segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Calculadora de Custos para equipamentos de mineração – CostMine



A Calculadora de Custos é uma ferramenta para estimar custos de aquisição e operação de equipamentos para projetos de mineração, abrangendo as áreas de lavra (céu aberto, subterrânea, placer), processamento mineral, transporte, operações para serviços auxiliares de mina, armazenamento, etc.
O banco de dados da CC possui mais de 3.400 modelos de equipamentos comumente encontrados nas minas em todo o mundo.

Fonte: CostMine

Tido como morto, Rio Doce ‘ressuscitará’ em 5 meses, diz pesquisador



Embora esteja considerado atualmente “morto”, o rio Doce, que recebeu mais de 25 mil piscinas olímpicas de lama proveniente do rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), “vai ressuscitar” em até cinco meses, no final da época de chuvas, em abril do próximo ano.
A afirmação é de Paulo Rosman, professor de Engenharia Costeira da COPPE/UFRJ e autor de um estudo encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente para avaliar os impactos e a extensão da chegada da lama ao mar, ocorrida no último domingo e que afeta a costa do Espírito Santo.
Embora especialistas tenham divulgado previsões de danos catastróficos, que incluiriam danos à reserva marinha de Abrolhos, no sul da Bahia, e um espalhamento da lama por até 10 mil m², Rosman afirma que os efeitos no mar serão “desprezíveis”, que o material se espalhará por no máximo 9 km e que em poucos dias a coloração barrenta deve se dissipar.
Para ele, há três diferentes cenários de gravidade do desastre e de velocidade de recuperação. No alto, onde a barragem se rompeu, próximo ao distrito de Bento Rodrigues, deve durar mais de um ano e dependerá de operações de limpeza dos escombros e de um programa de reflorestamento. Para ele, a sociedade e os governos mineiro e federal precisam cobrar de Vale e BHP Billiton, donas da Samarco, o processo de reflorestamento e reconstrução ambiental, de custo “insignificante” para as empresas.
Ele diz que, na maior parte do percurso do rio Doce, as próprias chuvas devem limpar os estragos e os peixes devem voltar ao rio no período de cinco meses, e, no mar, a diluição dos sedimentos deve ocorrer de forma mais rápida – até janeiro do próximo ano.
Ao mesmo tempo, o especialista considera “inaceitável” que o governo permita que as pessoas voltem a morar nas regiões afetadas e que seria “criminoso” não retirar os outros povoados que se encontram nas linhas de avalanche de outras barragens.

Leia os principais trechos da entrevista:

BBC Brasil – Nos últimos dias, especialistas, ativistas, moradores, pescadores e indígenas têm repetido que o rio Doce “está morto”. O senhor diz que ele “vai ressuscitar”. Como isto deve acontecer?
Paulo Rosman – Eu vou repetir um chavão muito conhecido: o tempo é o senhor da razão. Há a visão quantitativa e fria do pesquisador, do cientista, e a visão emocional e por vezes desesperada do morador, do pescador e do índio. Os dois estão expressando as suas razões. Nenhum dos dois está certo ou errado.
No caso da ciência as coisas são mais factuais, quantitativas, mais numéricas. No caso do indígena, ele constata e sofre com a “morte” do rio. A diferença é que o rio está morto neste momento, é verdade, mas ressuscitará muito rapidamente, e eles vão poder comprovar isso.
Há muitos exemplos de acidentes muito mais graves e mais sérios do que este da barragem de Mariana. Veja a erupção vulcânica do monte Santa Helena, nos Estados Unidos (em 1980). Foi tudo devastado e destruído, nua área imensamente maior. Você vai lá hoje e vê que os animais voltaram e a mata voltou.Para fazer a conta, você tem que pegar o peso da lama e dividir pela massa específica dessa lama. Se neste momento eu tenho 4 kg/m³ de água e for dividir pela massa da lama, dá mais ou menos 1,3 mm. Então isso significa que se esses sedimentos todos se depositassem no fundo do rio formariam um tapete de 1 mm de espessura, o que nem vai acontecer, porque a correnteza vai levar.
As fortes chuvas entre novembro e abril “lavarão” o rio Doce, num processo natural. Digo isso baseado em quantidades de sedimentos, em conhecimentos de processos sedimentológicos, na dinâmica de transporte desses sedimentos pelas correntes dos rios, dos estuários, das zonas costeiras. Então essas coisas são relativamente rápidas, a natureza se adapta, se reconstrói, se modifica.

BBC Brasil – Como o senhor avalia a mortandade e o retorno de peixes ao rio, posteriormente? E como responde a especialistas que avaliam que a recuperação da área e do rio pode levar mais de dez anos?
Rosman - A onda de lama matou os peixes, mas o volume, pelo que eu vi publicado nos jornais, representa uma quantidade muito baixa. A não ser que tenha havido algum erro de cálculo, foi divulgado que morreram 8 mil kg de peixes no rio Doce. Veja, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro: quando há uma baixa mortandade, estamos falando em 70 mil peixes, mas este número pode chegar a 200 mil, e depois sempre há o retorno. A gente sabe que não demora muito para que a Lagoa encha de peixe de novo.
Quanto aos comentários de especialistas citados, eu diria apenas que eu espero que eles estejam enganados. Não vou entrar em discussão. Mas basta olhar coisas que já aconteceram. Por exemplo, a quantidade de sedimentos que desceu dentro do rio Itajaí-Açu (SC), no final de 2008, quando caíram inúmeras encostas no vale do Itajaí, na região de Itajaí e Blumenau. Houve um desmoronamento do cais do porto, um mega-assoreamento do canal do porto de Itajaí, sem contar diversas mortes na tragédia. Foi um evento natural, e em quantitativos ele é extremamente maior do que esse do rio Doce.
E o porto de Itajaí está lá, o rio Itajaí-Açú está lá, Blumenau está lá. O rio voltou ao normal. Sinceramente eu acho que essas pessoas estão sendo movidas pelo impacto humano da tragédia, pela emoção. As mortes e os prejuízos são dores e perdas eternas. Mas temos que separar. Para voltar para o plano racional, só deixando o tempo passar.

BBC Brasil – É possível mensurar a quantidade de sedimentos que chegou ao mar do Espírito Santo e o impacto ambiental disso? Dias atrás cientistas cogitaram impactos catastróficos nos ecossistemas marinhos da região.
Rosman - Sim. De acordo com os últimos números, a concentração a 10 km de distância da foz do rio Doce, onde a lama teve contato com o mar, está entre 50 e 20 mg/l de sedimentos em suspensão. Isto é muito insignificante para ser considerado um risco ambiental. É absolutamente desprezível.
Para se ter uma ideia, a água transparente do mar, costeira, tem tipicamente 5 mg/l de sedimentos em suspensão. A água dentro de uma baía tem tipicamente entre 50 mg/l a 100 mg/l de sedimentos em suspensão. A água de um rio com cor barrenta tem em torno de 500 mg/l de sedimentos de suspensão, são todos dados naturais. Rios muito barrentos, como o Amazonas, têm entre 1.500 e 2.000 mg/l de sedimentos em suspensão na época de cheia.
Então se a 10 km da foz do rio Doce você vai ter concentrações de no máximo 50 mg/l no mar, embora você veja a coloração diferente por mais algumas semanas, é óbvio que não estamos falando de danos ambientais. Diferentemente de um vazamento de petróleo, que você usa bactérias para decompor e limpar – e leva tempo e gera mortalidade de vida marinha muito maior -, no caso atual você não tem como “limpar” a lama no mar. Ela se dilui naturalmente, sozinha.
Mesmo que você tenha um padrão de ventos que gere correntes fora do usual, a distância é tão grande e a diluição é de tal ordem que não causaria efeitos danosos em Abrolhos.

BBC Brasil – E quanto à composição destes sedimentos que compõem a lama? É possível que seja descoberto que têm uma toxicidade muito maior do que se imagina e que possa causar danos futuros?Rosman - Risco sempre há, mas não tenho razões para acreditar nisso. Já ouvi pessoas que não são da área darem prognósticos devastadores quanto à toxicidade desse material. E já ouvi pessoas que são especializadas, da área de geologia, e que conhecem muito bem isso, dizerem o oposto, que se trata de um material de baixa toxicidade. Então não tem grandes impactos persistentes no longo prazo. As pessoas podem tirar da cabeça essa ideia de que se trata de algo radioativo, de um veneno ambiental que vai matar tudo e nunca vai sair do chão. Não é nada disso.
Para você ter uma ideia, a doutora Marilene Ramos, que é a presidente do Ibama, tem doutorado em mecânicas do solo. Ela fala inclusive com um conhecimento específico de solo muito maior do que o meu. Ela me disse que esse material não é de alta toxicidade e que é basicamente areia fina, argila e óxido de ferro. Claro que tem traços de outras substâncias, mas em concentrações muito baixas, que não oferecem risco.

BBC Brasil – Na sua opinião o que deveria ser feito no distrito de Bento Rodrigues (MG), o vilarejo mais devastado pela avalanche de lama? Como limpar ou recuperar o local? E quanto isto pode custar?
Rosman – Primeiramente o governo de Minas Gerais precisará avaliar o que retirar de escombros, de estruturas danificadas, e ver se deixa algo como marco simbólico da tragédia. É um absurdo permitir o retorno das pessoas para aquele local.
Se eu fosse o governo de Minas Gerais obrigaria a Samarco a fazer um parque memorial ali. Fazer um projeto bonito, fazer um paisagismo, uma correção de solo, um jardim, e ficaria como memória, com homenagem às pessoas que sofreram essa desgraça toda. Ninguém vai poder voltar a morar ali.

BBC Brasil - O senhor orientaria o governo mineiro a retirar os outros povoados que estão na linha de avalanche de outras barragens de rejeito de mineração?Rosman – Com certeza. Muitas vezes os povoados se formam próximo às barragens porque atraem empregos e comércio. Mas o poder público não poderia permitir a instalação de povoados em áreas de passagem de eventos como esse que ocorreu. Hoje não faltam ferramentas computacionais que nos permitem simular um rompimento de uma barragem e mostrar qual é a trilha de percurso da avalanche. Atualmente é inaceitável e injustificável ter povoados em rotas de avalanche de barragens, ninguém poderia morar nestes locais.

BBC Brasil - O senhor considera que isto foi uma irresponsabilidade dos atores envolvidos?Rosman - Olha, irresponsabilidade é quando você tem consciência do fato e não faz nada. Tudo é óbvio depois que você já sabe o que aconteceu. Ou seja, a partir de agora, deste exemplo dramático e catastrófico, se o governo não tomar medidas para realocar pessoas em áreas de alto risco, em outros locais onde se sabe que poderia ocorrer algo semelhante a Mariana ou até pior, eu diria que estaríamos falando de uma atitude mais do que irresponsável, mas sim criminosa.
Há duas opções. Você pode remover o povoado para outro local, ou se o povoado for grande demais, você embarga o negócio lá em cima. Para de usar a barragem, estabiliza, deixa secar, e pronto. Transfere a atividade para outro lugar. Tem que ver o que é mais viável.

Fonte: BBC Brasil/G1

domingo, 29 de novembro de 2015

Comunicado Samarco: Composição de rejeitos não possui contaminantes



Laudos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e de empresa especializada SGS Geosol atestam que os rejeitos não oferecem riscos à saúde humana e ao meio ambiente
 Análises dos sedimentos do rio Doce e do rejeito proveniente da barragem de Fundão, operada pela Samarco, mostram que em nenhum dos materiais há aumento da presença de metais que poderiam contaminar a água.
As análises dos sedimentos no rio, feitas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) entre 14 e 18 de novembro, apontam que não houve aumento na presença de metais pesados na água e nos sedimentos em relação aos dados de 2010 também coletados pelo CPRM. Foram analisados 53 elementos químicos e os resultados obtidos foram comparados com a Resolução CONAMA 454/12, que orienta a classificação dos sedimentos em rios e mares do Brasil. Os resultados mostraram que o material sedimentado nos rios por onde passou a pluma de rejeito – trecho entre Gesteira e Cachoeira Dantas – apresentaram valores de metais abaixo dos valores orientativos para Nível 2 para sedimentos de água doce. Isso significa que o material sedimentado no rio Doce não apresenta perigo para o meio ambiente.
Já o rejeito proveniente da barragem de Fundão foi analisado pela SGS Geosol – empresa especializada em análise ambientais e geoquímicas do solo. O laudo  confirma que o material não oferece perigo para as pessoas, com base na classificação da periculosidade do material (ABNT 1004). As amostras foram colhidas em diversos pontos próximos ao local do acidente para melhor representar o rejeito que havia nas barragens.
Essas análises mostraram que o rejeito não é tóxico e não apresenta periculosidade à saúde humana, tendo em vista que não disponibiliza contaminantes para a água, mesmo em condições de exposição à chuva. Além disso, por ser inerte a todos os metais (exceção de ferro e manganês, característicos para a geologia da região), pode-se concluir que o material não contribui com aumento dos demais metais na água.

Fonte: Samarco

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Rejeitos do acidente não chegarão à Bahia, aponta Inema



A onda de rejeitos minerais que se formou após o acidente que causou o rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco, no último dia 5, tem chance praticamente nula de chegar à Bahia. A informação é do coordenador de monitoramento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), Eduardo Topázio. Em comunicado publicado nessa quarta-feira, 25, na página do Inema, Topázio desmentiu os boatos que circulam pelas redes sociais, de que os rejeitos teriam chegado ao litoral baiano.
“A distância entre o estuário (ambiente aquático onde acontece a mistura entre o rio e o mar) do Rio Doce e estes outros locais é enorme, demoraria muito a chegar aqui, levando em consideração a dinâmica do mar. A tendência das correntes, nesta época do ano, é ir para o sul, e a Bahia está ao norte da foz do Rio Doce”, explicou por meio de nota. Segundo o especialista, é extremamente remota a possibilidade de os rejeitos chegarem ao litoral sul da Bahia, principalmente nas praias de Itacaré, Alcobaça e Abrolhos.
“Devem ser consideradas todas as condições climáticas da região, no deslocamento dos rejeitos. Na ocorrência de chuvas é natural que apareçam manchas marrons no mar, o que pode levar as pessoas a fazerem confusão com os rejeitos de minério” finalizou Topázio.

Fonte: Vale

DNPM reforça equipe de fiscais



Uma semana depois de assumir interinamente a diretoria-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o geólogo Telton Elber Corrêa visitou nesta quarta o local da tragédia provocada pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, na região Central de Minas. Ele afirmou que o foco no momento é o Estado, aonde 20 consultores que foram contratados emergencialmente para atuar na fiscalização das barragens devem chegar na próxima semana – hoje são apenas quatro profissionais para 317 estruturas.
“Nós viemos aqui para acompanhar o trabalho da Samarco, que está fazendo as obras de recuperação e monitorando as estruturas remanescentes”, afirmou Corrêa, ressaltando que uma equipe de fiscalização do departamento acompanha diariamente o processo.
Uma das principais críticas da Associação Nacional dos Servidores do DNPM é justamente a falta de pessoal. Em entrevista a O TEMPO nesta terça, o presidente da entidade, Antônio Eleutério de Souza, afirmou que o órgão vive “a pior crise de sua história” e que seria necessário contratar ao menos 800 novos funcionários. Hoje, são 1.015 servidores ativos no país.
Fiscalização. De acordo com Corrêa, os novos consultores devem auxiliar ainda na reavaliação do risco das atividades das mineradoras. “Nós também precisamos avaliar toda a legislação, toda essa parte do risco, até porque essa empresa que rompeu estava classificada como de baixo risco, então vamos contratar consultores para que eles possam também nos auxiliar nesse estudo em relação às barragens de mineração”, explicou.
O diretor do DNPM destacou ainda que cabe ao órgão apenas a fiscalização dos documentos apresentados pelas mineradoras. “Ela (a empresa) é responsável pela segurança da barragem e pela elaboração dos projetos de segurança, e nós vamos acompanhar isso. Vamos exigir que todas as empresas tenham esse relatório em dia, que garantam a segurança de suas barragens. Essa é a nossa obrigação”, pontuou.
Já as estruturas físicas das barragens são responsabilidade do Estado, que é quem concede a licença. A fiscalização dos recursos hídricos utilizados, por sua vez, cabe à Agência Nacional de Águas (ANA). “É uma responsabilidade compartilhada. São obras muito complexas, que envolvem várias instituições públicas”.

Saiba mais

Vale. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) pediu nesta quarta à Samarco explicações sobre o transporte de rejeitos de minério de minas da Vale, sua controladora, para a barragem de Fundão, que desabou no dia 5. Segundo a Semad, a legislação não proíbe o transporte, mas
a movimentação precisa estar contida no processo de licenciamento da represa, que pertence à Samarco.


Cruz Vermelha: A Cruz Vermelha em Minas suspendeu de forma temporária a campanha de doações de água mineral para as vítimas do rompimento da barragem. Uma grande quantidade de donativos foi angariada, e o material ainda precisa ser distribuído.

Crise

Melhorias: Telton Elber Corrêa informou que pediu um levantamento sobre as necessidades do DNPM, que será entregue ao Ministério de Minas e Energia. “Nós vamos ver o quadro, as necessidades, e vamos solicitar que haja um reforço”, afirmou.

Fonte: OTEMPO

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Concreto que “bebe” água pode acabar com as enchentes



A empresa britânica Tarmac criou um concreto capaz de absorver 36 mil milímetros de chuva por hora, esse número é equivalente a 3.300 litros por minuto. Para vias de comparação, os concretos tradicionais são considerados permeáveis quando conseguem “beber” 330 milímetros a cada hora – desse modo, eles conseguem lidar com uma grande tempestade apenas a cada 100 anos.
Craig Burgess, gerente de desenvolvimento de produtos da Tarmac, disse ao site Tech Insider que a diferença entre o concreto da empresa e o tradicional é o controle das substâncias absorvidas. De acordo com ele, quando a água flui pelo concreto, ele se mistura com a terra e endurece no interior das lacunas. Isso faz com que a permeabilidade do produto seja reduzida. Burgess afirma que esse problema é evitado com uma técnica que mistura o concreto e o torna poroso por mais tempo.
Isso significa que o produto, chamado de Topmix Permeable, pode ser uma solução para países que sofrem com inundações frequentes, como o Brasil. Segundo dados do IBGE, os alagamentos deixaram 2,1 milhões de pessoas desabrigadas ou desalojadas entre 2008 e 2012 no Brasil. No período, 2.065 municípios foram atingidos por enxurradas – a maioria nas regiões Sul e Sudeste.

Como o concreto funciona

Ao contrário da maioria das empresas que utilizam concreto à base de areia, a Tarmac usa um concreto composto de pequenos pedaços de granitos, que são esmagados e embalados juntos – com folga suficiente para a água passar.
A companhia oferece três tipos de sistemas que fazem a absorção. O primeiro é uma infiltração completa em que toda a água é “engolida” pelo produto. De acordo com a Tarmac, essa solução é útil em áreas molhadas que não precisam coletar água da chuva.
O segundo é chamado de atenuação completa e utiliza um sistema de captura para armazenar toda a água que flui pelo Topmix. Com essa solução, o líquido pode ser reutilizado.
O último sistema envolve uma barreira semipermeável sob o concreto. Essa camada atua como uma espécie de aparelho de drenagem dentro de esgotos.
Segundo a Tarmac, o Topmix funciona em quase todas os climas – exceto em áreas muito frias. Nos testes feitos pela empresa, o concreto teve desempenho melhor em locais onde o limite de velocidade foi de 48 km/h e o tráfego foi moderado. Até o momento, o produto é vendido apenas no Reino Unido.

Fonte: Exame

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Samarco contrata Golder Associates para atuar no seu Plano de Recuperação Ambiental



Para execução do Plano de Recuperação Ambiental, a Samarco contratou a Golder Associates – consultoria de classe mundial, com expertise em engenharia, meio ambiente e emergências ambientais. A empresa se dedicará à elaboração dos planos, gestão e supervisão das ações que serão implementadas em todas as áreas atingidas pelo acidente nas barragens, incluindo os municípios localizados ao longo do Rio Doce.
Paralelamente à contratação da Golder, a Samarco estuda parcerias com outras instituições ambientais, como o Instituto Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado, que tem atuação voltada para a recuperação ambiental de mananciais ao longo do Rio Doce.

Fonte: Samarco

Lama será monitorada por 120 dias



O impacto da lama que desceu o Rio Doce e chegou ao mar do norte do Espírito Santo é “muito expressivo” e precisa continuar a ser monitorado “em tempo real”. Essa é a prioridade no momento, segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que fez um sobrevoo na foz do rio na tarde de segunda-feira, 23, no município de Linhares, com o governador capixaba Paulo Hartung (PMDB). Ela determinou que esse monitoramento continue a ser feito por pelo menos mais 90 a 120 dias.
“O acidente não acabou”, repetiu a ministra. Ela lembrou que muita lama está retida rio acima, e que a temporada de chuvas está apenas começando, o que significa que muito sedimentos ainda vão escoar para o mar.
“Só quando terminar o período de chuvas eu poderei ter uma avaliação concreta do fim do acidente e das medidas efetivas que precisam ser tomadas, além das emergenciais, para a restauração do Rio Doce.”
“A emergência ainda está em curso”, reforçou o governador. O rompimento da barragem da empresa Samarco em Mariana (MG) no dia 5 deixou 8 mortos – identificados – e 11 desaparecidos. Outros quatro corpos não foram ainda identificados.
De acordo com a ministra e com o governador, outra prioridade indicada foi a de aumentar os esforços de levar informações sobre o acidente às populações ribeirinhas, especialmente relacionadas à qualidade da água – que, segundo as análises iniciais, não é própria para consumo humano direto, mas não é tóxica. “Tem muita gente afobada, muito desencontro de informações”, disse Izabella.
“As pessoas estão nervosas, estão inquietas, abaladas; e têm de estar abaladas mesmo, porque o acidente é grave.”
A onda de lama lançada no ambiente pelo rompimento da barragem de rejeitos da empresa Samarco percorreu 650 quilômetros – quase toda a extensão do Rio Doce -, até chegar ao mar, no último fim de semana, formando uma grande mancha de água marrom no oceano.
A previsão feita por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) na semana passada era de que a mancha de lama mais grossa impactaria uma área de 9 quilômetros de costa – incluindo parte da Reserva Biológica de Comboios, que protege uma praia usada para desova de tartarugas ameaçadas de extinção.
“Infelizmente, não há nada mais que se possa fazer para impedir a lama de chegar no mar”, disse o chefe da reserva biológica, Antônio de Pádua Almeida.
“Mas rio acima, sim”, completou, chamando atenção para a necessidade de reduzir a quantidade de lama acumulada nas cabeceiras. Até ontem, não havia sido detectada nenhuma tartaruga afetada pela lama.
Com base no que viu nesta segunda-feira, Izabella disse que a projeção por enquanto está correta, com a mancha mais espessa concentrada numa área de aproximadamente dez quilômetros ao longo da costa.
Havia relatos de extensões maiores, mas que, segundo ela, referem-se a uma pluma de sedimentos mais finos, que tendem a se dispersar mais superficialmente.
“O monitoramento está sendo feito; se vai ampliar a mancha, nós vamos saber”, disse a ministra, repetindo que não há previsão de que os sedimentos cheguem ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos, na Bahia.

Toneladas

Ao longo da calha principal do Rio Doce, peixes mortos continuam a aparecer, principalmente nos trechos mais próximos a Minas, que foram afetados há mais tempo. Há relatos de que 8 toneladas de peixes mortos já foram recolhidas.
Perto da foz do Rio Doce, ainda não havia mortandade generalizada, mas pesquisadores acreditam ser apenas uma questão de tempo, pois a concentração de sedimentos na água é tão grande que “entope” as brânquias dos animais, além de exterminar o plâncton, crustáceos e outros organismos que servem de alimento para eles.
O pesquisador José Augusto Senhorini, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta-ICMBio), disse que pode haver um intervalo de vários dias entre a chegada da lama e a morte dos peixes – eles levam de dois a três dias para boiar.
Na segunda-feira, durante sobrevoo, foi constatado que há um grande reservatório de água na Represa de Aimorés, na divisa de Minas com o Espírito Santo, que não foi contaminado pela lama e está cheio de peixes.
Ele poderá servir de reservatório de vida para repovoamento do rio mais adiante.

Fonte: Exame

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Senadores querem um Código de Mineração que proteja o meio ambiente



Os três senadores da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) que foram à região de Mariana (MG) para verificar os danos causados pelo rompimento da barragem no distrito de Bento Rodrigues defenderam a aprovação do Código de Mineração. A proposta aguarda votação na Câmara dos Deputados desde 2013.
De acordo com informações obtidas pelo repórter Thiago Tibúrcio, da TV Senado, que acompanhou a comitiva à região do desastre, os senadores Zezé Perrella (PDT-MG), Wilder Morais (PP-GO) e Sérgio Petecão (PSD-AC) também querem que o código traga mais proteção ao meio ambiente e às populações vizinhas de áreas mineradoras.
— Essa tragédia é tão grande que muito gente ainda vai morrer nos próximos anos por causa do prejuízo ecológico. Nem os nossos netos vão ver o Rio Doce na sua plenitude. Quem vai devolver os peixes? Quem vai devolver a flora? Esse é o dano maior talvez — disse Perrella.
O senador de Minas Gerais adiantou que a bancada do estado no Senado deverá canalizar as emendas ao orçamento às quais tem direito para obras na área atingida pelo desastre ambiental. Zezé Perrella espera que o governo federal libere esses recursos.
De acordo com Perrella, os senadores consideram insignificante a multa de R$ 250 milhões que deve ser cobrada da Samarco, empresa responsável pela barragem e que é controlada por duas das maiores mineradoras do mundo: a Vale e a australiana BHP.
— Nós temos que aproveitar esse código e colocar algumas exigências, como treinar a população de áreas vizinhas às mineradoras. É inadimissível o que aconteceu. Houve negligência e temos que apurar as responsabilidades. Se a empresa realmente for culpada, ela tem que pagar por isso. Uma multa de R$ 250 milhões não é nada, acrescentou Perrella.
O senador Sérgio Petecão concorda com Perrella e considerou muito pequena a multa a ser paga pela Samarco. Ele acredita ser preciso responsabilizar, de verdade e com rigor, todos os envolvidos no rompimento da barragem.
— Sou do Acre. No meu estado não temos mineradora. Então estou totalmente a vontade para responsabilizar seja lá quem for. O que não podemos é deixar as vítimas sem amparo legal. Essas pessoas não podem ficar na situação que estão — disse Petecão.

Royalties
Urgência

Os senadores também esperam que o novo código da mineração aumente o valor dos royalties pagos por mineradoras às cidades e estados onde estão instaladas. De acordo com Perrella, são diversos os danos e não apenas ao meio ambiente. Ele ressaltou que o número de casos de câncer de pulmão nas proximidades de mineradoras é três ou quatro vezes maior do que em outras áreas. O senador  Wilder Morais, por sua vez, quer que o marco regulatório da mineração traga mais segurança jurídica para o setor.
— Nós precisamos do setor mineral. O Brasil precisa do setor mineral e a gente precisa saber também o que verdadeiramente aconteceu aqui. Está na hora de fazer leis que protejam mais a população e o meio ambiente, além de dar segurança jurídica a todos que estão envolvidos nesse processo — propôs.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, considera importante que os deputados agilizem a votação do Código de Mineração. Lembrou que o projeto veio do Executivo há dois anos com urgência constitucional.
— Depois o governo retirou a urgência constitucional, mas a comissão especial nunca votou o relatório. O prazo da comissão expirou. Eu reconstituí a comissão especial, ela passou do prazo, eu criei novamente a comissão. Alguma coisa a gente tem de fazer. Provavelmente, pedir a urgência regimental dos líderes, levar ao Plenário e indicar o relator em Plenário para decidir isso. Acho que tem de votar sim, à luz dessa situação que está aí — disse Cunha.

Fonte: Agência Câmara

Em protesto, grupo de moradores de Mariana defende mineradora: “Justiça sim, desemprego não”



Centenas de pessoas vestindo camisas brancas com os dizeres “Justiça sim, desemprego não #ficasamarco” realizaram na noite desta terça-feira uma manifestação em prol da manutenção da atividade da empresa em Mariana, Região Central de Minas Gerais. O ato teve início na Praça Gomes Freire (Jardim) e seguiu em passeata pela Câmara Municipal, Fórum e prefeitura, onde encerraram aos gritos de “Fica, Samarco”.
A professora Leide de Oliveira, de 50 anos, disse que soube do protesto por redes sociais e decidiu participar, pois considera a mineradora uma excelente empresa. “Fui professora em uma escola da Samarco durante 9 anos. Hoje, ela pertence à Arquidiocese de Mariana. Foram os melhores anos de trabalho da minha vida”, recordou.
Momentos depois de iniciada a concentração para o ato, por volta das 19h, funcionários da empresa chegaram à Praça Gomes Freire e engrossaram o número de participantes, sendo recebidos com aplausos. O grupo rezou o Pai Nosso e cantou o Hino Nacional. “Quero Justiça, mas a Samarco deve ficar”, disse Poliana Aparecida de Freitas, uma das organizadoras do ato, reivindicando a permanência da mineradora na cidade para evitar o desemprego.
De acordo com o tenente Elione Souza, da Polícia Militar, que atuou no fechamento do trânsito e garantiu a segurança dos participantes, cerca de 1 mil pessoas participaram da manifestação. No trajeto, o grupo convocou comerciantes, taxistas e outros moradores para engrossar a manifestação.
Diante do Fórum, pediram a promotores e juízes que apoiem a permanência da Samarco na cidade. Uma funcionária da mineradora fez um apelo emocionado: “Estamos supernervosos; temos filhos, escolas para pagar; estamos apreensivos. A empresa está errada, mas não é justo fechá-la. Serão muitos empregos perdidos”, disse Joicy Freitas, de 34 anos, laboratarista química na Samarco.
Durante a manifestação, foi distribuído um manifesto com a frase “agora, o momento é de recomeço; de reconstrução!” Segundo o texto, trabalhadores e moradores sabem “da responsabilidade que deve e tem de recair sobre a Samarco pela dor, mortes e destruição”. Ainda segundo o documento, a cidade “depende” do funcionamento da mina “para manutenção da atual condição de vida” da população”.

Fonte: EM

Justiça ordena que Samarco barre chegada da lama ao mar



A Justiça Federal no Espírito Santo determinou que a mineradora Samarco adote em 24 horas medidas para que a lama que atingiu o Rio Doce com a ruptura das duas barragens da empresa em Mariana, Minas Gerais, não chegue ao mar.
Conforme a decisão, do juiz Rodrigo Reiff Botelho, da 3ª Vara Cível de Vitória, a mineradora, que pertence a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, será multada em R$ 10 milhões por dia caso a determinação não seja cumprida.
O Rio Doce deságua no litoral capixaba no distrito de Regência, que pertence a Linhares, norte do Espírito Santo. A região é conhecida pelo projeto Tamar, de proteção a tartarugas. Nesta quarta-feira, 18, o abastecimento de água foi suspenso em Colatina, a maior cidade do Espírito Santo a depender exclusivamente do Rio Doce para fornecer água à população.
A queda das barragens em Mariana aconteceu em 5 de novembro. Até o momento foram confirmadas sete mortes. Quatro corpos aguardam identificação. Doze pessoas estão desaparecidas. A lama atingiu o Rio Doce via afluentes. A bacia do rio em Minas tem aproximadamente 200 cidades. Samarco ainda não se posicionou sobre a decisão da Justiça Federal do Espírito Santo.

Fonte: EXAME

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Município do Serro diz não a mais uma mina da Anglo



Famosa pelos queijos, a cidade do Serro, na região Central de Minas, disse não a uma mina de minério de ferro que a Anglo American pretende instalar no município. No dia 28 de outubro, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) rejeitou o empreendimento por unanimidade.
O prefeito Epaminondas Pires Miranda adiantou que seguirá a decisão dos conselheiros e não emitirá a declaração de conformidade, requisito para que a empresa dê entrada do processo de licenciamento ambiental. “Penso que as decisões construídas por meio das reuniões do Codema devem ter o respaldo do prefeito, uma vez que esse conselho é composto por representantes de várias instituições e seguimentos sociais”, destaca Miranda.
Mas a Anglo não contava com essa negativa, pois, no dia 22 de outubro, seis dias antes da reunião do conselho, já havia protocolado na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semad) um pedido de Licença Prévia (LP) para o Serro.
Por meio de nota, a Anglo afirma que a conformidade diz respeito à legislação de uso e ocupação do solo no município e a empresa entende que o projeto se enquadra nessa legislação. Segundo Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) da empresa, o projeto Serro tem como objetivo produzir 500 mil toneladas de minério de ferro por ano, para atender o mercado interno. Ainda segundo o relatório, o investimento seria em torno de R$ 85 milhões.

Fonte: OTEMPO

UnB registrou abalos sísmicos na região de Mariana






A região do município de Mariana (MG), onde duas barragens da mineradora Samarco romperam na tarde desta quinta-feira (5), registrou cerca de dez abalos sísmicos, segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).
Dois deles puderam ser sentidos, já os demais eram de menor magnitude. Para o professor do observatório, George Sand França, não há informações que comprovem a ligação entre os abalos e as causas do rompimento das barragens.“É uma região que tem atividade sísmica”, disse, explicando que aspectos como detonações para extração de minérios ou eventos naturais podem causar os abalos.
Na tarde de ontem (5), o observatório da UnB registrou os dois abalos principais: o primeiro às 14h02, com magnitude 2,5 graus na Escala Richter, e o segundo às 14h03, com 2,7 graus de magnitude.
Os outros abalos próximos à região tiveram magnitude inferior aos 2,5, segundo o professor.

Fonte: UNB

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Samarco participa de Seminário Tribuna Planejamento e Gestão Sustentável





No dia 27 de outubro, a Samarco participou do Seminário Tribuna Planejamento e Gestão Sustentável, no Espírito Santo. Como parceira da iniciativa, a empresa montou um estande onde foram apresentadas informações sobre a sua gestão hídrica, fluxo da água no processo produtivo e as ações do Programa Positivo em Água. O evento reuniu cerca de 600 pessoas.
O Governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, participou da abertura do seminário que contou com as palestras “Consumo Consciente e Sustentabilidade”, ministrada por Júlia Rosemberg, do Instituto Akatu; “Sustentabilidade Corporativa”, com o professor e pesquisador do Núcleo de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral, Cláudio Boechat; e “Conexão, Causa e Coragem: Um Futuro Possível Para as Marcas”, conduzida pela presidente da Criativa Comunicação Integrada, Flavia Rodriguez. O fundador do Instituto Inhotim, Bernardo Paz, e o diretor-executivo Antônio Grassi representaram a instituição, com a palestra “Instituto Inhotim”.
Representando a Samarco, estiveram presentes o coordenador técnico de Desenvolvimento Socioinstitucional, Estaneslau Klein, a analista de Comunicação Empresarial, Fabíola Boghi, a analista de contratos, Tatiana Queiroz, a analista de Meio Ambiente, Sandrelly Lopes, e o anlista de Contratos, Vagner Rocha de Oliveira. Para Fabíola Boghi, o evento é importante para disseminar informações sobre as boas práticas da empresa. “Fóruns como este contribuem para ampliar ainda mais o conhecimento das pessoas sobre o assunto e nos ajudam a refletir sobre como adotar cada vez mais uma postura para o consumo consciente”, completa.
O evento é uma iniciativa da Rede Tribuna e divulga ideias e inovações na área de sustentabilidade, por meio de uma programação de palestras e debates.

Fonte: Samarco