A baixa sem precedentes dos preços do minério de ferro no mercado internacional foi insuficiente para conter a produção das grandes companhias que disputam a oferta global da matéria-prima. A multinacional brasileira Vale S/A informou, ontem, ter batido novo recorde no volume extraído de suas reservas no terceiro trimestre, um total de 88,2 milhões de toneladas. O resultado histórico para a Vale foi obtido a despeito da estratégia que vem sendo adotada de cortar a exploração em áreas mais antigas e menos produtivas das minas de Minas Gerais, nas operações de Feijão, Jangada, Pico, Fábrica e Brucutu, na Região Central do estado.
O Relatório de Produção divulgado pela mineradora destaca que “os ganhos de produtividade em outras operações parcialmente compensaram a paralisação da produção nas plantas de beneficiamento.” A Vale reduziu, ao todo, 13 milhões de toneladas de capacidade produtiva anual para se ajustar ao cenário de queda dos preços da commodity e reduziu as compras de terceiros.
Em produção própria, portanto, excluídas as compras de terceiros e a participação da empresa no desempenho da Samarco Mineração, sua coligada em Minas, a Vale atingiu 248,038 milhões de toneladas de ferro de janeiro a setembro, um acréscimo de 5% na comparação com os registros dos primeiros nove meses de 2014. As reservas de Minas responderam por 61% do balanço, com 151,361 milhões de toneladas, ante a participação de 37,5% de Carajás, o chamado Sistema Norte da Vale, que entregou 93,019 milhões de toneladas. A Samarco proporcionou à companhia produção de 11,128 milhões de toneladas de janeiro a agosto. Ainda de acordo com o relatório da mineradora, a produção de ouro, de 100 mil oz (onça troy, que significa 31,1 gramas), foi também a melhor da história de um terceiro trimestre, graças à reserva de Salobo, no Sudeste do Pará.
Fonte: EM
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