A brasileira Vale quer ser a maior mineradora ambientalmente “friendly” (amigável) do mundo e avalia que endereçar bem questões ambientais pode ser uma “oportunidade” de redução de custos, conforme a companhia adota medidas voltadas a mitigar o impacto de suas atividades. “Teremos o mínimo de rejeitos indo para barragens (no futuro)”, disse nesta quarta-feira o diretor de Estratégia, Exploração, Novos Negócios e Tecnologia da companhia, Juarez Saliba de Avelar, durante evento em São Paulo.
Ele citou transportes e métodos de exploração mais eficientes, além do próprio minério de alta qualidade produzido pela empresa, como fatores para ser uma empresa que produz menos impactos ao meio ambiente. O movimento se dá enquanto a companhia disponiliza recursos para garantir reparações devido ao rompimento da barragem da Samarco, uma joint venture da mineradora com a BHP Billiton.
Em 2015, a barragem de Fundão da Samarco se rompeu, matando 19 pessoas e causando o maior desastre sócio-ambiental do Brasil. O diretor destacou ainda que a Vale busca se tornar autossuficiente em consumo de energia nos próximos anos, a partir de fontes em sua maioria renováveis. “Temos uma meta na Vale… Nos próximos dois, três anos, vamos atingir 100 por cento da energia elétrica que a gente demanda, seja hidrelétrica, solar ou biomassa, que também está entrando em nossa equação”, destacou ele durante apresentação em evento do setor de mineração, em São Paulo.
Em sua avaliação, a atenção à questão ambiental tende a ajudar a Vale a reduzir custos, um dos pilares para ganhar ainda mais competividade. “O grande problema das mineradoras em geral foi perder a mão dos custos. Todas essas iniciativas (ambientais) estão levando à redução dos custos. A questão ambiental não virou um problema para a Vale, virou uma oportunidade tremenda”, afirmou.
Fonte: Reuters
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