quinta-feira, 30 de junho de 2016

Vale consegue licença prévia para construir barragem



Após iniciar o processo de licenciamento em 2011, a Vale teve o pedido de Licença Prévia (LP) para a construção da Barragem Maravilhas III aprovado ontem pela URC Rio das Velhas, do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), 11 conselheiros votaram a favor do parecer favorável à LP da Semad, quatro contra, e três não compareceram para votar.
Segundo a Vale, a barragem Maravilhas III permitirá a continuidade das operações das minas do complexo Vargem Grande, localizadas em Nova Lima, e da mina do Pico, em Itabirito. A nova estrutura, que fará parte de um complexo que conta com mais duas barragens “ocupará uma área de 44 hectares e deve ser implantada em três anos. A tecnologia de construção será a mesma utilizada em hidrelétricas de grande porte, com maciço em aterro controlado com solo compactado”, afirma a nota da mineradora.
Mesmo assim, grupos ambientalistas são contrários a construção da barragem. Segundo um documento do grupo “Água Vale Mais”, argumenta contra a construção, que a barragem terá capacidade para estocar cerca do dobro do volume que desceu da barragem de Fundão em Mariana. Em caso de rompimento, uma dos pontos atingidos seria uma área de captação de água da Copasa, que alimenta Belo Horizonte e a região metropolitana. Além disso, existem comunidades abaixo do local que estão a menos de 30 minutos da chegada da lama em caso de rompimento.

Dimensão

Dados do complexo Vargem Grande e da mina do Pico
Produção anual: 48 milhões de toneladas de minério.
Geração de empregos: 6.000 empregos locais.
Arrecadação em impostos: R$ 1,5 bilhão.

Moradores querem se mudar de local

Segundo o advogado dos condomínios Vale dos Pinhais e Estância Alpina, Tiago Louzada Gontijo, a aprovação da licença prévia para a construção da barragem Maravilhas III, reforça a ideia de que os moradores das comunidades próximas à área de construção devem se mudar do local. “Ninguém quer ficar na área com a barragem. A saída é a indenização. Resta saber se a Vale vai indenizar essas famílias”, explica o advogado. Segundo ele, a ideia da desocupação dos condomínios conta com apoio do Ministério Público de Minas Gerais.
Os condomínios, que reúnem cerca de 400 pessoas segundo Gontijo, estão em raio de menos de um quilômetro da área de construção da nova barragem da mineradora Vale. “Um deles ficaria a 300 metros da barragem. Para se ter uma ideia, Bento Gonçalves estava a seis quilômetros da barragem de Fundão”, diz.
Com a proximidade dos condomínios, a aplicação de medidas de proteção não surtiriam efeitos em caso de rompimento, na avaliação do advogado. “Nesses casos, não adianta ter sirene, não adianta ter plano de emergência, um rompimento causaria inundação imediata”, pondera. (LP)

Fonte: Vale

A corrida pelos elementos de terras raras pode ser desastrosa


A próxima corrida do ouro pode ser no espaço, mas os tesouros atraindo os garimpeiros modernos não vão virar joias de luxo. Esses tesouros são os metais de terras raras, um grupo de 17 elementos químicos, com nomes trava-língua como ítrio e túlio, que são usados em televisores, telefones celulares, laptops, carros, medicamentos de tratamento do câncer, isolamento de reatores nucleares, motores de avião e armas. Cobiçados por suas propriedades magnéticas e condutoras, eles tornam tecnologias mais rápidas, fortes, leves e eficientes.
“Sem os terras raras e as capacidades de miniaturização que eles fornecem, computadores teriam o tamanho de salas de aula, em vez do tamanho dos smartphones”, afirma, em entrevista ao site Phys.org, Julie Michelle Klinger, professora assistente de relações internacionais da Escola de Estudos Globais Frederick S. Pardee da Universidade de Boston e especialista em políticas de desenvolvimento, meio ambiente e segurança na América Latina e China.
Nos últimos anos, temores que as reservas destes elementos na Terra um dia sejam esgotadas têm ajudado a alimentar uma corrida para extraí-los, especialmente entre países como os Estados Unidos, China e Brasil. Especialistas destacam Bayan Obo, um distrito de mineração na Mongólia Interior apelidado de “a capital de terras raras do mundo”, que poderia ser extraído em 50 anos. Além disso, estão de olho fontes inexploradas, como a Amazônia, e até mesmo os asteroides no nosso sistema solar.

Nem tão raros assim


Klinger, cuja pesquisa sobre terras raras e a geopolítica em torno deles será publicada no livro “Rare Earth Frontiers” (Fronteiras de Terras Raras, em tradução livre), está menos preocupada.
Por um lado, segundo a cientista, elementos terras raras não são raros. Acreditava-se que estes seriam escassos quando foram descobertos na Suécia, no século XVIII, mas, na verdade, são “muito bem distribuídos na crosta da Terra”. “Poderíamos cavar ao longo das margens do rio Charles, em Boston e, provavelmente, encontrar alguns traços deles”, afirma.
De acordo com Klinger, terras raras compõem quase um quinto dos elementos que ocorrem naturalmente, e são mais de duas vezes mais abundantes que o cobre na crosta da Terra – nós não o consumimos tão rapidamente quanto o cobre. Isso porque os terras raras estão para a tecnologia assim como o bicarbonato de sódio está para cookies de chocolate: um pouco faz uma grande diferença. De acordo com um relatório da Adamas Intelligence, que publica pesquisas sobre metais e mineração, o consumo mundial de terras raras foi de pouco mais de 120 mil toneladas métricas em 2014; em comparação, o consumo de cobre chegou a cerca de 22 milhões de toneladas métricas.
O que preocupa Klinger é uma “escassez estrutural” de terras raras. Apenas um país, a China, produz a grande maioria dos elementos, e, enquanto recursos da China são abundantes, eles não são ilimitados, como demonstram as preocupações com fornecimento de Bayan Obo.
A pesquisadora afirma que a corrida espacial, em parte atribuída à busca de terras raras, é motivada, na verdade, por agendas políticas – uma oportunidade para países e empresas participarem de uma reivindicação de territórios anteriormente protegidos, ganhando riqueza e poder no processo. Sua pesquisa descobriu muitos exemplos históricos de países envolvidos em brinkmanship – uma estratégia que consiste em forçar uma situação inerentemente perigosa até à iminência de um desastre em vantagem própria – de alto risco envolvendo terras raras, e ela diz que alguns atores globais podem estar se preparando para fazer o mesmo novamente.
  • Mistério – o que acontece se você misturar todos os elementos da tabela periódica?
Porém, tal postura é desnecessária. A melhor maneira de manter nossos computadores portáteis sem sabotar as relações internacionais ou começar a minar asteroides seria mudar a forma como extraímos esses elementos atualmente – e outra pode ser parar de chamá-los de raros.

Descobertas explosivas


Quase tão logo os cientistas descobriram o que fazer com os terras raras, os elementos viraram essenciais na vida diária e na guerra. Na década de 1880, o cério foi usado para ajudar a criar a primeira lanterna a gás e mais tarde a “pedra do sílex”, que acende quando sofre um impacto e ainda hoje é usada em isqueiros, carros e armas. A pesquisa de Klinger mostra que à medida que o progresso tecnológico pede por mais e diferentes elementos terras raras, eles ficaram enredados na política e até mesmo em guerras. Quando a oferta da Escandinávia já não podia saciar os apetites das potências europeias famintas por recursos, mestres imperiais começaram a cavar terras coloniais em busca de mais.
Encontrar e dominar o acesso a terras raras se tornou ainda mais importante à medida que, quando chegou a Primeira Guerra Mundial, o cério se tornou essencial na fabricação de fusíveis e explosivos. Na década de 1920, segundo um artigo da cientista em “The Extractive Industries and Society”, o Japão imperial organizou Estados fantoches locais – Estados cujo governo depende de uma potência estrangeira e que segue os interesses econômicos e estratégicos dela – envolvidos em atividades de prospecção e assumiu indústrias pesadas e fábricas de munições na China para ganhar o controle dos recursos naturais do país, incluindo terras raras.

Corrida por elementos


As preocupações dos EUA sobre a oferta foram aliviadas em 1949 com a descoberta de uma mina em Mountain Pass, Califórnia, e entre 1960 e 1990, o país passou a ser o produtor dominante de terras raras. Mas logo seria ultrapassado pela China.
Na década de 1950, quando a China e a União Soviética estavam trabalhando para construir suas forças armadas, Bayan Obo recebeu tanto investimento, planejamento e especialização soviética que lançou as bases para que eventualmente emergisse como a capital de terras raras do mundo. A globalização também desempenhou um papel na ascensão de Bayan Obo; na década de 1980, as empresas de todo o mundo começaram a subcontratar aspectos da mineração de terra rara para a China para economizar dinheiro – e para evitar as regulamentações ambientais de seus países de origem.
A mineração de depósitos de terras raras, que tendem a se formar ao lado de elementos radioativos, é um trabalho difícil e confuso. Tubos utilizados para desviar os resíduos radioativos provenientes de locais de processamento correm risco de explodir – despejando ácidos, elementos que causam câncer e outros materiais nocivos no solo e águas subterrâneas. Na mina de Mountain Pass, segundo Klinger, um gasoduto estruturalmente instável e excepcionalmente longo estava sendo usado para desviar águas residuais contendo sais radioativos. Houve cerca de 60 derrames relatados entre 1984 e 1998.
Em 2000, Mountain Pass foi fechada depois de ser atormentada por violações ambientais e concorrência da China. O fechamento entregou o mercado dominante para a China – que na época detinha a mineração de mais de 95% das terras raras usadas em todo o mundo – que impôs quotas de exportação, o que irritou principais importadores como os Estados Unidos e o Japão. Uma década depois, o país parou de exportar terras raras para o Japão em retaliação a um conflito de fronteira marítima, que ajudou aumentar os preços em até 2000%.
“O mundo acordou para a sua dependência da China”, diz Klinger. “Isso desencadeou uma onda de especulação e de prospecção” em locais como a Groenlândia, Texas, Canadá e Brasil.
Hoje, com as tensões entre os Estados Unidos e a China aumentando por causa de hackeamento de informações e as disputas territoriais no Mar da China Meridional, a pesquisadora acredita que um conflito sobre terras raras poderia ajudar a levar os países a um confronto direto.
“Estamos em um momento muito crítico no que diz respeito às relações políticas e geopolíticas entre os EUA e a China”, afirma. “Há atores em ambos os lados que têm a intenção de engajar-se em discursos com ameaças bélicas e apontar uma razão ou outra pela qual o conflito entre os EUA e a China é inevitável ou necessário. Depender da China para os elementos terras raras simplesmente coloca mais lenha na fogueira”.
Em meados do século XX, os terras raras passaram a ser usados em armas mais sofisticadas: neodímio em mísseis balísticos intercontinentais e armas a laser; samário em reatores nucleares. A corrida para controlar a produção de terras raras tinha começado. Em 1948, a Índia deixou de exportar monazita – um mineral rico em terras raras e tório, uma fonte de energia atômica. Os Estados Unidos tentaram negociar com grãos para aliviar a fome do país, na esperança de ganhar um aliado na Guerra Fria. Mas a Índia recusou, esmagando as esperanças dos EUA de que um acordo ajudaria a conter a influência soviética no país asiático.

Riqueza e poder


A prospecção mundial provocada por restrições de exportação da China não é puramente a respeito da segurança nacional – ou até mesmo manter os telefones celulares e máquinas de raios-X do mundo ligados – de acordo com a especialista: é sobre poder. Para Klinger, criar mineração em grande escala na Amazônia, por exemplo, permitiria que o governo brasileiro tivesse maior controle sobre a terra atualmente gerida por uma federação de 28 grupos étnicos indígenas. “O poder da federação é visto como uma afronta à soberania do Brasil porque há uma percepção entre alguns, inclusive no governo federal e no Senado, que os povos indígenas são marionetes de governos estrangeiros, porque muito financiamento de organizações não governamentais do norte [das Américas] passou a apoiar essas populações indígenas e suas causas”, opina.
  • Elemento superpesado é descoberto e preenche buraco na tabela periódica
A corrida do ouro interestelar é um pouco diferente. Em novembro de 2015, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a Lei do Espaço de 2015, que concede aos cidadãos o direito de extrair e vender o material espacial. A legislação foi motivo de alegria entre as empresas de mineração de asteroides que podem fazer uma fortuna extraindo água, metais industriais e terras raras através do espaço.
Estas empresas já deram o primeiro passo em direção à mineração. Em julho de 2015, a empresa Planetary Resources lançou uma sonda para testar sistemas de controle e outras tecnologias necessárias para a prospecção de asteroides. No mesmo ano, Klinger participou de uma conferência de mineração espacial em que representantes da indústria privada de exploração espacial estavam “invocando a raridade de elementos de terras raras e o fato de que nós estamos ficando sem eles aqui na Terra”.
Para a pesquisadora, a Lei do Espaço de 2015 é em grande parte uma tentativa de colocar o espaço sob a jurisdição dos Estados Unidos. “E se você conseguir atravessar a superfície sobre o espaço e a grande fronteira nas transcrições que discutem esta lei”, diz ela, “o que você vê é que isso realmente prejudica diretamente o Tratado do Espaço Exterior de 1967 assinado pelos Estados Unidos, Rússia e outros países”. Esse tratado consagra o espaço exterior como pertencente a toda a humanidade e foi explicitamente organizado para minimizar os conflitos no que diz respeito ao espaço exterior.
“Um dos debates mais potentes e persuasivos nos EUA em torno da promoção e passagem definitiva desta lei foi o medo de que a China ‘colonize’ a lua se não chegarmos lá primeiro”, conta. Ela espera que outros países não levem a Lei do Espaço a sério, porque, caso o contrário, poderia haver um conflito global.

Como desfazer os danos


Klinger acredita que há melhores maneiras de manter uma produção constante de terras raras do que o corte de floresta tropical ou enviar máquinas pesadas para o espaço. Em primeiro lugar, os esforços da China para reduzir a produção devem ser apoiados – isso iria ampliar o mercado e aliviar a carga ambiental do país. Após o pânico de 2010 provocado por restrições de exportação da China, a Organização Mundial do Comércio decidiu contra as quotas de exportação de terras raras da China, cimentando ainda mais o quase monopólio do país e contribuindo para a produção global altamente irregular feita de uma forma devastadora para o meio ambiente e para as pessoas.
Os efeitos deste tipo de extração estão sendo vistos em primeira mão em Bayan Obo. “Metais pesados, flúor e arsênico que se acumulam no solo e água da cidade por décadas de mineração têm lentamente envenenado residentes nas proximidades e seus animais”, escreveu Klinger na Revisão de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Berkeley de 2013. “Alguns verdadeiros habitantes são tragicamente reconhecíveis por sua pele empolada e dentes descoloridos”.
Isso não significa que Klinger quer espalhar os problemas de saúde por aí. A pesquisadora gostaria que a indústria mudasse o paradigma de obtenção de recursos, seguindo o exemplo da empresa brasileira CBMM, que tem o monopólio global do nióbio, um elemento usado principalmente em aço e outras ligas. A empresa desenvolveu tecnologia para extrair terras raras a partir de resíduos de mineração existentes. Klinger diz que, com a pesquisa, a tecnologia poderia funcionar em outros lugares – como minas de prata ou de fosfato – cujos resíduos incluem terras raras. Isso exigiria publicidade e investimento, juntamente com a pressão pública e incentivos fiscais para encorajar os principais compradores a pagar por terras raras mais ecológicos.
“Dada a importância dos elementos de terras raras para todos, o desenvolvimento de um meio ambiental e socialmente responsável de produzi-los é algo pelo qual nós realmente deveríamos estar trabalhando em conjunto”, explica. “E se nós nos encontramos em uma situação em que temos conflitos sobre recursos de terras raras que parecem com os conflitos em que estivemos envolvidos em relação aos recursos petrolíferos no Oriente Médio, terá sido absolutamente e inteiramente evitável – e absolutamente e inteiramente nossa culpa”.
Um primeiro passo para reavaliar a abordagem do mundo a respeito de terras raras, como aponta a especialista, pode ser simplesmente parar de chamá-los de raros. “Analisando as diferentes maneiras que os terras raras têm sido usados como moeda de troca nas relações internacionais – por exemplo, entre os EUA e a Índia durante a Guerra Fria, os EUA e a China na luta dos Estados Unidos contra o comunismo -, chamar essas coisas ‘raras’ as impregna com carga política”, diz Klinger. Reconhecer que não é necessário perfurar a Via Láctea para alimentar nossos celulares pode ajudar a manter a exploração espacial não focada no abastecimento da Terra, mas, sim, buscar mundos além dela.

Fonte: Phys.org

Cimento sem água é mais barato e emite menos CO2


Se for amplamente adotada, uma nova abordagem para a fabricação de cimento poderá reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa, diminuir o consumo de água e ajudar a lidar com o aquecimento global – além de produzir um concreto mais durável e de custo mais baixo. Os pedreiros vão estranhar bastante, porque o novo tipo de cimento ganha resistência através da carbonatação, e não da sua mistura com água.
“Em vez de cimento que reage com água, este cimento carbonatado reage com dióxido de carbono e silicato de cálcio,” explica o professor Jason Weiss, da Universidade Estadual de Oregon, nos EUA. ”À primeira vista este novo produto se parece com o concreto convencional, mas ele tem propriedades que devem fazê-lo durar mais tempo em algumas aplicações. Além disso, seu uso poderia reduzir as emissões de dióxido de carbono, que é um objetivo importante da indústria do cimento,” acrescentou.

Cimento de silicato de cálcio carbonatado

O novo material foi batizado de “cimento de silicato de cálcio carbonatado”, ou CCSC (Carbonated Calcium Silicate-based Cement).
De acordo com Weiss, o novo cimento está pronto para ser usado em produtos de concreto pré-moldados, que podem ser criados em uma fábrica e transportados para onde serão usados. Um uso mais generalizado poderá demorar mais tempo, já que a carbonatação exige um aparato mais complicado do que uma mangueira jorrando água
 sobre a massa – como botijões com CO2 sob pressão.
A equipe demonstrou que o material é mais resistente à degradação do que o concreto comum, inclusive em contato direto com sais usados para o degelo das estradas em países de clima frio, tais como cloreto de sódio e cloreto de magnésio.
O concreto – uma combinação de cimento, areia e brita – é um dos materiais de construção mais eficazes da história humana. Isto na verdade é parte do problema – o concreto funciona tão bem e tem tantos usos que são produzidas anualmente de 2 a 4 toneladas de concreto para cada pessoa na Terra, o que se acredita ser responsável por algo entre 5 e 8% de todas as emissões globais de dióxido de carbono.

Fonte: Inovação Tecnologica

terça-feira, 28 de junho de 2016

BHP amplia investimento em exploração de petróleo e cobre


A BHP Billiton planeja elevar os investimentos em exploração em 29% no próximo ano, direcionando quase toda a verba de 900 milhões de dólares à busca por petróleo e cobre, conforme grandes mineradoras apostam em um pequeno grupo de commodities para apoiar sua expansão. As mineradoras se preocupam com a produção futura mesmo em anos de grande excesso de oferta, mas o movimento de uma das maiores mineradoras do mundo de ampliar os investimentos em exploração sinaliza uma mudança ante as fusões e aquisições que alguns no mercado esperavam que fossem guiar o crescimento após a derrocada dos preços de seus produtos.
A BHP e suas rivais, como Rio Tinto e Glencore, não descartaram futuras aquisições, mas disseram que há poucos projetos de qualidade à venda no mercado por preços justos, o que deixa poucas opções de expansão que não a exploração. ”As companhias operam em um mundo cíclico e isso é se preparar para o crescimento de longo prazo”, disse o analista da Eagle Mining Research, Keith Goode. Na BHP, o orçamento de exploração representa cerca de 18% dos investimentos totais previstos, de 5 bilhões de dólares.
A Rio Tinto, que não opera no negócio de petróleo, focará grande parte de seu time de exploração com 500 pessoas na descoberta de cobre, que está em um momento de baixa, mas cuja oferta deve ter déficit ao final da década, segundo projeções. A BHP já é a segunda maior mineradora de cobre do mundo, mas em petróleo a companhia é apenas um produtor de médio porte.
A maior parte do orçamento da empresa vai para a exploração convencional de petróleo, com cerca de 25% sendo direcionado ao cobre, segundo analistas. ”A BHP está deixando claro que o petróleo e o cobre estão no topo da lista em potencial de crescimento”, disse o analista de mineração da Shaw and Partners, Peter O’Connor.

Fonte: Exame

Siderúrgicas chinesas anunciam plano para reestruturação


Os grupos chineses de siderurgia Baosteel e Wuhan Iron and Steel, duas das maiores produtoras de aço do país, planejam uma reestruturação conjunta, informaram as empresas no domingo, sem especificarem do que se trata a revisão das atividades. A Baosteel é a segunda maior siderúrgica da China e a Wuhan é a quarta maior do país.
O governo de Pequim tem afirmado que fusões serão chave na consolidação do setor siderúrgico para reduzir excesso de capacidade e ampliar a proporção de produção das dez maiores empresas do setor na China. A China tem se comprometido a reduzir excesso de capacidade em grandes setores industriais e informou em fevereiro que vai encerrar 100 milhões a 150 milhões de capacidade de produção de aço e 500 milhões de toneladas de produção de carvão nos próximos três a cinco anos.
No domingo, o chefe do principal órgão de planejamento do governo informou que Pequim quer cortar 45 milhões de toneladas de capacidade siderúrgica e 280 milhões de toneladas de carvão este ano. Segundo comunicado da Baosteel e da Wuhan os detalhes da reestruturação ainda não foram finalizados e assim que estiverem o acordo entre as empresas ainda vai precisar de aprovação regulatória.
As empresas também informaram que pediram aos reguladores dos mercados acionários da China para suspenderem os negócios com suas ações nesta segunda-feira e que vão emitir um novo comunicado após cinco pregões.

Fonte: Exame

sábado, 25 de junho de 2016

Anglo American investe em iniciativas de reaproveitamento de água

A gestão de recursos hídricos é uma das frentes de atuação responsável da Anglo American e, para que isso ocorra, a empresa segue as melhores práticas globais em todas as suas operações ao redor do mundo. Com esse foco, a companhia desenvolve uma série de iniciativas voltadas para redução do consumo em suas operações, além de contribuir com projeto de melhoria na disponibilidade hídrica das bacias de abastecimento dos municípios e comunidades anfitriãs.
Nas operações de Nióbio, por exemplo, a companhia avançou no processo de reutilização de água e na redução de consumo. “Um conjunto de reservatórios de rejeitos permite a recirculação de todos os efluentes gerados, reciclando aproximadamente 91% de toda a água consumida, otimizando a captação de água”, afirma Cleres Sampaio, diretor de Nióbio.
Além disso, uma série de iniciativas implantadas nas plantas de beneficiamento durante o ano de 2015 permitiram uma redução de 25% no consumo global de água nova em 2016. Na unidade de Fosfatos, em Ouvidor (GO), a taxa de água recirculada de barragem e espessadores é superior a 90% e no ano de 2016, a companhia conseguiu aumentar ainda mais esta taxa com a implantação de inovações tecnológicas em seus processos. Elas possibilitaram reduzir a utilização de água no transporte de rejeitos ao reservatório da companhia.
Na planta química de Fosfatos, em Catalão (GO), destaca-se que 100% dos efluentes industriais são tratados e posteriormente, reutilizados no processo produtivo, o que reduz a captação de água nova em 150m³/h. “Essas ações evidenciam nossos esforços para implantar boas práticas na gestão hídrica, buscando o uso sustentável do recurso.”, destaca Fernando Rezende, diretor de Fosfatos.

Comitê de Água

Outra iniciativa desenvolvida pela empresa é o Comitê de Água, que se reune periodicamente para promover discussões e definir ações sustentáveis. O Comitê realiza campanhas de conscientização e comunicação internas e externas, incentiva os empregados a enviar ideias e participar de palestras onde recebem informações sobre o uso consciente da água na empresa e em suas casas. Em Nióbio, por meio deste comitê, foram instalados medidores eletrônicos de vazão que permitem o monitoramento em tempo real do consumo de água nova das unidades de concentração de Nióbio. Através desse comitê, a Anglo American implantou, há três anos, um novo Sistema de Gestão de Água em suas operações de Nióbio e Fosfatos.

Gestão responsável da água nas comunidades

Uma das ações voltadas para a comunidade é o projeto Água e Gestão para Ouvidor, patrocinado pela Anglo American, que tem o objetivo de construir bacias de captação de águas da chuva nas pequenas propriedades rurais do município.  O projeto, conduzido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ouvidor, Secretaria Municipal de Agricultura e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás – Emater, permite maior absorção para recarga do lençol freático, evitando o assoreamento dos córregos e nascentes e a sua contaminação por detritos levados pelas enxurradas e, por consequência, melhoria da qualidade da água e do solo da região.
Cerca de 30 produtores rurais que possuem propriedades nas proximidades do Córrego da Lagoa, principal afluente do município, serão contemplados pelo projeto.
“Cuidar da água é responsabilidade de todos e uma chance de fazer a diferença, por isso, investimos nesse projeto e em muitas outras ações. O Brasil vive um momento de crise hídrica e, com essa iniciativa, estamos pensando a longo prazo para que a população do município não sofra com a escassez da água”, explicou a gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional do negócio Nióbio da Anglo American, Valmira Oliveira.
O projeto, que já está sendo implantado na região, irá construir cerca de 800 bacias de captação de águas pluviais, que beneficiará aproximadamente 600 moradores de pequenas propriedades rurais, bem como  toda a comunidade do município de Ouvidor.

Fonte: Anglo American

Gerdau conclui venda e para de produzir aço na Europa



O grupo siderúrgico Gerdau concluiu nesta quinta-feira a venda de produtora de aços especiais na Espanha para o grupo de investidores locais Clerbil, finalizando negócio que faz com que a empresa deixe de ter instalações produtivas na Europa.
O negócio foi anunciado em maio deste ano, envolvendo valor de até 200 milhões de euros, em meio a planos da companhia de focar em empresas com maior rentabilidade.
A Gerdau era controladora das operações vendidas na Espanha desde 2006.
A produtora de aços especiais voltará a operar sob a marca Sidenor e possui fábricas no País Basco, em Cantabria e na Cataluña e escritórios comerciais na Alemanha, França, Itália e Reino Unido. A capacidade instalada da companhia é de 1 milhão de toneladas por ano.
Segundo a Gerdau, a empresa e a Sidenor “continuarão colaborando com o desenvolvimento de novos produtos, particularmente aços para a indústria automotiva”.
As ações da Gerdau exibiam alta de 1,9por cento às 10h44, enquanto o Ibovespa mostrava valorização de 0,9 por cento.
A Gerdau anunciou há alguns meses um plano para revisão de todas as suas operações, em meio à crise de excesso de capacidade produtiva global do setor siderúrgico que tem prejudicado grupos produtores de aço no Brasil e em outros países.
Segundo dados da Associação Mundial de Aço (Worldsteel), a produção de aço bruto na Espanha de janeiro a maio acumulou queda de cerca de 9 por cento sobre um ano antes, a 6 milhões de toneladas.
Apenas em maio, a produção teve queda de 10,6 por cento, a 1,25 milhão de toneladas.

Fonte: Exame

Mineradora anuncia ter encontrado ouro de alto teor em cidade do Amapá


A mineradora australiana Beadell Rosources anunciou ter encontrado mais uma área com ouro de alto teor na mina Tucano, em Pedra Branca do Amapari, a 283 quilômetros de Macapá. A descoberta foi comunicada na segunda-feira (20) no site da empresa. Segundo a Beadell, a mina com ouro de alto valor foi constatada em pesquisas feitas em 25 furos de sondagens feitos em uma área com profundidade de 100 metros, com espessuras médias de 20 metros no setor norte da Tucano.
O comunicado da empresa ainda aponta que os primeiros estudos indicaram resultados negativos por causa de uma falha geológica, o que provocou uma sondagem mais minuciosa na área. Os resultados mais satisfatórios dos furos foram encontrados nas perfurações de 50 metros no setor “F01883”, que identificaram um alto teor de ouro de 57 gramas por tonelada. No menor, foram seis gramas para uma perfuração de 21 metros. No anúncio, a mineradora também informou que as descobertas feitas na área da Tucano ficam a menos de dois quilômetros da cava principal da mina a céu aberto.

Mina Tucano

A mina Tucano foi comprada em 2010 pela Beadell. Ela abrange uma área aproximada de 2,5 mil quilômetros quadrados. Apesar de ter comprado há seis anos, as operações na mina iniciaram somente em 2012, quando foram concluídas as estruturas de instalação, o que a tornou a terceira maior mina de exploração de ouro do Brasil, segundo a empresa. A previsão é de explorar 3,5 milhões de onças, unidade de massa usada para medir a produção de minério na mina Tucano. Cada uma equivale a 28 gramas.

Fonte: G1

terça-feira, 21 de junho de 2016

Campus Campina Grande do IFPB oferta 40 vagas para curso de Mineração


No período de 20 de junho a 15 de julho de 2016 estarão abertas as inscrições do Processo Seletivo do IFPB em Cursos Técnicos Presenciais para ingresso na modalidade Subsequente ao Ensino Médio, no segundo semestre letivo de 2016. No total, o IFPB ofertará 350 vagas. Destas, 40 são para o curso de Mineração, no campus Campina Grande.
A seleção  será  realizada  por  meio  de  análise  do  desempenho  escolar  em  Língua  Portuguesa  e  Matemática  no  Ensino Médio  para  os  candidatos  que  apresentarem  o  histórico  escolar ou pelo desempenho das provas de  Linguagens, Códigos e suas  Tecnologias  e Matemática para os candidatos que apresentarem documento emitido pelo site oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Fonte: Paraíba Online

Projeto para exploração de ouro em Senador José Porfírio gera polêmica


Um projeto bilionário de uma empresa canadense promete extrair 150 toneladas de ouro, em 17 anos, no município de Senador José Porfírio, na volta grande do Xingu, no Pará. Mas, os danos ambientais que o novo empreendimento pode causar na região estão gerando polêmica sobre o projeto.
Nos anos 80, Serra Pelada, o maior garimpo a céu aberto do mundo, que fica no município de Curionópolis, no sudeste do Pará, atraiu milhares de pessoas. Durante uma década, foram extraídas mais de 30 mil toneladas de ouro e a exploração do tesouro deixou sérios problemas socioeconômicos na região. O novo tesouro fica a 400 km da antiga Serra Pelada e já tem dono: a empresa canadense Belo Sun. Em 2012, na bolsa de valores de Toronto teve o lançamento do projeto Belo Sun, com investimento de R$ 1,5 bilhão e área equivalente a 1.700 campos de futebol.
Quatro anos depois, a extração de ouro ainda não começou, mas a polêmica já é grande. A região já sofre os impactos da usina hidrelétrica de Belo Monte. A futura mina de ouro fica a 11 km da barragem da hidrelétrica. ”Há necessidade de se avaliar se a volta grande do Xingu comporta um novo empreendimento. Qualquer desastre ambiental que ocorra naquela região é de magnitude incalculável”, afirma a procuradora da república, Thais Santi.
Na região há três povoados onde vivem ribeirinhos, índios e garimpeiros que chegaram ao local atrás de ouro depois que o sonho de Serra Pelada acabou. Com a chegada de Belo Sun, o tesouro agora tem dono e mais de 600 garimpeiros que trabalham sem autorização há mais de 30 anos, temem perder o sustento e a casa.

Danos ao meio ambiente

Para extrair o ouro da rocha, a mineradora vai extrair uma substância tóxica, o cianeto. “Se o cianeto chegar no rio ou cair no solo, vai ter quase uma catástrofe ambiental, dependendo do volume de cianeto que vão ser derramados”, explica Jorge Tenório, professor de engenharia química da USP.  A Belo Sun afirma que fez os estudos necessários para o projeto. “Os impactos potenciais, os riscos eles foram todos mapeados pelo empreendimento. Belo Sun segue nos padrões mais rigorosos, internacionais e nacionais para definição da sua engenharia”, ressalta Mauro Barros, diretor da Belo Sun.
Para conter os rejeitos tóxicos, a empresa planeja construir uma barragem de 96 milhões de metros cúbicos. Um dos engenheiros que elaboraram o relatório encomendado pela Belo Sun atestando que o projeto é viável e seguro, é o mesmo que assinou o laudo que garantia a estabilidade da barragem de Fudão, em Mariana (MG).
“Quem garante, nesse cenário, que com Belo Sun o rio Xingu não será o rio Doce de amanhã?”, questiona Carolina Reis, advogada do Instituto Socioambiental.
Em outro documento, o relatório de impacto ambiental elaborado pela Belo Sun, a própria empresa admite que o risco de rompimento da barragem é alto, mas o representante dos canadenses garante a segurança do projeto. “O empreendimento está a uma média de 1,5 km do rio Xingu. Além disso, a barragem de rejeitos dela está localizada em um vale natural, de forma que isso já traz mais segurança”, afirma o diretor da Belo Sun.
Quando for extraído das rochas, o tesouro de Belo Sun deve render R$ 235 milhões por ano em impostos. Para o Departamento Nacional de Produção Mineral, está tudo certo com o empreendimento.
“Nós acabamos de aprovar o plano de aproveitamento econômico e estamos enviando a Brasília para o ministro aprovar a concessão”, esclarece Ambrósio Ichihara, chefe da fiscalização do Departamento da Produção Mineral.
O Governo do Pará é quem vai dar a palavra final sobre a implantação do projeto. “Se não tiver a viabilidade ambiental e socioeconômica, com certeza absoluta não é bem vindo ao estado do Pará”, garantiu Luiz Fernandes, secretário de Meio Ambiente do Estado do Pará.
A mineradora quer começar a extrair ouro em três anos e a polêmica segue em discussão. “Há um receio muito grande do que vai ser feito para manter o modo de vida dos indígenas, das populações ribeirinhas. É preciso ter muita serenidade na hora de analisar e fazer esses estudos”, diz Francisco Nóbrega, do Conselho Nacional de Direitos Humano.

Fonte: G1

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Samarco já não tem expectativa de operar no país em 2016, diz executivo



A mineradora Samarco não tem mais expectativa de voltar a operar neste ano no Brasil, por não ter clareza sobre quando conseguirá as licenças necessárias para retomar as atividades, disse nesta quarta-feira o gerente-geral de Recursos Humanos da companhia, Benedito Waldson, em entrevista à Reuters.
A volta da mineradora é fundamental para a joint venture da Vale e da BHP Billiton pagar indenizações bilionárias acertadas com o governo federal, após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), em novembro último.
A empresa tinha a expectativa de retomar suas operações, com cerca de 60 por cento da capacidade até o fim deste ano, com capacidade limitada de produção de 19 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano, ante as cerca de 30 milhões de toneladas anuais antes do acidente em Mariana.
Para voltar a funcionar, a empresa depende de autorizações do órgão ambiental de Minas Gerais (Semad) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O retorno às operações, frisou Waldson, também é importante para a manutenção dos empregados da mineradora.
Devido à necessidade de adequar a força de trabalho à nova realidade da empresa, a Samarco apresentou aos sindicatos nesta quarta-feira uma proposta final para o Programa de Demissões Voluntárias (PDV) que será oferecido aos cerca de 3 mil empregados da empresa, em Minas Gerais e no Espírito Santo.
“A gente espera desligar em torno de 1.200 (funcionários), vamos ficar com 1.800 funcionários aguardando uma definição sobre a retomada da empresa, das operações, o que está ficando cada vez mais distante, nós já não temos mais expectativa de que isso ocorra em 2016″, afirmou Waldson.
Os empregados da Samarco poderão aderir ao PDV entre os dias 27 de junho e 29 de julho deste ano.  Waldson explicou que os níveis gerenciais, com exceção de chefe de equipe, não poderão aderir ao PDV. Nesse caso, a Samarco irá escolher quem deverá deixar os quadros da empresa e os funcionários demitidos terão os mesmos benefícios do PDV. Dentre as propostas do PDV, estão incentivos financeiros e extensão de saúde suplementar oferecida pela companhia.
Segundo Waldson, a companhia tem feito o possível para preservar empregos, já tendo adotado férias coletivas, licença remunerada e dois períodos de suspensão temporária do contrato de trabalho. O colapso da barragem da Samarco foi considerado o maior desastre ambiental da história do país, deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, que deságua no mar do Espírito Santo.

Fonte: Reuters

Vale Fertilizantes obtém licença de instalação


A Vale Fertilizantes obteve a licença de instalação do projeto de Ampliação da Cava e estruturas de apoio a mineração do Complexo Mineroquímico de Cajati. A expansão da lavra para extração de minério de fosfato possibilitará o aumento de vida útil do Complexo até 2036. O projeto fortalece a economia local e assegura ao País a oferta de fosfato bicálcico, produto voltado à indústria de nutrição animal. A Vale Fertilizantes responde por 50% desse mercado, que tem grande importância para o desenvolvimento agropecuário brasileiro.
Durante a fase de implantação, diversas ações de preservação ambiental serão realizadas, com destaque para o manejo da fauna e flora das áreas diretamente afetadas e reaproveitamento da camada de solo superficial das áreas de supressão em processos de recuperação de áreas degradadas do Complexo.
Localizada na região do Vale do Ribeira (SP), o Complexo Mineroquímico de Cajati iniciou suas atividades de industrialização e comercialização de fertilizantes em 1938 e, hoje, é a maior produtora brasileira de fosfato bicálcico.

Fonte: Agência IN

Satélites e aeronaves são aliados para uma mineração mais segura


O acompanhamento da atividade mineradora por imagens aéreas é uma prática usual da Vale. Fotos e filmes permitem monitorar os impactos ambientais, o estado de reservatórios, o desenvolvimento urbano em torno das operações, além de captar informações sobre instalação de ferrovias e rodovias, entre outros dados. As imagens permitem guardar registros visuais inquestionáveis sobre a situação e a evolução das intervenções em cada área ao longo do tempo.
As imagens atualizadas e o acervo histórico permitem o planejamento para uma mineração mais segura, com mais controle sobre os impactos e as áreas de recuperação. A captação das imagens é feita por aparelhos a bordo de aeronaves ou de satélites de sensoriamento remoto – também chamados de satélites de observação da Terra.
“Desde o início dos anos 2000, quando a captação de imagens de alta qualidade por satélites se tornou viável, a Vale vem compondo uma série histórica, que tem ajudado a gerenciar melhor as suas questões ambientais e de planejamento. E se olharmos para o futuro, podemos imaginar como daqui a 10, 15 ou 20 anos será importante para o planejamento estratégico da empresa possuir um acervo de imagens que retrate a evolução das intervenções ao longo de décadas. Precisamos representar e descrever o passado para pensar o presente e o futuro”, explica Rodrigo Lima, responsável pela gestão do acervo de imagens.

Fonte: Vale

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Votorantim vai investir R$ 322 milhões em projeto


O Projeto Caçapava do Sul, resultado de uma joint venture entre a Mineração Iamgold Brasil e a Votorantim Metais (que detém 70% do empreendimento), tem como objetivo desenvolver a lavra e o beneficiamento de minerais polimetálicos no Estado. Através de um investimento de R$ 322 milhões, a meta é atingir em Caçapava do Sul, ao ano, uma produção de 36 mil toneladas de chumbo contido, 16 mil toneladas de zinco contido e 5 mil toneladas de cobre contido, além de uma pequena quantidade de prata.
O líder do projeto, Paul Cézanne, frisa que a ação não contempla a produção de metais, mas sim a de concentrados. A iniciativa foi apresentada ontem, no Palácio Piratini, ao governador José Ivo Sartori, com a presença do diretor-presidente da Votorantim Metais, Tito Martins. Os mercados-alvo serão tanto o interno quanto o internacional (essencialmente a China). O concentrado de zinco será destinado ao mercado nacional; e o de chumbo e de cobre, para o exterior. A joint venture aproveitará o porto do Rio Grande para escoar parte de sua produção no Estado. Entre os segmentos que podem aproveitar os insumos estão os agrícolas, farmacêutico, de galvanização, de baterias de automóveis e materiais elétricos.
Cézanne adianta que a expectativa é que exista um déficit de concentrados de zinco, fundamentalmente, no mercado internacional a partir de meados de 2017. O panorama previsto é devido a perspectivas de que minas atualmente em operação irão interromper a atividade. Porém, o dirigente enfatiza que o desenvolvimento do projeto gaúcho ainda depende da obtenção do licenciamento ambiental e pode ser alterado por causa do contexto econômico mundial. “Se a commodity começar a cair de preço, terá que ser reavaliado, inclusive, o tamanho do projeto; mas, se a economia melhorar, acelerará a iniciativa”, reitera.
Cézanne afirma que o empreendimento está na fase inicial, entretanto bem encaminhado no que diz respeito à engenharia e aos estudos ambientais. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) foi protocolado em janeiro na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). As audiências públicas para discutir a implantação do complexo deverão ocorrer nos dias 27 e 28 de julho.
O planejamento prevê a instalação de três minas de cavas a céu aberto. Apesar do termo, precisará ocorrer a escavação de 50 a 60 metros, abaixo da superfície, para que se alcance as lavras de minérios. Também está prevista a construção de uma usina de beneficiamento. Serão gerados em torno de 450 empregos diretos na fase de operação e na etapa de implantação da infraestrutura a projeção é de 1 mil a 1,2 mil postos de trabalho. A ideia, diz Cézanne, é aproveitar o máximo possível de mão de obra local. A vida útil do projeto tem uma expectativa de 20 anos, contudo o executivo acredita que esse prazo pode ser ainda maior.
O depósito mineral, denominado geologicamente de Santa Maria, está localizado em Minas do Camaquã, distrito de Caçapava do Sul. A estimativa é que a jazida possua cerca de 29 milhões de toneladas de reserva mineral. Cézanne revela que o projeto já tem garantido os direitos de mineração, porém as empresas envolvidas na inciativa ainda não são proprietárias dos terrenos na superfície.

Fonte: JCRS

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Brasil terá que criar lei para proteger vítimas das atividades de mineração


Sete meses depois do vazamento de mais de 30 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro da Barragem do Fundão, em Mariana, no maior desastre socioambiental do Brasil, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) deverá recomendar ao país que aprove uma lei regulamentando direitos e deveres em casos de eventos dessa natureza. A Lei Maria da Penha, por exemplo, surgiu depois de uma recomendação da CIDH ao governo brasileiro.
“O objetivo, entre outros, é evitar violação de direitos humanos”, sintetizou o promotor Guilherme de Sá Meneghin, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em Mariana. Ele participou de um encontro da CIDH em Santiago (Chile), na última semana, onde foi discutida a violação dos direitos humanos pelas mineradoras no Brasil.
Meneghin foi o primeiro promotor a conseguir, em ação civil pública deferida pela Justiça, o bloqueio de R$ 300 milhões da Samarco, dona da barragem, para serem usados numa espécie de caução em caso de a mineradora não reparar os danos materiais e morais causados às vítimas do desastre nos povoados de Mariana. Dos 19 mortos, cinco moravam em Bento Rodrigues, o primeiro subdistrito devastado pela lama. Os demais eram funcionários da Samarco ou de terceirizadas.
O promotor foi convidado a participar do encontro e listar sugestões à CIDH. A provável recomendação da entidade ao governo brasileiro deverá levar em conta quatro preceitos. “Um deles é o conceito abrangente de vítimas desse tipo de evento, que deve ser feito pelo poder público, proibindo expressamente às empresas que digam quem é ou não vítima”, adiantou.
GARANTIA ÀS VÍTIMAS A segunda premissa visa garantir a participação das vítimas nas decisões dos direitos delas por meio de votação direta em comissões criadas exclusivamente para essa finalidade. A terceira trata da definição de competência do juízo, “para evitar o que ocorreu no Brasil, no caso de Mariana”, onde parte da investigação ficou suspensa até definição se o caso deveria ser julgado por um magistrado estadual ou federal.
No caso envolvendo a Samarco, a Justiça  decidiu pela esfera nacional, uma vez que os efeitos do desastre cruzaram as fronteiras de Minas, atingiram o Espírito Santo e chegaram ao Oceano Atlântico. Por fim, o promotor defendeu a alteração da legislação trabalhista,  de modo a garantir a manutenção dos empregos nas mineradoras enquanto durarem os efeitos de eventuais rompimento de barragens. ”A comissão avaliará as provas e decidirá: se arquivará o pedido, se irá expedir recomendações ao Estado brasileiro para que tome providências para evitar as violações de direitos humanos, como acredito, ou se instaura um processo perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos, caso sejam descumpridas as recomendações”, disse Meneghin.
Ele acredita que a CIDH irá dar um prazo ao Brasil para acatar as recomendações. Do contrário, a comissão poderá instaurar um processo perante a Corte da entidade. “No caso Maria da Penha, por exemplo, a comissão recomendou o Brasil a criar uma lei para proteger as mulheres. Daí veio a Lei Maria da Penha e a comissão entendeu que o Brasil tomou as providências necessárias”.

Fonte: EM

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Licença Prévia é concedida a Araguaia Níquel para mina de Níquel e planta de beneficiamento


É com prazer que anunciamos a concessão da Licença Ambiental Prévia (“LP”), para o Projeto Araguaia Níquel (‘Araguaia’), a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade (‘SEMAS’) concedeu a autorização prévia para o projeto de extração e planta de beneficiamento para produção de ferro-níquel. A LP concedida à subsidiária integral da Horizonte, Araguaia Níquel Mineração Ltda., é um marco importante que demonstra a viabilidade ambiental do Projeto Araguaia, a qual representa a aprovação do Governo do Estado para o Projeto planejado.

Visão Geral

• A concessão desta licença prévia demonstra a confiança do governo do Estado do Pará em relação a credibilidade e viabilidade do Projeto Araguaia.
• O Projeto Araguaia está sendo visto pelo Governo do Estado do Pará como uma fonte de desenvolvimento econômico, para a região sul do Pará.
• A partir da concessão desta LP, a Horizonte Minerais poderá prosseguir com os trabalhos de licenciamento para Instalação, o que permitirá a implantação do Projeto Araguaia.
De acordo com o CEO Jeremy Martin: “Este importante marco faz com que a Horizonte chegue mais perto do desenvolvimento da próxima grande mina de níquel do Brasil. Após 24 meses de trabalhos a concessão desta licença prévia demonstra o apoio do Governo do Estado do Pará para o desenvolvimento do Projeto Araguaia Níquel.
O projeto tem o potencial de fornecer cerca de 1.100 vagas de trabalho na fase de construção, e cerca de 500 vagas de trabalho durante a fase de operação da mina, como resultado, o Governo do Estado do Pará considera o Projeto Araguaia como um potencial econômico chave para a região sul do estado. O forte apoio da comunidade em relação ao projeto pôde ser evidenciado durante a Audiência Pública 2015 realizada em Conceição do Araguaia.
“A concessão da LP é oportuna uma vez que estamos em fase final de preparação da atualização do Estudo de Pré-Viabilidade (“PFS”). Esta atualização do PFS incluirá um recurso mineral revisto abrangendo o projeto Glencore adquirido recentemente, combinado com os resultados de sondagem obtidos em 2015, os dados obtidos da planta piloto no processo metalúrgico em grande escala realizado no 3º trimestre 2015 e atualização do capital e custos operacionais. O nosso objetivo é divulgar a atualização do PFS no segundo semestre de 2016, e visto paralelamente em conjunto com os fatores do mercado de níquel para os próximos 12 a 24 meses, prevendo um caso de investimento atrativo à medida que trabalhamos no sentido de desenvolver a viabilidade do Projeto Araguaia”.

Informação detalhada

A Licença Prévia foi aprovada em acordo com os termos estabelecidos pelos Estudos de impacto Ambiental e Social da Empresa, e as condições definidas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade. Isto, seguido da aprovação unânime da licença em uma reunião realizada na capital paraense de Belém em 23 de maio de 2016, pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (‘COEMA’), o qual é composto por Secretários do Governo do Estado, ONG’s e representantes de grupos da sociedade civil.
No Brasil, o processo de licenciamento para mineração de grande porte, é realizado pelos órgãos ambientais e tem três fases fundamentais:
1. A Licença Prévia obtida recentemente (“LP”);
2. A Licença de Instalação (‘LI’), que permite o início da construção;
3. Finalmente, a Licença de Operação (“LO”) para operar uma vez que a construção esteja concluída.
A concessão da LP é frequentemente considerada a parte mais importante no processo de licenciamento, pois define os parâmetros do projeto tal como acordado por todas as partes interessadas, e é a única fase do processo de licenciamento ambiental que requer a aprovação COEMA.

A Companhia concentrará esforços, a partir de agora, na obtenção da LI, que, uma vez concedida, em paralelo à concessão de lavra, permite o início da construção. Para a LI é exigido realização de estudos ambientais mais aprofundados, além do estudo de viabilidade definitivo e ainda o envolvimento da comunidade. A Companhia também irá trabalhar em parceria com o Governo do Estado do Pará, para realização dos estudos que verifiquem possibilidades de utilização do produto escória a ser gerado pelo Projeto Araguaia e potenciais indústrias locais que poderiam se beneficiar do produto final ferro-níquel.

Fonte: Horizonte Minerals

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Ecoponto é inaugurado em Sobradinho (DF) para impulsionar a coleta de pneus


A união da iniciativa privada com a comunidade resulta em uma ação sólida em prol da preservação do meio ambiente e da melhoria da saúde pública. A Votorantim Cimentos de Sobradinho irá inaugurar, no dia 10 de junho, às 9h, um ecoponto dentro da fábrica para receber pneus das borracharias da Região Administrativa da Fercal, uma medida que complementa práticas sustentáveis já executadas pela empresa. Em 2015, a unidade implantou novo sistema de coprocessamento, com o objetivo de aproveitar pneus picados e biomassa para substituir parte do combustível fóssil utilizado no forno para fabricação de cimento.
Para viabilizar a iniciativa, a Votorantim Cimentos contou com a participação do Conselho Comunitário da Fercal, parceiro em diversos projetos sociais desenvolvidos e apoiados pela empresa. Membros do Conselho realizaram uma pesquisa com as 11 borracharias instaladas na Fercal para identificar a quantidade de pneus descartados e o interesse dos borracheiros em destinar os pneus inservíveis de forma consistente. A pesquisa apontou que as borracharias descartam 1.020 pneus por mês, sendo que somente duas delas destinam os resíduos para o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal.A assessora de Meio Ambiente da Votorantim Cimentos, Cristiani Maria da Silva, explica que a proposta é que as borracharias encaminhem até a fábrica os pneus, que serão armazenados em caçambas coletoras, em local coberto, com recolhimento duas vezes ao dia, sendo encaminhados diretamente para o coprocessamento.  Como o ecoponto foi instalado na área de expedição, onde os caminhoneiros aguardam o carregamento de produtos, eles também poderão colaborar e destinar seus pneus para o espaço. “Essa inauguração integra a programação de atividades que realizaremos em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Estamos orgulhosos de mais uma vez envolver a comunidade e engajá-la a participar conosco de ações para melhorar o meio em que estamos inseridos”, afirmou.
Além da inauguração do ecoponto, a fábrica irá organizar outras atividades em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, entre os dias 6 e 10 de junho. Serão realizadas oficinas de arte, produção de mudas e oficina sobre conversação de recursos hídricos, entre outras, das quais participarão funcionários da fábrica, estudantes e a comunidade.

Saiba mais - O coprocessamento reduz o uso de recursos naturais não renováveis e a emissão de CO2, além de eliminar a geração de novos passivos ambientais no aterro sanitário. Além da contribuição ambiental, o coprocessamento tem um papel importante para a saúde pública, auxiliando no combate de focos do mosquito da dengue, zika e chikungunya, já que a fábrica coprocessa pneus, além de biomassas, como casca de arroz e cavaco de madeira.
Somente de pneus, com o volume atualmente licenciado, a fábrica de Sobradinho elimina diariamente 1.800 pneus de carro de passeio e outros 750 pneus de caminhão. Ao todo, são coprocessados por dia 36 toneladas de pneus, mas a capacidade é de coprocessar um volume ainda maior, de aproximadamente 130 toneladas. Para aumentar essa capacidade, a Votorantim Cimentos aguarda apenas aprovação para ampliar o volume licenciado, já encaminhado ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Já de casca de arroz e cavaco de madeira, a fábrica coprocessa 85 toneladas por dia.

Sobre a Votorantim Cimentos

Presente no negócio de materiais de construção (cimento, concreto, agregados e argamassas) desde 1933, a Votorantim Cimentos é uma das maiores empresas globais do setor, com capacidade produtiva de 55 milhões de toneladas de cimento/ano. A Votorantim Cimentos possui unidades estrategicamente localizadas próximas aos mais importantes mercados consumidores em crescimento e está presente em 14 países: Brasil, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Índia, Marrocos, Peru, Tunísia, Turquia e Uruguai.

Fonte: Assessoria