional do enriquecimento de urânio para fins pacíficos”.
SIEN2016 debate novo modelo
Os temas de vários painéis e palestras do Seminário Internacional de Energia Nuclear – SIEN 2016 já estão definidos. O SIEN 2016 terá como tema central “Um Novo Modelo de Financiamento para o Negócio Nuclear no Brasil”. Através de painéis e palestras, o Seminário irá trazer discussões sobre a política nuclear no Brasil, os desafios para o desenvolvimento e gestão do setor no país, novas tecnologias e soluções para construção e operação de usinas nucleares, bem como os diversos usos da radiação para fins pacíficos.
O SIEN 2016 tem por objetivo dinamizar o debate e apresentar soluções e novas tecnologias para o desenvolvimento nuclear, criando um espaço importante para a discussão e intercâmbio técnico-profissional, além de um ambiente favorável para a realização de negócios. O Seminário chega à sétima edição como uma referência na discussão nuclear, reunindo empresas brasileiras e internacionais, autoridades do governo, agências internacionais, técnicos e gestores da cadeia industrial do setor, universidades, institutos de pesquisa, associações técnicas, profissionais e empresariais, entre outros segmentos. O evento, promovido anualmente pela Planeja & Informa Comunicação e Casa Viva Eventos, contará este ano com a parceria da FGV Energia, Centro de Estudos e Pesquisas da Fundação Getúlio Vargas.
No painel que debaterá o tema principal do SIEN 2016 estarão, entre outros, o especialista Otávio Mielnik, da Fundação Getúlio Vargas; Leonam dos Santos Guimarães, Diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear; Luiz Alberto da Cunha Bustamante, consultor legislativo do Senado Federal para a área de Minas e Energia, e Antonio Ferreira Muller, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN). As discussões sobre “Experiências e modelos de parcerias para gestão, construção e operação no setor nuclear” contarão com a participação de Orpet Peixoto, diretor da AF Consult, empresa que atua em 80 países e está presente no Brasil desde 2012 na atividade de engenharia consultiva com foco nas áreas automotiva, de celulose e de energia nuclear. O painel terá também um representante da estatal russa de energia nuclear Rosatom e da francesa Areva / Atmea, líder global em energia nuclear e renovável.
O Vice-Almirante Ney Zanella dos Santos e o Contra-Almirante Luciano Pagano, respectivamente diretor presidente e diretor comercial da Amazul, apresentarão as atividades de projetos de instalações nucleares da empresa, criada em 2013 com o objetivo de promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades do Programa Nuclear da Marinha (PNM), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB). Vale lembrar que a tradicional visita técnica que encerra o SIEN será este ano ao Estaleiro e Base Naval de Submarinos (EBN) da Marinha do Brasil, em Itaguaí, região metropolitana do Rio, onde está sendo implementado o Prosub.
As inscrições para o SIEN 2016 podem ser feitas pelo e-mail inscricao.planeja@gmail, www. sienbrasil. com e telefones (5521) 2215-2245 / 2244-6211. As empresas interessadas em participar do evento e da EXPONUCLEAR como patrocinadoras ou trazendo suas tecnologias para a mesa de debates, podem entrar em contato com a  Planeja e Informa Comunicação e Marketing através do e-mail informacoes@sienbrasil.com- telefone: (55 21) 2215-2245. Sócios da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), da ABDAN, da FEBRAE e do Instituto de Engenharia, da ABCE, da ABRAGET e da ANACE têm 10% de desconto na inscrição. Já estudantes contam com 50% de desconto.

Fonte: JB

Qual é o segredo da Austrália, o país que está há 25 anos sem sofrer uma recessão


É preciso voltar muito no tempo para encontrar uma fase de crise na economia australiana. Em 1990, a seleção argentina, encabeçada por Maradona, era campeã de futebol. Os poucos telefones celulares em operação eram do tamanho de um tijolo de construção. E a União Soviética estava em seu processo final de desintegração.
Desde 1991, e por 25 anos consecutivos, a economia australiana só vem crescendo. Os dados mais recentes, de junho, mostram que a economia está crescendo a um ritmo anual de 3,3%. Só faltam três trimestres para que a Austrália alcance o recorde de maior crescimento econômico contínuo na época moderna – que atualmente pertence à Holanda: 26 anos.

Economia diversificada

O bom desempenho experimentado pela economia australiana tem ainda mais mérito devido ao colapso dos preços internacionais das matérias-primas – uma tendência ameaçadora para uma nação voltada para a mineração. A explicação pode ser encontrada, parcialmente, na boa sorte, segundo a correspondente de economia asiática da BBC, Karishma Vaswani.
“As minas foram fechadas e empregos foram perdidos nesse setor. Mas não esqueçamos que a Austrália é uma economia altamente diversificada”, afirmou.
“Turismo, finanças, tecnologia e educação são os componentes principais da economia da Austrália e se beneficiaram de uma moeda australiana mais fraca”, segundo a correspondente.
Também ocorreram lucros no setor agrícola e a mesma indústria de mineração obteve um alívio na recente desvalorização do dólar australiano, o que fez os produtos do país ficarem mais baratos no exterior.
E os avanços tecnológicos a fizeram mais competitiva.

Alto padrão de vida

Mas, independente do desenvolvimento recente, o fato é que a Austrália está há mais de uma geração sem conhecer uma verdadeira crise econômica. O país conta com abundantes recursos naturais e seu território tem dimensões continentais.
Conta com recursos minerais, mas também se beneficiou com correntes migratórias que levaram profissionais e empresários de todo o mundo para viver no país. A Austrália atrai novos habitantes, em parte com a promessa de uma boa qualidade de vida em meio a praias, natureza e um clima agradável – além de cidades cosmopolitas como Sydney e Melbourne.
O desemprego está um nível baixo, de cerca de 5%. E há muitos australianos que nunca experimentaram uma crise econômica. Mas analistas advertem que com uma demanda externa que às vezes vacila, um elevado nível de endividamento de seus habitantes e outros fatores que diminuem o consumo, não se pode descartar uma desaceleração do crescimento.
Por isso, a Austrália não pode se descuidar nos 9 meses que faltam para alcançar a Holanda e ficar com a medalha de ouro no crescimento econômico mundial.

Fonte: G1

Rio de Janeiro recebe a segunda edição do maior evento técnico-científico da América Latina nas áreas de metalurgia, materiais e mineração



Estão abertas as inscrições para a ABM Week 2016, considerado o maior evento técnico-científico da América Latina nas áreas de metalurgia, materiais e mineração. Pelo segundo ano consecutivo, a ABM (Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração) realiza simultaneamente, no mesmo local, os 12 tradicionais eventos da entidade: o 71° Congresso Anual e os seminários de Laminação, Aciaria, Redução, Minério de Ferro, Aglomeração, Logística, Balanços Energéticos, Gases Industriais, Automação e TI e Trefilação, além do Enemet – Encontro Nacional de Estudantes de Engenharia Metalúrgica, de Materiais e de Minas. As inscrições podem ser feitas diretamente no site do evento: http://www.abmbrasil.com.br/abmweek2016/.
De acordo com a organização, a expectativa é reunir cerca de duas mil pessoas do Brasil e do exterior, entre executivos e profissionais da indústria e de empresas fornecedoras de produtos e serviços para o setor, além de acadêmicos, pesquisadores e estudantes. Na programação, painéis, mesas-redondas, homenagens, premiações e sessões técnicas, com a apresentação de mais de 500 trabalhos. Para o presidente executivo da ABM, Horacidio Leal Barbosa Filho, o evento é uma oportunidade única para que todos os participantes possam compartilhar conhecimento e se atualizar sobre novas tendências. “Com a ABM Week fortalecemos e aproximamos diversas áreas de toda a cadeia produtiva, incluindo os chamados setores transversais, como logística, automação e TI e energia”, ressalta.
Plenárias e Painéis – Destaques da programação, as plenárias e painéis da ABM Week abordarão questões relevantes para os setores representados no evento, ações consagradas mundialmente e tendências que possam impulsionar as empresas brasileiras, muitas das quais com operações globalizadas. À frente das apresentações estarão renomados especialistas de vários continentes, referências mundiais nas comunidades industrial e acadêmica. Entre os temas em debate está a produtividade diante da crise. No dia 27/09, na Plenária “Como ser mais produtivo?”, coordenada por Francisco Coutinho Dornelas, assessor da diretoria de Aços Planos América do Sul da ArcelorMittal, os debatedores irão mostrar como as empresas do setor estão lidando com a crise, quais estratégias estão implementando e, especificamente, que ações estão desenvolvendo para superá-la. A série de palestras será aberta por Celso Chapinotte Lury, diretor da Gartner Goup e com experiência de 40 anos em consultoria e aplicação de tecnologias nos mais variados setores da economia. Lury abordará o tema “Tsunami digital”. Em seguida, o vice-presidente de Operações da ArcelorMittal Tubarão, Jorge Luiz Ribeiro, falará sobre “Excelência operacional”. Também participam o coordenador geral da ABM WEEK, Enéas Garcia Diniz, assessor da presidência da CSN, e Daniel Freire, executivo da Novelis. Albano Chagas Vieira, presidente do Conselho de Administração da ABM, atuará como mediador dos debates.
Já no dia 28/07, o destaque será a plenária “Geração de conhecimento e criação de valor”. De acordo coordenador Eduardo Côrtes de Castro, gerente de Cilindros de Laminação da CSN, o objetivo dos debates é compartilhar diferentes visões da gestão estratégica do conhecimento e sua relação com a competitividade das empresas, permitindo uma reflexão sobre as melhores abordagens para superar as adversidades impostas pelo contexto mundial e nacional através da inovação tecnológica. Segundo ele, a competitividade passa a ser uma questão chave para as empresas que pretendem sobreviver e alcançar sucesso neste mercado. “A criação de valor para os clientes figura como o grande diferencial”, pontua.
Participam da plenária o professor titular da Escola Brasileira de Administração Pública – FGV e pesquisador associado sênior da Universidade de Oxford (Reino Unido), Paulo N. de Figueiredo, que irá tratar do tema “Acumulação de competências tecnológicas e processos de aprendizagem – fatores fundamentais para a inovação”. Luiz Eugênio Araújo de Moraes Mello, diretor de Tecnologia e Inovação da Vale, falará sobre “Transformação de conhecimento em inovação tecnológica – visão estratégica e resultados da Vale”. O diretor de Tecnologia e Inovação da Votorantim Metais, Alexandre Gonzaga Magalhães Gomes debaterá o “Aumento da competitividade através da gestão do conhecimento inovador” e Hermeno Pinto Gonçalves, diretor Corporativo Industrial, Engenharia e SSMA da Gerdau, fará sobre “Gestão estratégica do conhecimento e sua influência nos resultados”. O moderador dos debates será o engenheiro Marcio Frazão Guimarães Lins, da CSN.
Durante a ABM Week 2016, haverá também cursos pré-evento, no dia 26/09, e , no dia 30/09, visitas técnicas a empresas do setor. Com uma agenda de treinamentos que envolve várias áreas do conhecimento nos segmentos de siderurgia, não ferrosos e mineração, os cursos pré-eventos estão abertos a qualquer pessoa interessada em se capacitar ou se atualizar, independentemente de estar inscrito na ABM Week. Os interessados deve acessar o site do evento para informações e inscrições.

Fonte: ABM