quinta-feira, 30 de junho de 2016

Cimento sem água é mais barato e emite menos CO2


Se for amplamente adotada, uma nova abordagem para a fabricação de cimento poderá reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa, diminuir o consumo de água e ajudar a lidar com o aquecimento global – além de produzir um concreto mais durável e de custo mais baixo. Os pedreiros vão estranhar bastante, porque o novo tipo de cimento ganha resistência através da carbonatação, e não da sua mistura com água.
“Em vez de cimento que reage com água, este cimento carbonatado reage com dióxido de carbono e silicato de cálcio,” explica o professor Jason Weiss, da Universidade Estadual de Oregon, nos EUA. ”À primeira vista este novo produto se parece com o concreto convencional, mas ele tem propriedades que devem fazê-lo durar mais tempo em algumas aplicações. Além disso, seu uso poderia reduzir as emissões de dióxido de carbono, que é um objetivo importante da indústria do cimento,” acrescentou.

Cimento de silicato de cálcio carbonatado

O novo material foi batizado de “cimento de silicato de cálcio carbonatado”, ou CCSC (Carbonated Calcium Silicate-based Cement).
De acordo com Weiss, o novo cimento está pronto para ser usado em produtos de concreto pré-moldados, que podem ser criados em uma fábrica e transportados para onde serão usados. Um uso mais generalizado poderá demorar mais tempo, já que a carbonatação exige um aparato mais complicado do que uma mangueira jorrando água
 sobre a massa – como botijões com CO2 sob pressão.
A equipe demonstrou que o material é mais resistente à degradação do que o concreto comum, inclusive em contato direto com sais usados para o degelo das estradas em países de clima frio, tais como cloreto de sódio e cloreto de magnésio.
O concreto – uma combinação de cimento, areia e brita – é um dos materiais de construção mais eficazes da história humana. Isto na verdade é parte do problema – o concreto funciona tão bem e tem tantos usos que são produzidas anualmente de 2 a 4 toneladas de concreto para cada pessoa na Terra, o que se acredita ser responsável por algo entre 5 e 8% de todas as emissões globais de dióxido de carbono.

Fonte: Inovação Tecnologica

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