quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Decreto completa etapas de licença ambiental para obras do Porto Sul



Um decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff autoriza o Ibama a liberar autorização para retirada de vegetação em uma área de 500 hectares, que inclui mata atlântica, para implantação do Porto Sul, na cidade de Ilhéus, região sul da Bahia. Esta é a medida que faltava para o início das obras.
O secretário da Casa Civil do Estado, Bruno Dauster, informou ao G1 nesta terça-feira (27) que a medida indica que não há mais entraves ambientais para construção do empreendimento. “Antes de tudo, significa que podemos dar por concluído o processo de licenciamento ambiental. Esse decreto dá condição à autorização de supressão de vegetação. Essa era a última ação que faltava para poder começar a concretizar tudo isso. Não há nada a ser questionado porque houve diversas reuniões com o Ibama e o corpo técnico do órgão”, disse Dauster.
O Porto Sul é uma Parceria Público-Privada (PPP) orçada em R$ 2,2 bilhões. Será usado para escoar minério de ferro que vai chegar pela Ferrovia Oeste Leste, ainda em construção. Está previsto também o escoamento de grãos e fertilizantes.
As discussões para instalação do porto começaram em 2009. De lá para cá, foram realizadas várias audiências públicas. Desde o início, ambientalistas da região de Ilhéus ficaram contra o projeto, mas todas as licenças ambientais foram concedidas pelo Ibama. O local foi transferido de uma região conhecida como Ponta da Tulha para cinco quilômetros mais ao norte. O píer de atração vai ser construído a 3,5km da praia para diminuir os danos ao ecossistema marinho. A área total foi reduzida a menos da metade.
O secretário Bruno Dauster afirma que o governo estadual se reuniu com Ministério Público e comunidades locais. “Tudo ficou muito transparente e esclarecido. Não vejo nenhum problema para a implantação da Porto Sul”, disse.
O ambientalista Rui Rocha acha que o Porto Sul não é uma boa alternativa econômica para a região. “Vocação dessa região no ecoturismo, na produção de cacau e chocolate, na produção agrícola e familiar, na produção pesqueira, e todas as vocações que o sul da Bahia apresenta hoje são a melhor solução para o governo hoje nessa região”, aponta o especialista.

Fonte: G1

Lei para agilizar licenças ambientais gera mais polêmica



Ambientalistas e representantes do poder executivo estadual realizaram um grande embate durante a audiência pública que durou quase todo o dia desta terça na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e discutiu o Projeto de Lei (PL) 2.946/15, que propõe a reestruturação no Sistema Estadual do Meio Ambiente (Sisema).
De um lado, o secretário de Meio Ambiente, Sávio Souza Cruz, defendia a necessidade de alterar o atual sistema para agilizar os processos que estão parados na Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). “Somados aos 2.700 processos de licenciamentos parados, temos 14 mil processos de outorgas, mais 5.600 processos de intervenção em vegetação que se somavam a 120 mil autos de infração que estavam parados. Deve ser a situação que querem manter”, afirmou. Para o secretário, o PL dará instrumentos para organizar a estrutura da gestão ambiental. “São mudanças importantes como a criação de subsecretaria de gestão ambiental e uma unidade de educação ambiental que hoje inexiste”, disse.
Do outro lado, porém, representantes de cerca de 80 entidades ambientais, afirmavam que o PL representa um retrocesso na política ambiental já que boa parte da estrutura seria definida por meio de decreto. “Esse projeto propõe estabelecer por decreto praticamente toda a estrutura do Sisema. Criar e descriar cargos a bel prazer do governo”, critica a superintendente da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), Maria Dalce Ricas.
Representante do Ministério Público Estadual, o promotor de justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto avaliou que, como está, o PL seria uma “carta em branco”. “São 33 artigos e 21 remissões ao decreto. É impossível saber o que se quer, qual será o caminho, sem o decreto em mãos. Sem ele, é tudo suposição”, avaliou.
Já o representante da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Wagner Soares Costa, “o licenciamento em Minas Gerais é burocrático e de baixa qualidade”, diz. Para Costa, o licenciamento como está agora freia investimentos e aumenta os custos dos empreendimentos em função da demora. “Um não bem dado é menos onerosos para o empreendedor do que um sim, quatro ou cinco anos depois, com centenas de condicionantes”, disse.

Urgência

A forma como o projeto foi apresentado à Assembleia também foi questionada. “Precisamos discutir a fundo esse projeto de lei e não vamos conseguir fazer isso com o regime de urgência colocado pelo governador”, afirmou a deputada estadual Marília Campos (PT). No regime de urgência, os prazos regimentais são reduzidos à metade.
O líder do governo na Assembleia, deputado Durval Ângelo (PT) porém afirmou que “será mantido o regime de urgência”. Sobre a presença dos decretos no PL, o petista disse que isso dará mais responsabilidade ao governador. “Isso dá responsabilidade ao executivo. No governo passado, foram presos funcionários e até o secretário do meio ambiente. Mas ninguém responsabilizou o governador. Eles tinham uma estrutura complicada para facilitar através de corrupção. Com a nossa proposta, vamos dar transparência”, disse. “Podemos aprimorar o projeto já na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas vamos defender a sua estrutura”, completou. O deputado Leonídio Bouças (PMDB), relator do PL na CCJ, apresenta hoje o seu relatório para avaliação da Comissão.

Apagão

Mineração. O representante do Instituto Brasileiro de Mineração, Luís Márcio Viana, disse que há um apagão na questão ambiental. “As licenças para mineração estão paralisadas”, disse.


Fonte: OTEMPO

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Garimpeiros colhem assinaturas para tentar legalizar extração de ouro



Contrários à decisão judicial que determinou a desocupação de uma área na Serra da Borda, em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá, garimpeiros que exploram ilegalmente a região colhem assinaturas de trabalhadores na tentativa de legalizar a extração de ouro naquele local e criar uma espécie de associação. Atualmente, a extração ocorre sem nenhuma licença dos órgãos ambientais e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
A descoberta de ouro na região atraiu milhares de pessoas nos últimos dois meses e há 10 dias a Justiça Federal determinou o fechamento do local. Segundo a Justiça Federal, cerca de cinco mil pessoas chegaram ao local nos últimos dois meses. Enquanto o garimpo não é fechado, os trabalhadores percorrem a cidade e os arredores do garimpo em busca de colher assinaturas.
“Aqui existem pais de família e trabalhadores. Todo mundo está aqui para trabalhar, ninguém está aqui para baderna”, declarou o garimpeiro Roberto Nunes. Ele é um dos trabalhadores que incentiva o recolhimento das assinaturas. Os garimpeiros assinam o documento afirmando que pretendem trabalhar na Serra da Borda. Ele informou já ter colhido mais de 4 mil assinaturas. No entanto, disse não ter definido ainda para quem irá apresentar o abaixo-assinado.
Policiais federais e outras forças de segurança ainda planejam fazer uma operação para retirar aproximadamente mil garimpeiros que continuam na região. Enquanto isso, os policiais fazem abordagens no entorno do garimpo e tentam impedir o acesso de novos trabalhadores.
O prefeito de Pontes e Lacerda, Donizete Barbosa (PSDB), foi a Brasília, no DNPM, para tentar criar uma cooperativa, permitindo que a extração seja legalizada no local. “Estive em Brasília conversando com as autoridades e verificando como está o processo. Também estamos verificando a possibilidade que se tem de se criar ali dentro uma área garimpeira de uma cooperativa”, declarou.

O caso

A descoberta de jazidas de ouro entre as serras da Borda e Santa Bárbara começou a movimentar a região nos últimos dois meses. Imagens de pepitas de ouro circularam pelas redes sociais e aplicativos de celulares, fomentando ainda mais a fama do garimpo.

O caso foi levado ao conhecimento da Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF) e, no dia 16 de outubro, o juiz Francisco Antônio de Moura Júnior, substituto da subseção da Justiça Federal em Cáceres, a 220 km da capital), decretou o fechamento do garimpo, com a retirada de todos os trabalhadores do local e apreensão de todo o minério extraído ilegalmente.
Os garimpeiros já foram notificados da decisão e a maioria deixou o local, mas vários persistem na tentativa de explorar o garimpo ilegalmente. Desde que passou a ser explorada, a Serra da Borda chegou a ter um pico de sete mil pessoas – entre garimpeiros profissionais e ocasionais – explorando a jazida de ouro do local.
Muitos são provenientes da própria cidade de Pontes e Lacerda e, segundo a Secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema), são responsáveis por colocar em risco a água consumida na cidade. Os policiais também acabam prendendo pessoas que são flagradas com ouro na região ou dinheiro que poderia ter relação com o garimpo.
Quatro homens foram presos no último dia 23 com R$ 460 mil, dinheiro que teria relação com comercialização e extração ilegal de ouro encontrado na jazida. No dia 22, um homem foi preso com 33 gramas de ouro e encaminhado para a Cadeia Pública de Cáceres, a 250 km da capital.
No último final de semana uma quadrilha de assaltantes invadiu duas propriedades rurais que ficam próximas ao garimpo. Os quatro assaltantes estavam em busca de ouro. Duas pessoas foram feitas reféns por mais de trinta minutos. Uma das vítimas foi espancada e torturada.

Fonte: G1

sábado, 24 de outubro de 2015

Votoratim chega a substituir até 65% de combustíveis fósseis por biomassa para gerar energia



A substituição de combustíveis fósseis (petróleo) por biomassa para geração de energia chega a até 65% nas unidades fabris da Votoratim Cimentos em Mato Grosso. Recentemente a multinacional investiu R$ 12 milhões no projeto de coprocessamento na fábrica de Cuiabá, localizada nos distritos de Aguaçu e Nossa Senhora da Guia.
Materiais que seriam descartados, como pneus, palha de arroz, resíduos industriais e serragem hoje são utilizados para a transformação de energia nas unidades de Cuiabá e Nobres. Segundo a Votorantim Cimentos, na fábrica de Nobres substituiu-se 50% de combustíveis fósseis por biomassa, chegando já a picos de 65% de substituição, evitando a emissão de mais de 253.000 toneladas de gases de efeito estufa. Em Cuiabá chega a 35% o percentual de substituição.
Em 2015, até setembro, conforme o consultor de coprocessamento da Votorantim Cimentos, Edson Rodriguez, registrou-se um aproveitamento energético de 240 mil pneus em Mato Grosso.
“As fábricas de Cuiabá e Nobres são flex, então podemos utilizar vários combustíveis para transformar em energia. Nosso próximo passo é aprimorar o gerenciamento e a destinação de outros resíduos sólidos, como é o caso do lixo urbano, o que pode colocar Cuiabá entre as cidades brasileiras com melhores políticas de manejo de resíduos”, destacou Rodriguez durante visita realizada nesta quinta-feira, 22 de outubro na unidade fabril de Cuiabá.
A Votorantim revela ter obtido junto a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) licenciamento ambiental para a realização do coprocessamento na unidade de Cuiabá. O combustível (fóssil e biomassa), explica a indústria, é utilizado para alimentar o forno que transforma o calcário e a argila em clínquer, matéria-prima utilizada para fazer o cimento.

Fonte: Olhar direto

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Crise no setor de petróleo vai deixar de gerar R$ 62 bi em renda para o Brasil




A crise no setor de petróleo vai deixar de gerar R$ 62 bilhões em renda para o país até 2019. O número foi apresentado pelo Grupo de Economia da Energia (GEE) da UFRJ. De acordo com o estudo, a queda no preço do petróleo fez que com que as principais petroleiras revissem seus investimentos no Brasil. No ano passado, quando a crise começou, houve uma redução de 16% dos investimentos no setor, que passaram de R$ 104 bilhões, em 2013, para R$ 87 bilhões em 2014. Já em 2015, o montante de investimento anunciado pelas petroleiras reduziu de US$ 236,7 bilhões para US$ 130,3 bilhões. A queda é de 45% e o impacto na renda nacional é de R$ 12,4 bilhões por ano.
Os prejuízos causados pela crise afetam ainda a geração de emprego e as receitas de Estados e municípios dependentes dos royalties, principalmente no Rio de Janeiro. Em agosto de 2015, o repasse para o estado foi de R$ 200 milhões que, apesar do aumento em relação ao mês anterior, representa R$ 69 milhões a menos do que o mesmo período de 2014. No primeiro semestre, a queda de arrecadação nos municípios produtores foi de 25% em relação a igual período de 2014.
"Essa queda se deve, principalmente, à redução da cotação do petróleo no mercado internacional. O preço do Brent passou de uma média de US$ 110 no primeiro trimestre de 2014 para menos de US$ 50 em agosto de 2015", explicou o economista do GEE, Marcelo Colomer.
O estudo revela ainda que houve uma queda de 26% na criação de vagas de empregos no setor em cinco anos. Os mais atingidos serão os empregados do setor de serviços, que responde por 34,65% do total de empregos diretos criados pela indústria e por 18,52% dos indiretos. De acordo com levantamento realizado pelo professor Rodrigo Leandro, da FGV, o número de demitidos no setor no primeiro semestre desse ano ultrapassa 30 mil pessoas.
Para o secretário executivo do IBP, Milton Costa Filho (foto), os dados são preocupantes e é preciso construir uma agenda positiva na tentativa de atrair novamente os investimentos para o país. "O último leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) reforçou a preocupação, com a participação de poucos atores. Precisamos rever algumas questões regulatórias para fazer do Brasil um país mais atrativo aos investimentos das companhias, principalmente neste momento de crise, onde elas estão mais seletivas".
Em contrapartida, o cenário favorece a balança comercial. Segundo o estudo, o saldo comercial da área de petróleo melhora por causa da redução da demanda, provocada pela crise e pelos aumentos de preços.


Fonte: TN Petróleo

Vendas de aço no Brasil caem 14,3% até setembro




Segundo números do Instituto Aço Brasil (IABr), as vendas de produtos siderúrgicos no mercado brasileiro somaram 1,5 milhão de toneladas em setembro, queda de 20,7% em relação ao mesmo mês de 2014. No acumulado até setembro, as vendas atingiram 14,2 milhões de toneladas, redução de 14,3% com relação ao mesmo período do ano anterior. O consumo aparente nacional atingiu 1,7 milhão de toneladas, totalizando 16,9 milhões de toneladas no período de janeiro a setembro de 2015. Esses volumes representaram queda de 24,1% e 14,0%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior.
As importações de produtos siderúrgicos foram de US$ 188 milhões e volume de 224 mil toneladas. Até setembro, o volume atingiu 2,8 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano. Já as exportações totalizaram 1,6 milhão de toneladas e renderam US$ 680 milhões em setembro. Mesmo com as condições adversas, as vendas externas alcançaram 10,0 milhões de toneladas e US$ 5,2 bilhões até setembro, crescimento de 48,6% em volume e de 6,1% em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior. Este resultado é devido, principalmente, ao aumento de operações "inter companies", a partir do 2º semestre de 2014, para fornecimento de semiacabados a plantas na Europa e nos Estados Unidos, além de ações emergenciais do setor para evitar redução ainda maior do grau de utilização da capacidade instalada.
A produção brasileira de aço bruto em setembro foi de 2,5 milhões de toneladas, queda de 13,0% quando comparada ao mesmo mês em 2014. A produção de laminados atingiu 1,7 milhão de toneladas em setembro, queda de 23,1% quando comparada com setembro do ano anterior. Com esses resultados, a produção acumulada nos nove primeiros meses de 2015 totalizou 25,3 milhões de toneladas de aço bruto e 17,4 milhões de toneladas de laminados, quedas de 1,2% e de 8,2%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2014.

Fonte: Brasil mineral

Anglo American corta metas de produção para 2015



A Anglo American informou nesta quinta-feira que sua produção de commodities ficou mais fraca que o esperado no terceiro trimestre, particularmente em diamantes, além de cortar sua meta de produção para vários itens, devido a problemas na produção, à venda de ativos e às condições duras do mercado.
Uma das fontes de queda na produção foi o projeto Minas Rio de minério de ferro no Brasil.
A quinta mineradora mais diversificada do mundo em capitalização de mercado disse que sua produção de diamante caiu 27%, para 6 milhões de quilates no terceiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado, no momento em que a companhia prioriza a manutenção, em vez da produção, diante dos preços mais fracos.
Analistas esperavam 7 milhões de quilates de produção no terceiro trimestre, segundo pesquisa do Wall Street Journal. A companhia disse que, diante do resultado, sua meta de produção de diamante deve ficar perto da faixa inferior da meta de entre 29 milhões e 31 milhões de quilates para este ano.
As previsões da companhia para este ano já foram cortadas duas vezes anteriormente, de uma estimativa inicial de até 34 milhões de quilates. Também cortou suas metas de produção de minério de ferro e cobre, devido a problemas na produção, mas elevou sua meta de produção de níquel.
A ação da Anglo American recuava 1,26%, perto das 8h30 (de Brasília). Em nota, analistas do Citigroup haviam afirmado que o corte nas projeções para 2015 devem ser lidos como negativos no mercado.
O papel da mineradora caiu mais de 50% desde o início do ano, diante da prolongada queda nas commodities, com a fraqueza no crescimento econômico chinês e o desequilíbrio entre a oferta e a demanda.
A companhia cortou custos, impulsionou seu desempenho em mineração e buscou vender ativos indesejados, mas a queda nos preços, particularmente em minério de ferro, cobre, carvão e diamantes – quatro itens cruciais para a empresa – eclipsou esses esforços. Analistas agora projetam que a empresa deve cortar seu pagamento de dividendos, a fim de ter mais caixa.
A produção de minério de ferro, segundo maior contribuinte para a receita da companhia no ano passado, subiu 10% no ano, para 14,3 milhões de toneladas, mas problemas com a qualidade da água, como no projeto de minério de ferro Minas Rio, no Brasil, levou a uma produção um pouco abaixo da esperada, enquanto as operações na África do Sul tiveram queda na qualidade da produção, o que levou a mineradora a reduzir pela segunda vez sua meta neste ano para a produção de minério de ferro no país, de 44 milhões de toneladas anteriormente para 43 milhões de toneladas.
A produção de cobre também recuou 3% no ano, para 171.100 toneladas no terceiro trimestre, em parte devido à venda dos ativos do projeto Norte, no Chile, e a revezes na mina chilena Colluhuasi, na qual a Anglo American tem uma fatia. Isso levou a empresa a reduzir sua meta de produção de cobre em todo o ano para entre 680 mil e 710 mil toneladas, de entre 720 mil toneladas e 750 mil toneladas anteriormente.
A platina, por outro lado, teve aumento na produção de 14% no terceiro trimestre, na comparação anual, para 614 mil onças-troy. No mesmo período de 2014, a companhia enfrentou uma greve de cinco meses nesse setor. A exportação de carvão térmico e níquel caiu na comparação anual, enquanto a exportação de carvão metalúrgico para exportação aumentou.

Fonte: Exame

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Vale Fertilizantes apoia projeto de Recuperação e Preservação de Nascentes em Tapira




O Programa de Educação Ambiental e Cidadania da Vale Fertilizantes, em parceria com o Instituto Degraf e a Prefeitura Municipal de Tapira (MG), apoia o Projeto de Recuperação e Preservação de Nascentes, que acontece na Escola Municipal Vicente Pereira, em Palmeiras, Tapira (MG).
Com o objetivo de dar continuidade ao trabalho de proteção e preservação da nascente e alertar a comunidade local sobre a importância do tema, o projeto apresenta atividades para funcionários da escola e alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Aproximadamente 60 crianças já participaram dessa ação. Já foram plantadas no entorno da nascente 130 mudas de espécies nativas e frutíferas doadas pela Vale Fertilizantes. Como uma forma de envolver ainda mais os alunos cada participante recebeu o nome de uma muda para estudar mais sobre a espécie.
“Dentre as atividades do Programa de Educação Ambiental, o trabalho de Preservação e Conservação de Nascente que fica ao lado da escola da comunidade é fundamental para despertar nas crianças a importância dos cuidados com os recursos hídricos e o quanto nossas atitudes fazem a diferença. Outro ponto importante, é que as crianças da escola transmitem para os moradores da comunidade este aprendizado e reforçam o cuidado com o Meio Ambiente”, afirmou a gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Vale Fertilizantes, Márcia Abdanur.
Os envolvidos aprovaram a iniciativa. “Aprendi a cuidar melhor da natureza depois do projeto da nascente. Converso com os meus pais sobre o que aprendi a respeito do meio ambiente”, destaca Isabela Maria de Resende, de 11 anos.
São oferecidas atividades de plantio, observação e análise do crescimento das mudas, catalogação das espécies e acompanhamento das ações de manutenção da área, como capina, adubação e controle de pragas. Além disso, os jovens participam de palestras e oficinas relacionadas ao tema.
“Essa parceria com a Vale Fertilizantes incentiva o aluno a agir localmente e pensar globalmente. Aqui os estudantes aprendem a manter as áreas protegidas”, declara Alonso Lima, diretor da escola.
Em outubro, o projeto prevê visitas técnicas em 15 propriedades rurais próximas à escola, buscando conscientizar a comunidade rural sobre a importância de conservar os recursos hídricos, como fazer a preservação e recuperação de áreas que possam estar degradadas.

Fonte: Vale Fertilizantes

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Recuperação ambiental é o foco de seminário do CTCL - SATC



A excelência na recuperação ambiental de áreas degradadas pela mineração de carvão. Esse é o objetivo do IV Seminário Regional de Recuperação Ambiental de Áreas Impactadas pela Mineração de Carvão, promovido pelo CTCL/Satc em conjunto com o Sindicato da Indústria de Extração do Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), que começou nesta segunda-feira, 1, e segue até a terça-feira, 20, no auditório V da Satc, em Criciúma.
O evento contou em sua abertura com a presença de autoridades e especialistas de várias áreas ligadas a recuperação ambiental. O prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo, exaltou a iniciativa do seminário e comentou os resultados já obtidos na região.
“Criciúma é exemplo quando o assunto é recuperação ambiental, cumprindo o que foi estabelecido pela Justiça no tempo correto. O esforço da prefeitura nesse sentido é de articular, junto às autoridades competentes, o uso correto dessa área recuperada, inclusive implantando ações sociais. Debater o tema é criar ainda mais ideias benéficas na área da recuperação ambiental”, disse o prefeito.
Após a abertura, o evento contou com duas palestras internacionais, com o engenheiro Alexandre Cabral, PhD da Universidade de Sherbrooke, no Canadá, que relatou as experiências feitas no Canadá com recuperação de áreas degradadas pela mineração. Além do engenheiro John J. Stefanko, do Departamento de Proteção Ambiental da Pensilvânia, dos EUA, que através de transmissão via internet, contou aos participantes sobre o legado deixado pela recuperação ambiental feita nas áreas mineradas nos Estados Unidos.

Resultados e metas

Ainda pela manhã o assessor técnico do Siecesc, Cléber Gomes, mostrou resultados já alcançados na recuperação ambiental da região, além da cronologia de recuperação e as expectativas de término. O procurador da República, Darlan Airton Dias, ressaltou que apesar dos bons resultados ainda é preciso continuar fiscalizando.
“A preocupação mais recente é com o andamento dos prazos de recuperação e na qualidade dessa recuperação. Uma atenção maior deve ser dada às bocas de mina abandonadas, já que ainda são muitas sem o processo de recuperação andando”, afirmou.
Já na parte da tarde as empresas carboníferas da região expuseram seus cronogramas de recuperação ambiental, além do investimento em meio ambiente e os resultados já alcançados. O primeiro dia de seminário foi encerrado com uma mesa redonda com o seguinte questionamento: “Em que momento uma área degradada pode ser considerada recuperada? ”.
Nesta terça-feira, o Seminário segue durante todo o dia, com destaque para a parte da tarde, com o curso “Sistemas de Cobertura Seca para Áreas Degradadas”, com o engenheiro Alexandre Cabral, PhD da Universidade de Sherbrooke, no Canadá.

Fonte: Forquilhinha Notícias

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Produção da Vale bate novo recorde



A baixa sem precedentes dos preços do minério de ferro no mercado internacional foi insuficiente para conter a produção das grandes companhias que disputam a oferta global da matéria-prima. A multinacional brasileira Vale S/A informou, ontem, ter batido novo recorde no volume extraído de suas reservas no terceiro trimestre, um total de 88,2 milhões de toneladas. O resultado histórico para a Vale foi obtido a despeito da estratégia que vem sendo adotada de cortar a exploração em áreas mais antigas e menos produtivas das minas de Minas Gerais, nas operações de Feijão, Jangada, Pico, Fábrica e Brucutu, na Região Central do estado.
O Relatório de Produção divulgado pela mineradora destaca que “os ganhos de produtividade em outras operações parcialmente compensaram a paralisação da produção nas plantas de beneficiamento.” A Vale reduziu, ao todo, 13 milhões de toneladas de capacidade produtiva anual para se ajustar ao cenário de queda dos preços da commodity e reduziu as compras de terceiros.
Em produção própria, portanto, excluídas as compras de terceiros e a participação da empresa no desempenho da Samarco Mineração, sua coligada em Minas, a Vale atingiu 248,038 milhões de toneladas de ferro de janeiro a setembro, um acréscimo de 5% na comparação com os registros dos primeiros nove meses de 2014. As reservas de Minas responderam por 61% do balanço, com 151,361 milhões de toneladas, ante a participação de 37,5% de Carajás, o chamado Sistema Norte da Vale, que entregou 93,019 milhões de toneladas. A Samarco proporcionou à companhia produção de 11,128 milhões de toneladas de janeiro a agosto. Ainda de acordo com o relatório da mineradora, a produção de ouro, de 100 mil oz (onça troy, que significa 31,1 gramas), foi também a melhor da história de um terceiro trimestre, graças à reserva de Salobo, no Sudeste do Pará.

Fonte: EM

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Produção de petróleo da Petrobras no Brasil em setembro cai 6,7%


A produção de petróleo da Petrobras no Brasil em setembro caiu 6,7% ante agosto, para 2,06 milhões de barris por dia (bpd), devido, principalmente, a paradas programadas de grandes plataformas, com destaque à parada da plataforma P-52, para manutenção, conforme comunicado divulgado nesta sexta-feira (16).
No acumulado do ano, a produção de óleo no Brasil atingiu média de 2,132 milhões de barris de petróleo por dia, um volume ainda acima da meta traçada pela companhia para 2015, de 2,125 milhões de barris/dia, o que seria um crescimento de 4,5% ante 2014.

A produção de óleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal em setembro ficou na média de 1,028 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed). A empresa atingiu volume recorde de 1,12 milhão de boed no pré-sal em 15 de setembro.

No mesmo dia, a Petrobras extraiu um recorde de 901 mil bpd de petróleo em campos operados por ela no pré-sal.
A produção média de petróleo e gás natural da companhia no Brasil e no exterior em setembro foi de 2,72 milhões de boed, após um recorde histórico de 2,88 milhões de boed em agosto.


Fonte: Petrobras

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Ajude na construção do Guia Boas Práticas Ambientais na Mineração em Áreas Cársticas



A Votorantim Cimentos, em parceria com a Sociedade Brasileira de Espeleologia e a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica está elaborando o “Guia de Boas Práticas Ambientais na Mineração em Áreas Cársticas”, que tem previsão de lançamento para dezembro de 2015.
O Guia terá um caráter inovador e pioneiro, e conta com a colaboração de profissionais e pesquisadores com larga experiência. A iniciativa parte do princípio de que o manejo adequado do carste e de seus recursos deve ser baseado no conhecimento prático e em estudos técnico-científicos.
O carste em rochas carbonáticas, de forma resumida, é um terreno resultante de processos de dissolução de rochas que leva ao aparecimento de diversas feições naturais, como as cavernas. Essas rochas são utilizadas na indústria do cimento, portanto há a necessidade de orientar seu uso e manejo, para também garantir a conservação do ambiente, de sua biodiversidade e de seus recursos naturais.
A aplicação das melhores práticas no campo da mineração em áreas cársticas possibilitará a construção de um novo modelo de desenvolvimento sustentável, e deve ser encarado como um compromisso de toda a cadeia de produção. Além disso, o Guia contará com experiências reais de diversas cimenteiras que demonstram a aplicação das melhores práticas no dia a dia da empresa.
A Votorantim Cimentos está contribuindo com sua experiência na área, e gostaria de convidar a sua empresa a se engajar nessa iniciativa com o envio de suas boas práticas. Esse material deve conter no máximo uma página, contendo: apresentação do projeto, desenvolvimento e resultados obtidos. Para envio do material ou mais informações, entre em contato com:stefanie.palma@vcimentos.com ou (11) 4572-4738.
O material poderá ser enviado até o dia 16/10/2015.

Fonte: Votorantim Cimentos

Vale expande sua 2ª maior mina de ferro no Brasil



Nove anos após a inauguração do projeto de expansão de Brucutu, a Vale começa a operar sua quinta linha de beneficiamento. Segunda maior mina de minério de ferro do país, atrás apenas de Carajás (PA), a jazida localizada em São Gonçalo do Rio Abaixo, em Minas Gerais, vinha perdendo fôlego. Para recuperar sua competitividade, a Vale investiu US$ 423 milhões nos últimos sete anos.
Sem as intervenções, a expectativa era de que a produção caísse 23% em relação a sua capacidade plena, de quase 30 milhões de toneladas, atingida em 2010. Com o investimento, a meta da Vale é manter esse patamar de produção, apesar do empobrecimento natural do minério extraído no local.
A recuperação de Brucutu faz parte da estratégia da companhia de tentar turbinar a produção de minérios de melhor qualidade e reduzir custos. O objetivo é ampliar suas margens a despeito do cenário de preços em baixa no mercado internacional. Iniciadas em 2008, as obras permitiram mudanças no processo de beneficiamento do minério, que ganhou maior concentração de ferro.
“Sem a 5ª Linha estaríamos perdendo produção este ano e ofertando minério de qualidade mais baixa”, diz o gerente de Operações do Complexo Minas Centrais da Vale, Rodrigo Chaves.  Nessa nova fase, Brucutu vai produzir “pellet feed” (insumo para pelotas) com 68% de ferro – um ganho de 5 pontos porcentuais – e do tipo “sinter feed” com 63% de ferro, classificados como “premium”. Segundo a Vale, o projeto permitiu o melhor aproveitamento do material lavrado e a diminuição do volume de rejeito produzido.
A quinta linha entrou em operação em agosto e agora atinge sua capacidade plena. A nova linha, explica Chaves, consegue processar minério com teor muito baixo, de 46% de ferro. Antes, a linha de corte era de 51% de ferro. Houve melhora nos processos de moagem e de separação de impurezas, como a sílica.
A usina de concentração elevou o volume diário processado de 70 mil para 85 mil toneladas. “O objetivo do investimento foi aumentar a capacidade da planta industrial de absorver o empobrecimento do minério”, explica.
A partir de 2016, a produção da mina terá um acréscimo de mais 9,5 milhões de toneladas anuais, atingindo 32,7 milhões de toneladas. O volume representa cerca de 9% da produção total de minério da Vale, estimada em 340 milhões de toneladas este ano. Hoje, Brucutu tem reservas provadas e prováveis de 432,4 milhões de toneladas de minério de ferro.
A Vale agora trabalha na expansão da vida útil de Brucutu, que termina em 2023. A chamada expansão Oeste ainda é incipiente e está em fase de licenciamento ambiental. Localizada no Quadrilátero Ferrífero mineiro, a mina de Brucutu entrou em operação em 1994. Em 2006, a Vale inaugurou a primeira fase do Projeto de Expansão de Brucutu, no qual foram investidos US$ 856 milhões.
Parte do Complexo Minas Centrais – que inclui ainda as minas Água Limpa e Gongo Soco -, Brucutu é a mina mais competitiva do Sistema Sudeste da Vale. Toda a sua produção é exportada e cerca de 40% vai para a China. Até o fim do ano, a mineradora conclui na região o Projeto Itabiritos, que estenderá em até 20 anos a vida útil de minas nos complexos de Itabira e Vargem Grande (MG). O investimento de US$ 5,5 bilhões é o segundo maior da carteira da companhia, atrás do S11D, em Carajás.

Fonte: Época Negócios

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

ArcelorMittal investe R$ 50 milhões em Sabará para atender autopeças


Usina vai fornecer barras descascadas para uso em diversos componentes.
A ArcelorMittal Aços Longos informou que vai investir R$ 50 milhões na ampliação de 20% da capacidade da usina de Sabará, em Minas Gerais. O recursos serão destinados à compra de equipamentos para produção de barras descascadas, uma nova área de negócios para a siderúrgica, com o objetivo de atender a demanda de fabricantes de autopeças no Brasil. O início da operação do novo equipamento está previsto para outubro 2015.
As barras descascadas são usadas em hastes de amortecedores, barras estabilizadoras, barras de direção, sistema de válvulas hidráulicas e pinos-guia de alta precisão, entre outras aplicações. “Esse investimento representa nossa entrada em novo mercado, com produtos de alto valor agregado para as indústrias automotiva e mecânica brasileiras”, disse Jefferson de Paula, CEO da ArcelorMittal Aços Longos Américas do Sul e Central, em nota distribuída à imprensa na quarta-feira (19).
Segundo avalia a ArcelorMittal, o mercado brasileiro de barras usinadas cresce especialmente com o aumento dos requerimentos de qualidade da indústria automotiva no Brasil, que tem metas de redução de consumo de combustível e, como consequência, busca a diminuição do peso dos veículos. Por isso o foco da siderúrgica nesse momento será o de atender principalmente ao mercado interno.
A usina de Sabará produz atualmente 180 mil toneladas de barras trefiladas e endireitadas, com aplicação nos setores automotivo e industrial. Com o novo investimento, a unidade ampliará a capacidade em até 36 mil toneladas/ano.

Fonte: CIMM - www.cimm.com.br

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Vale, Arcelor e Samarco devem compensar e reparar, imediatamente, danos ambientais e coletivos



As empresas Vale, ArcelorMittal e Samarco Mineração, investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Pó Preto da Assembleia Legislativa, devem ser obrigadas, por meio de ações civis públicas, a compensar e reparar, imediatamente, os danos ambientais e coletivos que geram à população capixaba.
Esta é uma das 23 recomendações do relatório aprovado por unanimidade nesta quarta-feira (7) pelos deputados que integram a comissão. Além das poluidoras, o documento define atribuições do Estado, da própria Assembleia, e de órgãos da Justiça.
A CPI chama à responsabilidade, para que seja consolidada essa exigência, os órgãos de fiscalização – Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Seama) e Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) -, Ministérios Públicos Estadual (MPES) e Federal (MPF), e Defensoria Pública. As empresas devem indenizar os moradores e estabelecimentos das regiões impactadas, por despesas contínuas com a limpeza do pó preto e pintura de prédios, além dos gastos com tratamento de saúde.
Essa compensação, no entanto, “não passa apenas pela questão financeira, mas com ações efetivas e solucionadoras dos problemas que afligem a população do Estado”.
O resultado da investigação afirma que, comprovadamente, a Vale, Arcelor e Samarcoviolam o direito da coletividade a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, respectivamente na Grande Vitória e em Anchieta, sul do Estado. Não só as próprias empresas reconheceram que respondem pela poluição atmosférica durante os trabalhos da CPI, como as manifestações técnicas e documentação reunida pela comissão, diz o documento.
“Esse passivo ambiental, indubitavelmente de responsabilidade dessas empresas, precisa ser cobrado”, afirma o relatório. A comissão concluiu que “nessas regiões, a população vive uma epidemia de doenças respiratórias e cardíacas, enormemente agravadas devido ao alto grau de poluição do ar”.
A gravidade da situação e a extensa lista de doenças e problemas relacionada à inalação e exposição às partículas poluentes, reveladas pelos depoimentos médicos ouvidos na CPI, foram consideradas “estarrecedoras” pelos deputados.
“Não resta dúvida de que a exposição da população capixaba a gravíssimas partículas poluidoras dispersas na atmosfera e no solo é um fato público, notório e que precisa ser urgentemente solucionado”. O relatório defende que a poluição do ar seja tratada como um problema de saúde pública.
Os deputados criticam no documento os argumentos de que as empresas operam no Estado em acordo com a legislação do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Para eles, além de inconsistentes, esses argumentos “representam verdadeira autorização para matar”. E ainda que “não se pode conceber que pessoas sofram, com gravíssimas consequências à saúde”.
Acusando o poder público de negligência frente ao aumento da poluição, o relatório ressalta que não há nenhuma justificativa, seja ela de ordem econômica ou técnica, que isente os órgãos de fiscalização ambiental de suas ações ao longo de todos esses anos. Nem se considera aceitável, atualmente, com a forte mobilização popular na luta contra a poluição do ar, respostas como “meras proposições e discursos sem resultado efetivo”.
O documento ressalta que “não se pode tolerar que empresas como a ArcelorMittalTubarão S/A, Vale S/A e Samarco S/A não busquem permanentemente processos mais eficientes e limpos em relação às suas atividades, mormente quando se sabe que já dominam tais tecnologias, inclusive aplicando-as em plantas espalhadas em outros países”.
Na ausência dos órgãos que têm competência para acionar as empresas judicialmente, a Assembleia Legislativa se propõe a fazer, por meio da Comissão de Meio Ambiente, presidida pelo deputado Rafael Favato (PEN), que também presidiu os trabalhos da CPI do Pó Preto.
“Caso os agentes poluidores insistam em não cumprir o que determina a Constituição Federal e as leis ambientais e continuarem a cometer infrações apuradas pela CPI, poderão ser enquadradas nas leis existentes e responderem pelos danos causados”, como garante a comissão, no relatório final de 81 páginas.
Além de Favatto, a CPI é formada por Erick Musso (PP), vice-presidente; Dary Pagung (PRP), relator, e tem como membros efetivos Euclério Sampaio (PDT) e Gilsinho Lopes (PR).Euclério não compareceu à leitura e votação do relatório, sendo convocado o suplente, Almir Vieira (PRP). Assim como Euclério, os demais deputados da Casa se ausentaram da reunião que encerrou os trabalhos da CPI.
Padrões OMS
O relatório recomenda ainda a reformulação do Decreto Estadual nº 3463/2013, que define os padrões para a qualidade do ar em todo o Estado, considerados “no mínimo, tímidos” pela CPI.
Os deputados afirmam que, assim como os limites estabelecidos pelo Conama, os do decreto estão muito acima dos máximos aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ideais para que não haja danos à saúde e ao meio ambiente.
“É possível concluir, observando os números e diante do que conclama a população capixaba, que o governo errou, assim como o Conama na década de 90, ao estabelecer limites muito aquém do minimamente aceitável para que fosse assegurada a determinação da Constituição”.
Além disso, diz o documento que o decreto tem vício de inconstitucionalidade formal, já que deveria ter sido objeto de projeto de lei e não de decreto regulamentar.
Desta forma, propõe a CPI que o governo do Estado elabore um projeto de lei e encaminhe à Assembleia para “traçar novas metas mais rígidas e compatíveis com o que espera a população capixaba e regularizando o vácuo normativo ora apontado”. Este projeto, como garante o relatório, deverá adotar os critérios da OMS.
Painéis
Assim como ocorre com as placas indicativas de balneabilidade dispostas nas praias e site das prefeituras, o relatório recomenda ao governo que implante ao longo das principais vias e pontos de concentração de partículas, um sítio eletrônico específico com painéis de controle de qualidade de ar que disponham de informações, em tempo real, sobre as concentrações dos particulados e dos níveis de poluentes existentes na Grande Vitória e em outros pontos sensíveis no Estado. O objetivo é garantir o maior controle, fiscalização e acompanhamento pela população.
Monitoramento
Outra recomendação da CPI é o monitoramento constante da qualidade do ar e do leito marinho nas áreas adjacentes à Vale, ArcelorMittal e Samarco, “o que demonstrará com clareza o nível de degradação ambiental ao longo de mais de três décadas de atuação desses grupos empresariais”.
A medida, segundo o relatório, “demonstrará indubitavelmente a defasagem metodológica e comprovará a falha daquelas empresas e órgãos de fiscalização em relação à falta de indicadores objetivos sobre a qualidade da água, em especial no que tange aos sedimentos depositados nas praias e leitos marinhos”.
Também nesse caso, o relatório convoca a Seama/Iema e os Ministérios Públicos para que investiguem e, se necessário, proponham ações civis públicas para exigir das empresas que “realizem e arquem com os custos inerentes à apuração e monitoramento do leito marinho das áreas do entorno dos seus respectivos empreendimentos, disponibilizando os dados à população em geral”.
Fundo Estadual
Considerando que atualmente o governo do Estado é obrigado a locar recursos públicos que poderiam ser destinados a áreas essenciais para a população, o relatório defende a criação do Fundo Estadual de Controle, Monitoramento e Fiscalização de Impactos Ambientais.
Este deverá ser financiado pelas empresas, que pagarão uma taxa para o “exercício regular do poder de polícia conferido ao Estado para controle e fiscalização das atividades potencialmente geradoras de degradação ao meio ambiente”.

“Nada mais justo que ao invés da população capixaba, que já sofre com os efeitos nocivos dessa poluição, arcar do seu próprio bolso com esse gasto, que sejam as empresas poluidoras as responsáveis pelos ônus”.
Conselhos
A CPI aponta a necessidade a aparelhar o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), os Conselhos Regionais de Meio Ambiente (Conremas), o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) e os Conselhos e Secretarias Municipais de Meio Ambiente. Sem essa integração, o relatório afirma que não é possível promover a plena proteção do meio ambiente.
Assim, caberá à Comissão de Meio Ambiente da Assembleia a elaboração de um projeto de lei para ser encaminhado ao governo do Estado, criando mecanismos efetivos de integração entre os órgãos de meio ambiente. Além disso, para criar o Sistema Estadual de Proteção ao Meio Ambiente e Combate à Poluição (Seprotecom), que terá como um as propostas a revisão da composição do Consema e Conremas, para que conste a participação de um membro indicado pelo legislativo estadual.
Também é proposto ao Consema que, ao propor resoluções, que se baseie em subsídios técnicos e científicos gerados no Núcleo de Estudos da Qualidade do Ar, levando em consideração índices referenciais de controle ambiental e plano de redução da presença da poeira sedimentável no ar da Grande Vitória.
“Recomenda-se ainda ao poder executivo que fiscalize a atuação destes Conselhos, para que não usurpem o papel do poder legislativo no exercício do poder regulamentar”.
Código Ambiental
A CPI ressalta a necessidade de agregar num único corpo jurídico as diversas leis sobre o tema, “facilitando o conhecimento, acesso e propagação de suas normas”.
A elaboração deste Código Ambiental Estadual deve ocorrer numa parceria entre órgãos como a Assembleia e a Defensoria Pública, com o devido debate com a sociedade civil, por meio de audiências públicas.

Fonte: Noticias de Mineração

terça-feira, 6 de outubro de 2015

MG busca mais qualidade na produção de minério



Num momento de recuo da mineração, com a oferta maior do que a demanda – sobretudo de minério de ferro – e a consequente redução de preços, empresas de Minas Gerais procuram se reinventar por meio do aumento da qualidade. O Estado é responsável, entre outros itens, por 69% da produção de minério de ferro brasileira, por 100% da produção de chumbo, lítio e zinco, 90% da produção de nióbio, 63% da produção de ouro, 89% da produção de grafita e 50% da produção de calcário.
Na última atualização do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro, em 2012, a mineração foi responsável por 5,2% (US$ 21,142 bilhões) da riqueza produzida no Estado. Se considerada a indústria extrativa e a transformação mineral, a participação sobe para 17% (R$ 68,926 bilhões). “Vivemos agora um momento bastante sofrido para a produção mineral no cenário macroeconômico internacional, após anos de bonança”, diz o sub-secretário estadual de Políticas Minerais e Energéticas de Minas Gerais, José Guilherme Ramos. “Assim, cada um tenta cumprir o dever de casa: as empresas reduzem custos e melhoram a produção e o governo reduzindo entraves para o setor, sobretudo em relação às questões ambientais”, diz.
“É necessário considerar não apenas a indústria extrativa, pois a mineração é a primeira etapa de uma complexa cadeia de valor”, afirma o sub-secretário. Minas Gerais registrou exportação no valor de US$ 18,23 bilhões em 2013, o que representa 54,5% de tudo que é exportado pelo Estado. Uma expansão superior a 600% nos últimos dez anos. Em 2004, esse valor alcançava US$ 2,50 bilhões, 24,5% das exportações mineiras.
Ramos lembra ainda que, mesmo com uma redução de preços acentuada desde o ano passado, a mineração deverá manter o seu peso nas exportações de Minas Gerais. Ramos explica que, entre outras iniciativas, há uma tentativa de o governo estadual reduzir o período para obtenção de licença ambiental para novas lavras, atualmente em 30 meses. A expectativa da força tarefa do governo, criada para reduzir a burocracia, é de que as licenças ambientais sejam concedidas em quatro meses.
A realização de um amplo diagnóstico geológico no Estado, para a descoberta de jazidas de alta qualidade, é outra iniciativa do governo estadual, diz o sub-secretário.”Há uma força tarefa no Estado para a redução do prazo para licenças ambientais. Já o mapeamento geológico possibilita a abertura de novos negócios no setor, principalmente com minério de alta qualidade”, diz.
Para o economista do Ibmec Minas Gerais, Marcus Xavier, o fim do ciclo de bonança da mineração, com a redução do preço da commoditie e a oferta maior do produto do que a procura, pode representar uma mudança no eixo dos negócios do setor, com as empresas caminhando na direção de novas aquisições e projetos de fusão. Fonte: Valor Econômico/Carlos Eduardo Cherem | Para o Valor, de São Paulo

Fonte: Portos e Navio

Anglo American realiza Dia Mundial da Segurança



O dia 7 de outubro será marcado por uma série de atividades em todas as operações e escritórios da Anglo American no mundo para realizar o Dia Mundial da Segurança. O tema deste ano é “Os controles nos protegem e nos mantêm seguros”, que visa melhorar a compreensão e a utilização de controles em toda a empresa. Na programação estão incluídas sessões com apresentações sobre o assunto e exibição de vídeo com mensagem do presidente global do grupo, Mark Cutifani.
“A segurança é o nosso maior valor. E isso não é apenas um discurso, nós realmente temos uma grande preocupação com a segurança em todas as atividades que fazemos, dentro e fora do ambiente de trabalho. O tema desse ano tem um apelo especial porque nos auxiliará a conscientizar os empregados sobre as medidas que nos ajudam a criar um sistema eficaz de proteção contra acidentes”, afirma o diretor de Saúde, Segurança e Desenvolvimento Sustentável da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American, Aldo Souza.
Serão realizadas palestras e atividades de integração dos empregados com o tema do Dia Mundial da Segurança deste ano. Para reforçar a mensagem das sessões, os diretores da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil e dos Negócios Níquel, Nióbio e Fosfatos participarão dos eventos nas unidades operacionais da empresa, em Conceição do Mato Dentro (MG), São João da Barra (RJ), Niquelândia (GO), Barro Alto (GO), Catalão (GO), Ouvidor (GO) e Cubatão (SP).
O debate sobre a utilização dos controles começou antes mesmo do Dia Mundial da Segurança. Durante o mês de setembro, os gestores da Anglo American foram orientados a discutir o tema com suas equipes, dando exemplos sobre as situações de perigo, promovendo reflexões e propondo atividades práticas.
O diretor Técnico e de Sustentabilidade dos Negócios Níquel, Nióbio e Fosfatos, Renier Swart, explica que o objetivo dessas ações foi assegurar que todos chegassem ao evento sabendo o que são os controles críticos e por que eles são necessários. “Mais do que isso, nós queremos que todos os nossos empregados estejam comprometidos com a correta e eficaz utilização desses controles críticos, para que possam retornar para suas casas e para seus entes queridos com segurança”, destaca.

Fonte: De Fato

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Carajás é a operação de minério de ferro mais rentável do mundo


A operação de minério de ferro da Vale, em Carajás, voltou a ser a mais rentável do mundo, com um custo de produção no porto – incluindo mina, usina de beneficiamento e transporte ferroviário até o navio, sem royalties – de US$ 10,7 por tonelada. A concorrente anglo-australiana Rio Tinto tem um custo de US$ 14,4 a tonelada no porto. A comparação foi apresentada na quarta-feira, 30, pela mineradora em um encontro anual com investidores, no Canadá.
Em um cenário de preços do minério de ferro em baixa e concorrência super acirrada, a Vale comemora o dado como uma virada em relação aos últimos anos, quando as concorrentes Rio Tinto e BHP Billiton encurtaram a distância competitiva nos quesitos custo e volume.
Após anos de liderança isolada da Vale, de 2008 a 2014 as australianas reduziram custos e elevaram sua produção ao iniciar a operação de minas novas e mais eficientes. A Vale de certa forma ficou parada, já que sua maior aposta, o projeto S11D ou Serra Sul, de expansão de 90 milhões de toneladas em Carajás, ainda não havia deslanchado.
“O objetivo é zerar esse ‘gap’ de competitividade. A operação de Carajás já é a mais rentável do mundo, independentemente da distância para a China”, disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o diretor executivo de finanças e relações com investidores da Vale, Luciano Siani.
No momento, os principais investimentos da brasileira estão maturando, enquanto os de seus pares desaceleram. Após dez anos, a Vale voltou a ganhar qualidade em seu minério. O S11D entra em operação no segundo semestre de 2016, levando a empresa para uma trajetória de produção crescente e de diluição de custos, afirma Siani. Antes disso, porém, a mineradora recupera vantagem em Carajás, onde é produzido o minério de maior qualidade do mundo.

Comparação
Tradicionalmente, a Vale evita fazer comparações com números das concorrentes. Mas, como ficou estigmatizada nos últimos anos por ter deixado de ter o minério mais rentável do mundo, optou agora por mostrar a recuperação. “Houve uma aproximação (da concorrência) e nossa expectativa é abrir uma dianteira novamente”, diz Siani.
A mineradora brasileira ainda sofre por estar a 45 dias de distância da China, ante 15 dias das australianas. Por isso, o custo do frete para levar o minério de Carajás até lá é de US$ 16,7, quase três vezes o da Rio Tinto. A diferença faz com que o minério entregue pela Vale no país asiático ainda seja mais caro: US$ 37,1 por tonelada, contra US$ 30,1 da Rio Tinto.
Apesar disso, a margem da Vale em Carajás é superior graças à qualidade do minério de ferro da região. Segundo a empresa, seu preço realizado com a venda da commodity extraída em Carajás é de US$ 62 por tonelada, enquanto o da Rio Tinto em Pilbara é de US$ 53,3.

Cortes de custo
Siani diz que a Vale ainda tem um caminho a percorrer em termos de redução de custos, embora a companhia já venha apresentando cortes há algum tempo. Ao fim do segundo trimestre, o custo médio do minério da Vale no porto para todos os seus sistemas – Norte, Sul e Sudeste – caiu a US$ 15,8 a tonelada, ante US$ 18,3 no primeiro trimestre.
A melhora foi explicada por cortes de custo e pelo desenvolvimento da mina N4WS e dos projetos Itabiritos, em Minas. O custo de produção de Carajás no porto em junho era de US$ 12 a tonelada. “A gente está no ciclo virtuoso agora porque com a abertura das minas novas e a finalização dos projetos no Sul (Itabiritos) há razões estruturais para o custo cair”, diz Siani, lembrando que as novas minas do sistema Norte são planas e menos distantes.
O projeto S11D, orçado em US$ 16 bilhões, promete achatar ainda mais a média do custo de produção no Norte. Até agosto, a empresa estimava que o minério do S11D entregue no porto custaria US$ 10 por tonelada. A desvalorização do real ajuda a reduzir a conta. “Posso afirmar com segurança que o custo do S11D será de um dígito”, garante Siani.

Fonte: Istoé