Funcionários da Samarco, no Espírito Santo, protestam, nesta segunda-feira (23), pela volta das operações da empresa. Os manifestantes fecharam um trecho da Rodovia do Sol, por volta das 8h, em frente à sede da empresa em Anchieta, na região Sul do estado. O protesto terminou às 11h. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal), mais de 300 pessoas participaram do ato. O objetivo é chamar a atenção dos governos para a situação dos trabalhadores.
Ainda de acordo com o Sindimetal, os funcionários não foram dispensados com a paralisação das operações, mas estão em período de lay-off, realizando treinamentos que terminam no dia 25 de junho. Depois disso, eles não sabem o que vai acontecer. A Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, parou as operações em novembro de 2015, quando aconteceu o rompimento das barragens da empresa em Mariana, Minas Gerais. Na ocasião, a lama de rejeitos de minério foram parar no Rio Doce, atingindo até a Foz, em Regência.
Samarco
Em nota, a empresa informou que desde o rompimento da barragem de Fundão vem mantendo “constante diálogo com os sindicatos para alinhamento sobre a indefinição da retomada das operações da empresa e a situação dos empregados”. Ainda de acordo com a Samarco, a convite dos sindicatos, a Samarco se reuniu no dia 19 de maio em Belo Horizonte, com o Metabase (Minas Gerais) e o Sindimetal (Espírito Santo) para iniciar a discussão sobre o término do layoff, previsto para o dia 25 de junho.
“Nos últimos meses, a Samarco tem realizado estudos para avaliar possibilidades de retorno das suas atividades, o que tem sido devidamente acompanhado pelos órgãos competentes. No momento, os estudos indicam que, quando as operações forem retomadas, a Samarco irá operar com apenas 60% de sua capacidade, o que torna fundamental que a empresa adeque sua estrutura a essa nova realidade”, afirmou.
Na reunião com os sindicatos, o contexto das operações foi abordado, assim como o término do 2º período do layoff e a consequente necessidade de redução do quadro próprio de empregados. ”Esta medida, extremamente difícil, porém necessária, está sendo considerada após inúmeros esforços feitos pela empresa para manter os empregos diretos de suas unidades e escritórios”, completou a nota.
A Samarco informa que ainda não existe uma definição sobre o formato de redução que será adotado pela empresa. Na reunião, os sindicatos apresentaram uma proposta de Programa de Demissões Voluntárias, que será estudada pela empresa.
Fonte: Globo
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