quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Cadastro traz informações sobre 400 minas abandonadas e paralisadas



A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) disponibilizou, nesta terça-feira (26), o Cadastro de Minas Paralisadas e Abandonadas no Estado de Minas Gerais – 2016. O levantamento é pioneiro no Brasil e tem o objetivo de aprimorar os procedimentos de reabilitação de áreas degradadas e fechamento de minas.
O estudo aborda a situação de 400 minas das mais diversos tipos, desde lavras garimpeiras até grandes empreendimentos. O cadastro traz informações sobre as áreas impactadas com uma análise do risco ambiental. As informações dos empreendimentos foram consolidadas em fichas, que trazem detalhes sobre cada uma das minas.
Das minas presentes no estudo, 169 áreas foram classificadas como abandonadas e 231 como paralisadas. A gerente de Qualidade do Solo e Reabilitação de Áreas Degradadas da Feam, Patrícia Rocha Maciel Fernandes, observa que o número de minas apresentado não corresponde à totalidade existente nessa situação no estado. “O cadastro contém informações levantadas nos anos de 2014 e 2015 e será atualizado gradualmente, à medida que o mapeamento avance”, afirma.
O Cadastro de Minas Paralisadas e Abandonadas no Estado de Minas Gerais revela que os principais motivos para a interrupção da atividade minerária estão relacionados às oscilações econômicas do setor. Também foram encontrados empreendimentos que afirmaram ter tido dificuldades em atender à legislação trabalhista e ambiental.
No levantamento, a região Central de Minas Gerais, onde está inserido o Quadrilátero Ferrífero, foi a mais mapeada devido ao grande número de empreendimentos minerários de grande porte, como as minerações de ferro. Entretanto, regiões com vocação mineral menos conhecidas também foram estudadas, como as pedreiras do Vale do Rio Jequitinhonha e do Leste de Minas.

Políticas Públicas

O levantamento das áreas foi realizado a partir dos bancos de dados do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), da Polícia Militar Ambiental, de prefeituras e do Ministério Público de Minas Gerais. “A contribuição destes órgãos foi fundamental para que o trabalho pudesse ser finalizado, especialmente o apoio da Polícia Militar Ambiental nos trabalhos de campo”, afirma Patrícia Fernandes.
O cadastro irá auxiliar a Feam no acompanhamento das minerações no estado e poderá inibir o surgimento de empreendimentos abandonados. “O instrumento apresentará para a sociedade a situação ambiental dos empreendimentos minerários paralisados, evitando o descumprimento da legislação ambiental relacionada à reabilitação das áreas”, ressalta Patrícia Fernandes.
Minas Gerais possui legislação específica para o fechamento de mina desde 2008, quando foi publicada a Deliberação Normativa (DN) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) nº 127, de 27 de novembro.
O Cadastro de Minas Paralisadas e Abandonadas no Estado de Minas Gerais e as informações de cada mina estão disponíveis na internet, no endereço eletrônico.

Fonte: Agência Minas

Anglo American eleva produção de minério de ferro em 8,4% no 4º trimestre



A Anglo American divulgou hoje que sua produção de minério cresceu 8,4% no quarto trimestre do ano passado ante igual período de 2014, para 14,2 milhões de toneladas. Segundo a mineradora, o aumento da produção no projeto Minas-Rio, no Brasil, mais do que compensou a queda de 12% verificada no resultado da subsidiária sul-africana Kumba Iron Ore. O minério de ferro teve a segunda maior contribuição para os lucros da Anglo em 2015.
Por outro lado, a produção de diamantes, que foi o maior catalisador dos lucros da mineradora no ano passado, caiu 16% na mesma comparação, a 7,1 milhões de quilates. A Anglo, que é a quinta maior mineradora do mundo em valor de mercado, também informou que sua produção de cobre subiu 4% no último trimestre ante um ano antes, a 181.100 toneladas, apesar da venda de ativos da Anglo Norte no Chile, em setembro último.

Fonte: Dow Jones Newswires.

Deslocamento de lama de barragem da Samarco coloca Mariana sob novo alerta



Menos de três meses após o maior desastre socioambiental do Brasil, uma movimentação de rejeitos na Barragem do Fundão, da mineradora Samarco (controlada pela Vale e BHP Billiton), obrigou a empresa a retirar os trabalhadores que atuavam no reforço das barragens do complexo minerário de Mariana, na Região Central de Minas, e a acionar o alerta amarelo, o que assustou a população local.
A mina da Samarco tem três barragens: Germano, a maior delas; Santarém, que armazena água; e Fundão (com rejeitos de mineração da Samarco e da Vale), que rompeu em 5 de novembro provocando a morte de 17 pessoas e deixando outras duas desaparecidas, além de arrasar comunidades e gerar estragos em toda a Bacia do Rio Doce.
A Defesa Civil de Mariana foi avisada do deslocamento pela empresa na tarde de ontem. De acordo com o chefe do órgão, Welbert Stopa, não houve vítimas. “Houve um deslocamento de massa. Foi material acumulado que vazou”, afirmou Stopa. Ele detalhou que esses materiais acumulados são sedimentos do vazamento de novembro e que foi adotado o alerta amarelo, em uma escala de risco que ainda tem o verde (sem perigo) e vermelho (rompimento iminente).
Em nota, a Samarco informou que ocorreu uma “movimentação de parte da massa residual da Barragem do Fundão devido às chuvas das últimas semanas”. A empresa destacou que seguiu o Plano de Emergência e evacuou o local. “Não houve a necessidade de acionamento de sirene por parte da empresa. As defesas civis de Mariana e Barra Longa foram devidamente informadas”, garantiu a mineradora.
Após o rompimento no início de novembro, a Samarco foi obrigada a monitorar as barragens de forma ostensiva, com drones e piezômetros (equipamento que mede a pressão dos reservatórios). Além disso, teve que  apresentar um plano de emergência para as barragens Santarém e Germano, o que fez,  com atraso, no dia 13.
Boletim da Samarco enviado ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) indicava a presença de 150 trabalhadores nas obras no local. A Barragem de Santarém está sendo reforçada e, segundo relatório do DNPM falta um percentual de 11,9% para a conclusão. O coeficiente de segurança da barragem era de 1,37. O recomendado pela norma de segurança NBR 13.028 é acima de 1,5.
A Samarco também realizou obras no dique de Selinha da Barragem de Germano, que já foram concluídas. O coeficiente de segurança era de 1,22 e subiu para 1,51. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria, Extração de Ferro e Metais Básico (Metabase) de Mariana, Ronaldo Bento, a movimentação foi provocada pelo sedimento das obras que foram realizadas no dique da Selinha. A Samarco, entretanto, afirmou, via assessoria de imprensa, que o reforço do dique não foi afetado. A empresa garante também que não há risco da lama de rejeitos atingir a Barragem de Santarém.
O engenheiro  Gerson Campera, consultor em barragens do Instituto Mineiro de Perícias, considera a situação preocupante. “Toda vez que há passagem de material, a lama leva tudo que está ao lado. Pode virar uma segunda ruptura no serviço de reforço do barramento”, avalia. O tenente do Corpo de Bombeiros Leonard Farah, um dos coordenadores da operação de resgate nas áreas atingidas, afirma que a corporação não foi acionada.

Palavra de especialista

“A situação é preocupante”

“Como ainda há um volume considerável de rejeitos contido na Barragem do Fundão, há risco de uma nova tragédia ocorrer, embora não sob a perspectiva de perda de vidas, porque eles (a Samarco e autoridades) estão sob alerta. Mas a situação é preocupante, porque a área ainda está em obras e um vazamento pode provocar forte impacto ambiental. Outra ameaça é a Barragem de Santarém, que é de água e também está sendo recuperada. O trabalho tem que ser constante em todas as áreas, quanto mais porque houve uma ruptura de grande porte. Espero que esse estado de alerta possa prevenir com relação à perda de vidas humanas, o que não houve no acidente de novembro. Se o restante do rejeito de Fundão vazar, a lama fará o mesmo caminho e a qualidade da água da Bacia do Rio Doce ficará ainda mais comprometida.”

Fonte: EM

Cosema debate barragens de rejeitos



As barragens de rejeitos – principalmente o acidente da Samarco em Mariana, Minas Gerais — foram o tema da 132a. reunião do Conselho Superior de Meio Ambiente da Fiesp, que convidou, para discutir o tema, o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, do Ministerio Público de Minas Gerais (coordenador do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais) e o geólogo Paulo Cesar Abrão, diretor da Geoconsultoria e um dos técnicos que mais entendem do assunto no País.
De acordo com o presidente do Cosema, engenheiro Walter Lazzarini, a magnitude do acidente — o segundo maior em termos de vítimas, com 17 mortes e 2 desaparecimentos, perdendo apenas para o de Vila Socó, em Cubatão — levou a Fiesp a debater o tema, que preocupa não apenas aos empresários mas a toda a sociedade. “O objetivo dessa reunião não só é identificar e analisar com profundidade o que aconteceu, mas também acumular experiências para evitar futuros erros, garantindo assim que as barragens de resíduos do Brasil possam ter o cuidado suficiente e necessário para evitar que novos desastres venham a acontecer”, disse.
O promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto disse haver hoje, no País, uma espécie de Apartheid entre o Ministério Público e o setor produtivo, “apesar da convergência e de pontos em comum”. Ele acrescentou que o número de vítimas no acidente do rompimento da barragem do Fundão só não foi maior “por sorte”, já que o acidente aconteceu num horário em que a grande maioria dos habitantes de Bento Rodrigues, principal localidade atingida, estava fora de casa, em seus locais de trabalho. Além disso, no momento do rompimento as pessoas foram para o ponto mais alto do lugarejo.
Ferreira Pinto criticou o descaso e despreparo do poder público com relação ao acidente e o fato de até agora não se ter “um diagnóstico dos atingidos”. E fez duras críticas “à ausência de resposta imediata da Samarco e o despreparo de seu principal dirigente para cuidar do caso”, estendendo o seu julgamento também aos dirigentes da Vale e BHP, sócias da Samarco no empreendimento.
Ele acrescentou que não houve controle do estado na fase de autorização do empreendimento e que o projeto foi alterado mesmo depois da concessão da Licença de Operação e sem qualquer comunicação aos órgãos ambientais. Da mesma forma, ele diz que houve descaso quanto às condicionantes apresentadas pelo Ministerio Público por ocasião da concessão da LO.

Janela da mineração

Para o geólogo Paulo Abrão, as barragens de rejeito estão cada vez maiores (a altura media tem dobrado a cada 30 anos) e representam um dano potencial elevado. As dificuldades para o licenciamento aumentam, há conflitos com relação ao uso da água e do solo e a legislação ambiental com relação às mesmas é cada vez mais restritiva. Por isto, exigem maiores cuidados na implantação, maiores custos e dilatação nos cronogramas.
De acordo com o técnico, as barragens “são a janela da mineração” e o rompimento de uma delas pode determinar o fechamento do empreendimento.
As rupturas provocam danos materiais, ambientais, perdas de vidas humanas e perda de valor das empresas. No caso do acidente da Samarco, foram afetadas duas minas da Vale —Fábrica Nova (porque uma correia transportadora que levava o minério para ser processado em outra mina foi levada pela torrente de lama) e Timbopeba, que recebia o minerio de Fábrica Nova, mais duas da Samarco (Alegria e Germano, que mandavam rejeito para o Fundão).
Paulo Abrão também fez uma explicação técnica sobre os métodos de construção das barragens de rejeito (com alteamento por jusante, montante e por linha de centro) e salientou que o grande problema é quando se manda rejeitos com água, porque esta sempre vai procurar uma saída e representa um fator constante de insegurança. “84% dos rompimentos estão relacionados à água”.
Por fim, ele afirmou que esse tipo de barragem nunca é segura, mas apenas pode estar segura se for “bem projetada, bem construída e bem geridas”. E que é preciso se ter um arcabouço de monitoramento continuamente operando e sendo verificado.

Fonte: Brasil Mineral

Gerdau aprova joint venture com Sumitomo e Japan Steel


A Gerdau irá formar uma joint venture com a Sumitomo Corporation e a The Japan Steel Works para fabricação, representação, vendas e marketing de produtos fundidos, forjados e cilindros e prestação de serviços para atender as indústrias do ramo de energia eólica, segundo ata de reunião do Conselho de Administração da siderúrgica gaúcha publicada no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No mesmo documento, a companhia destaca que, além da aprovação da formação da joint venture, o Conselho aprovou a assinatura do acordo de investimento (investment agreement) dos documentos da transação, incluindo os livros societários de Gerdau Aços Forjados e boletim de subscrição regulando a subscrição de ações da Gerdau Aços Forjados pela Gerdau. A empresa não traz mais detalhes sobre a operação ou valores envolvidos.

Fonte: Exame

Contratos futuros do minério de ferro sobem com expectativa de aumento da demanda Comente



Os preços futuros de minério de ferro na China subiram nesta quarta-feira, em meio a expectativas de que as siderúrgicas devem acelerar a produção e a compra de minério de ferro após um feriado chinês, dando um impulso à matéria-prima que tem sido impactada por previsões de queda da demanda do gigante asiático.
O feriado chinês do Ano Novo Lunar será no início de fevereiro neste ano, quando o mercado financeiro do país ficará fechado por uma semana com início em 8 de fevereiro.
O contrato maio de minério de ferro mais negociado na bolsa de Dalian chegou a subir quase 4 por cento para uma máxima de três semanas de 326 iuanes por tonelada. O contrato fechou com alta de 3,2 por cento, a 324,5 iuanes por tonelada.
O minério de ferro para entrega imediata no porto de Tianjin <.IO62-CNI=SI> avançou 1,2 por cento, para 41,30 dólares por tonelada, de acordo com o The Steel Index.
Embora a oferta global de minério de ferro continue pressionando os preços, chuvas sazonais podem interromper os embarques do primeiro trimestre e também ajudar a sustentar os preços, disse o analista da Minmetals & Jingyi Futures em Shenzhen, na China, Chen Guanyin.

Fonte: Reuters

BHP promete fazer “a coisa certa” após desastre em Mariana



A BHP Billiton prometeu que faria “a coisa certa” para apoiar o processo de recuperação após o rompimento fatal de uma barragem em sua joint venture brasileira de minério de ferro. A empresa informou que ainda não fechou um acordo com as autoridades sobre o formato preciso desse apoio.
“Nesta fase, não somos fiadores da Samarco”, disse a empresa com sede em Melbourne em um comunicado enviado à Bloomberg depois que o advogado-geral da União do Brasil, Luís Inácio Adams, afirmou que a BHP e sua sócia Vale precisam atuar como fiadoras de um eventual acordo para cobrir as despesas de limpeza e os reparos. “Deixamos claro que apoiaremos a Samarco no processo de recuperação”, disse a BHP.
A maior empresa de mineração do mundo e a Vale têm lidado com as consequências do derramamento ao mesmo tempo em que as ações das duas empresas têm sido impactadas pela queda nos preços de commodities como o minério de ferro e o níquel.
O Brasil busca receber até R$ 20 bilhões (US$ 4,9 bilhões) da Samarco Mineração para ajudar na recuperação da bacia do rio atingido e das comunidades destruídas pela enxurrada de lama que atravessou o estado de Minas Gerais em novembro.
“A responsabilidade imediata de cobrir as despesas recai sobre a Samarco, mas o processo de negociação como um todo envolve investimentos das empresas controladoras como garantia financeira”, disse Adams a jornalistas, em Brasília, na segunda-feira, após uma reunião com representantes da empresa e com a presidente Dilma Rousseff. “Nenhum agente envolvido ficará isento”.
Visita ao local
A Vale preferiu não comentar as declarações de Adams. Após o desastre, o CEO da BHP, Andrew Mackenzie, visitou o local com Murilo Ferreira, seu par na Vale, e os executivos disseram que ficaram comovidos com a devastação, segundo um comunicado.
Cada uma das duas empresas possui uma participação de 50 por cento na Samarco.
“Estamos dizendo que faremos a coisa certa desde o dia desse trágico incidente e, nesse sentido, temos apoiado totalmente a Samarco”, disse a BHP, por e-mail, nesta terça-feira. A empresa está “comprometida em se engajar de forma construtiva com o governo”, disse o comunicado.
O Ministério Público disse que as empresas poderiam ser responsabilizadas criminalmente pelo rompimento que matou 17 pessoas, considerado o pior desastre ambiental da história do Brasil.
A Organização das Nações Unidas informou, em uma investigação sobre o derramamento, que os rejeitos da barragem que se rompeu eram tóxicos, mas a Samarco disse que não havia perigo para a saúde humana.
A Vale e a Samarco tiveram suas licenças de lavra declaradas “indisponíveis” por um juiz federal em dezembro passado, o que significa que as empresas estão proibidas de vender ou transferir seus ativos de mineração. A operação da Samarco continua suspensa.
As ações da BHP caíam 3,1 por cento, para 619,9 pence, às 9h11 nas negociações em Londres. Em Sydney, a ação fechou em alta de 0,1 por cento.

Fonte: Exame

Indústria química salva setor no Triângulo Mineiro



O bom desempenho apresentado pela indústria química e de fertilizantes – como a Vale Fertilizantes, instalada em Uberaba -, nos 11 primeiros meses de 2015, faz com que o Triângulo Mineiro seja a única região de Minas Gerais que ainda pode encerrar o exercício com resultados positivos no setor produtivo.
No acumulado de janeiro a novembro do ano passado, a atividade registrou alta de 24,4% na comparação com igual época de 2014, fazendo com que o agregado da indústria na região apresentasse estabilidade (-0,1%) no mesmo período. Os dados são da Pesquisa Indicadores Industriais Regionais (Index-Regionais) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
“A presença de empresas de produtos químicos e fertilizantes, como a Vale Fertilizantes, que possuem como principais clientes a área agrícola, setor que tem segurando a atividade econômica de Minas e do país nos últimos anos, é que encerre 2015 com resultados positivos, ao contrário das demais regiões”, analisa a economista da Fiemg Anelise Fonseca.
Com o desempenho, o nível de emprego na indústria do Triângulo acumula queda de 3%, enquanto as horas trabalhadas de 3,1% e a massa salarial de 6,8%. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), por sua vez baixou de 87,7% para 86,2%.
Ainda segundo a economista, enquanto no Triângulo Mineiro a baixa no faturamento industrial nos 11 primeiros meses do ano passado ficou em apenas 0,1% na outra ponta. O Norte de Minas registrou baixa de 36,4%. Neste caso, Anelise Fonseca destaca a falta de dinamismo da indústria local. Para se ter uma ideia, somente a indústria têxtil teve recuo de 40%.
Assim, o nível de emprego ficou negativo em 17,3%, as horas trabalhadas em 12,7% e a massa salarial em 14,6%. A Nuci caiu para 53,5%. Antes era de 68,7%.

Fonte: JDU

Anglo American investe em novos projetos socioambientais e em Catalão e Ouvidor



A Anglo American vai beneficiar diretamente mais de 15 mil pessoas de Catalão e Ouvidor, Goiás, em 2016, por meio da parceria em projetos sociais ligados ao meio ambiente, cultura, educação, sustentabilidade e lazer. São eles:   Companhia de Ballet do Sudeste Goiano;  Orquestra de Violões e Coral Nova Vida;  Conexão Sustentável – Cultura e Sustentabilidade;  Esporte, Cultura e Lazer, Mãos que Tocam III; Água e Gestão; Era uma vez…Outra Vez; Bombeiro Mirim e Fábrica de Sabão.“Incentivar o desenvolvimento socioeconômico das comunidades em que atuamos é fundamental. Por isso, os projetos que selecionamos em Catalão e Ouvidor trabalham ações que promovem a consciência socioambiental, o desenvolvimento e a geração de renda da região. A parceria da Anglo American com as instituições locais reforça o nosso compromisso com a comunidade.”, ressaltou a coordenadora de Gestão Social, Patrícia Limeres.
Em Catalão a novidade é a parceria para o projeto Fábrica de Sabão, da Obras Sociais Jorge Faim Filho, que  oferece oportunidade de geração de emprego e renda às comunidades locais e região circunvizinha, por meio da fabricação de sabão a partir do óleo residual de fritura, enriquecendo a formação socioambiental. O projeto contará com a parceria da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Incubadora de Empreendimentos Sociossolidários (INESSOL).
Com foco nas comunidades rurais, está o projeto Água e Gestão, conduzido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ouvidor,  que tem o objetivo de construir bacias de captação de águas pluviais nas pequenas propriedades rurais. Com esta ação sustentável, é possível  maior absorção para recarga do lençol freático, evitando o assoreamento dos córregos e nascentes e a sua contaminação por detritos levados pelas enxurradas e ainda a melhoria da qualidade da água e do solo da região.
Dentre as iniciativas, também destaca-se a parceria para a realização do projeto Conexão Sustentável – Cultura e Sustentabilidade, desenvolvido pela Magma Cultura Turismo e Eventos. A ação promove a disseminação do conceito de sustentabilidade, por meio de uma dinâmica pedagógica que utiliza a arte como ferramenta de interação com o público. São realizadas peças teatrais com temática ligada à preservação dos recursos naturais, fauna e flora e ainda filmes sobre reciclagem de resíduos, prática de montagem de jardim suspenso e horta. O projeto vai circular por duas semanas no segundo semestre de 2016 nas zonas rural e urbana de Catalão e Ouvidor. Todas as apresentações na área urbana acontecerão em uma grande arena itinerante, podendo abrigar até 250 pessoas por sessão.
A empresa também dá continuidade, pelo terceiro ano consecutivo, ao projeto Mãos que Tocam, que promove o ensino gratuito de violão e canto coral. Ainda na área cultural a Anglo American reafirma seu compromisso com a Fundação Espírita Nova Vida, ao manter o patrocínio à Orquestra de Violões, Cavaquinho e Coral Nova Vida, premitindo a inclusão sociocultural e aprendizagem musical por meio de aulas gratuitas para o publico infanto-juvenil em situação de risco social, com idade entre sete e 17 anos.
A lista de contemplados completa-se com a Companhia de Ballet do Sudeste Goiano, projeto desenvolvido pela Associação Desportiva e Cultural de Dança que promove o ensino gratuito de ballet para crianças e adolescentes com idade entre quatro e 18 anos. O projeto também valoriza os talentos na área da dança na região, contribuindo ainda para o desenvolvimento físico, intelectual e cultural dos alunos.
Em Ouvidor, a empresa continua apoiando o projeto Esporte, Cultura e Lazer, que promove atividades para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. A ação tem a finalidade de criar espaços voltados à formação comunitária, por meio de prática de esportes e orientação social.
Também desenvolvido em Ouvidor, o projeto Era uma vez…Outra Vez, executado pela Secretaria Municipal de Educação e apoiado, pelo segundo ano consecutivo pela companhia, vai aprimorar o processo de ensino-aprendizagem e combater o analfabetismo funcional da Rede Municipal de Educação de Ouvidor e da Creche Municipal.
A Anglo American também firmou parceria com o Corpo de Bombeiros Militar para apoiar, pela primeira vez, o projeto Bombeiro Mirim. A iniciativa, desenvolvida pela corporação,  tem a finalidade de contribuir na formação de crianças e adolescentes, utilizando como referência valores de cidadania e civismo, ética, respeito à pluralidade cultural, valorização e preservação do meio ambiente, compromisso com as ações básicas de saúde e orientação sexual. As iniciativas, selecionadas em dezembro de 2015, incluem o financiamento por meio de leis de incentivo fiscal e também através de investimento próprio da companhia. Este ano foram contemplados nove projetos em Catalão e Ouvidor – onde a empresa possui operações de nióbio e fosfatos, totalizando mais de R$ 1,6 milhão de investimento.

Fonte: Minérios & Minerales

Preços de petróleo e minério de ferro cairão em 2016, diz Banco Mundial



Banco Mundial divulgou nesta terça-feira (26) suas previsões para o ano, como uma nova queda forte nos preços das matérias-primas. Segundo o documento “Perspectivas para os mercados de commodities”, o valor do petróleo e do minério de ferro cairá pelo terceiro ano seguido. Isso fará com que se acentue a desaceleração econômica dos países emergentes, como o Brasil.

O documento aponta que o preço médio do barril do petróleo, que em 2013 foi negociado a US$ 104,10, estará em US$ 37 neste ano, queda de 27% sobre o preço médio de US$ 50,80 de 2015. O valor do petróleo afeta diretamente a arrecadação do governo federal e de maneira ainda mais intensa as finanças do Rio. A queda do seu valor também pode comprometer a viabilidade econômica do pré-sal, embora, no curto prazo, possa beneficiar a Petrobras, que está mantendo preços elevados na gasolina.
De acordo com o relatório, o preço do petróleo incluiu a retomada, antes do estimado anteriormente, do Irã no mercado do óleo, depois que o embargo contra o país caiu por causa de seu acordo nuclear com os EUA e com a Europa em meados de janeiro. O banco ainda estima que o inverno foi ameno neste ano no hemisfério norte, reduzindo o consumo de óleo, e que há uma perspectiva de crescimento mais fraco de grandes mercados emergentes, incluindo o Brasil, que, segundo o documento, sofre com o “aumento das incertezas políticas”.
“Os preços dos petróleo caíram 47% em 2015 e deverão cair, na média anual, outros 27% em 2016”, afirma o relatório, prevendo valor médio acima dos praticados em janeiro, na casa de US$ 30 o barril ou até menos que isso, em alguns dias. “Há uma expectativa de recuperação gradual dos preços do petróleo durante o ano, pois a queda acentuada dos preços no início de 2016 não parece estar totalmente garantida pela demanda de petróleo e a oferta pode sofrer uma pequena queda”, disse o documento. Para os anos seguintes, os preços devem continuar em patamares distantes dos vividos nos últimos anos, subindo lentamente até chegar a US$ 58,80 o barril em 2020.
“Os preços do petróleo e das commodities tendem a ficar baixos por algum tempo”, disse John Baffes, economista autor do relatório. O preço do minério de ferro, um dos principais produtos exportados pelo país, terá mesma tendência: passou de US$ 135,40 a tonelada em 2013 para US$ 55,80 em 2015 e deverá ter preço médio de US$ 42 neste ano. Depois, lenta recuperação, mas chegando a US$ 51 a tonelada em 2020. A soja, principal item da exportação brasileira, também viu sua cotação por tonelada passar de US$ 538 em 2013 para US$ 391 no ano passado, e deve se recuperar um pouco para US$ 400 em 2016, chegando a US$ 449 em 2020.
Esta queda dos preços das matérias-primas tende a frear, no primeiro momento, a média do crescimento global. Os preços baixos dos commodities são uma espada de dois gumes: os consumidores dos países importadores tendem a se beneficiar enquanto os produtores dos países exportadores sofrem.
“Leva um tempo para que os benefícios do menor preço das commodities se transformem em crescimento econômico nos países consumidores, embora o impacto negativo nos exportadores é sentido imediatamente”, explicou Ayhan Kose, diretor do Banco Mundial.

Fonte:NE10

Bolsas europeias fecham em alta, puxadas por petroleiras, mineradoras e bancos



As bolsas europeias fecharam nesta terça-feira em alta, impulsionadas pela recuperação dos preços do petróleo, que ontem haviam recuado mais de 5%. A commodity ganhou força após comentários de representantes de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), como o ministro do Petróleo do Irã, que afirmou crer que a Arábia Saudita está mais flexível quanto a um corte na produção.
O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 encerrou a sessão com alta de 0,87%, aos 339,20 pontos. Petroleiras e mineradoras lideraram os ganhos na Bolsa de Londres, onde o índice FTSE-100 fechou com +0,59%, aos 5.911,46 pontos. BP subiu 1,81% e Anglo American disparou 11,80%. A unidade de diamantes da Anglo American, a De Beers, informou que as vendas de diamantes brutos geraram US$ 540 milhões durante seu primeiro ciclo de vendas de 2016, encerrado ontem, o dobro dos US$ 248 milhões no ciclo anterior.
Em Frankfurt, o índice DAX avançou 0,89%, para 9.822,75 pontos. A Siemens terminou em alta de 8,6%, depois de anunciar que seu lucro líquido aumentou 42% no primeiro trimestre fiscal de 2016, encerrado em 31 de dezembro, e elevar suas projeções para o ano. Deutsche Bank, que publica seus resultados trimestrais na quinta-feira, subiu 3,07%.
A Bolsa de Paris chegou ao fim dos negócios com alta de 1,05% no índice CAC-40, aos 4.356,81 pontos. A petroleira Total avançou 2,9%, mas o setor bancário também teve desempenho forte: BNP Paribas subiu 2,0%, Crédit Agricole ganhou 2,5% e Société Générale registrou +2,4%.
O índice FTSE-MIB, de Milão, subiu 1,51%, para 18.923,83 pontos, puxado pelos bancos. Está marcada para esta terça-feira uma reunião entre representantes do governo da Itália e da União Europeia para tratar de um mecanismo para ajudar os bancos italianos a reduzirem a dívida inadimplente em suas carteiras. Uni Banca avançou 8,6%, Banco Popolare ganhou 6,2% e UniCredit subiu 4,0%. Madri teve alta de 1,46% no índice Ibex-35, para 8.692,50 pontos, e em Lisboa o PSI-20 subiu 1,56%, para 4.923,10 pontos.

Fonte: JC

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Samarco pressionou por licença, diz projetista da barragem



 mineradora Samarco pressionou o projetista da barragem de Fundão, Joaquim Pimenta de Ávila, a emitir um documento fora das especificações na etapa inicial da construção da represa, que ruiu em Mariana em 5 de novembro. A tragédia resultou em 17 mortes; ainda há dois desaparecidos.
Em depoimento ao Ministério Público Estadual, Ávila afirmou que em 2007 foi contratado pela Samarco para emitir um relatório chamado “as built”, requerido para construção da barragem, que começou a operar em 2008.
Aos promotores, Ávila afirmou que o relatório “informa a condição final implantada para as estruturas após sua execução”, que “deve refletir a situação das estruturas após a sua implementação, que difere da do projeto naqueles aspectos que foram modificados durante a execução”.
Segundo Ávila, a Samarco pediu que o documento fosse entregue antes da conclusão da obra. O projetista, conforme consta no depoimento, afirmou então que o documento não poderia ser chamado de “as built” (como construído, em português), já que as obras não haviam sido concluídas. A empresa, então, pediu a Ávila que emitisse o documento “com as ressalvas que entendesse pertinentes, pois necessitava apresentá-lo no processo de licenciamento ambiental”.

Drenagem


Ávila disse também que o projeto inicial da barragem de Fundão previa um modelo de drenagem que apresentou problemas em 2009, provocando pressão excessiva na barragem. Isso obrigou a represa a ser esvaziada por bombeamento, com a construção de um aterro próximo. Na investigação feita pela empresa, ficou constatado, conforme Ávila, que um dos drenos havia entupido. O modelo foi abandonado.
A represa passou a funcionar, conforme Ávila, com liberação de água feita com um “tapete drenante de 130 metros de comprimento e em toda a extensão do dique 1″ da barragem – estrutura que ajuda na redução do volume de água. As obras, ainda segundo o projetista, foram feitas entre 2009 e 2010 com autorização do comando da Samarco.
Ávila disse ainda ao MP que a partir de 2014 fez seis inspeções na barragem de Fundão. Em uma delas, em 4 de setembro daquele ano, foram encontradas trincas na represa cuja geometria “caracterizava uma grande extensão com movimento típico de escorregamento o que, muito provavelmente, teria sido ocasionado pela ocorrência de liquefação (aumento na quantidade de água)”.
Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Minas, o “as built” não é necessário para a concessão do licenciamento ambiental, mas, por ser uma alteração de projeto, é obrigatório que seja comunicado à Superintendência Regional de Regularização Ambiental.
Procurada, a Samarco afirmou que “o manual do consultor Joaquim Pimenta de Ávila sempre foi observado pela Samarco, assim como foram consideradas todas as suas recomendações técnicas como consultor contratado”. “A Samarco espera que a apuração técnica do evento apresente a provável causa (da ruína), pondo fim às especulações ou tentativas simplistas de afastar ou impor culpa a pessoas, sobretudo porque a barragem estava estável.”

Reconstrução


O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou ontem que o conselho de administração da Samarco determinou que todas as casas do distrito de Bento Rodrigues e da cidade de Barra Longa sejam reconstruídas até o fim do ano. As declarações foram dadas no Palácio do Planalto, após reunião entre representantes da Vale e BHP (controladoras da Samarco), a presidente Dilma Rousseff e os ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Luís Adams (Advocacia-Geral da União).
Ferreira ressaltou também que seis pontes em Barra Longa serão reconstruídas até o fim do mês e lembrou que todas as famílias recebem assistência financeira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: UOL

Saiu edital do CPRM para 52 vagas para nível médio – Técnico em Geociências – Hidrologia



Foi publicado o edital de abertura do concurso público da CPRM para preencher 52 vagas e formar cadastro de reserva no cargo de Técnico em Geociências – Hidrologia.

Acesse o edital http://www.cespe.unb.br/concursos/cprm_16/para maiores informações.

Rejeitos da barragem da Samarco podem ter sofrido liquefação



O maior desastre ambiental da história do Brasil está completando, nesta segunda-feira (25), 81 dias. Dezessete pessoas morreram, duas ainda estão desaparecidas e, até agora, as causas da tragédia de Mariana ainda não foram esclarecidas. Existem hipóteses. Uma delas é que os rejeitos da barragem da Samarco tenham sofrido um processo chamado de liquefação.
A explicação para o rompimento pode estar no nível de água acumulada na Barragem de Fundão. O professor de engenharia hidráulica da UFMG Carlos Martinez mostra como deve ficar o rejeito numa barragem de minério: firme, resistente. Quando ele vai ficando saturado de água pode ocorrer o que os especialistas chamam de liquefação.
O modelo mostrado no vídeo ilustra uma barragem como a de Fundão, se ela pudesse ser vista de lado. A areia representa os rejeitos. Ela está saturada, ou seja, encharcada, como acontece mesmo numa barragem. O que a gente vê é como ela fica instável quando ocorre o fenômeno da liquefação.
A vibração de um motor simula um abalo de terra. As ondas do tremor provocam a liquefação. Não é uma reprodução exata, mas é possível ver que a areia vai cedendo e não consegue sustentar a barragem. “Ela rompe pra dentro, depois aquela massa de material que estava presa, aprisionada no reservatório ela passa por cima e provoca a abertura de uma brecha”, aponta Carlos Martinez, professor de engenharia hidráulica UFMG.
Este alerta está no inquérito da Polícia Federal, que o Jornal Nacional teve acesso. Em depoimento, o engenheiro que projetou a Barragem de Fundão, Joaquim Pimenta de Ávila, disse que visitou a barragem como consultor da Samarco em 2014. Na época, eram feitas obras de alteamento, que é a ampliação da capacidade para receber mais rejeitos de minério.
Pimenta de Ávila disse à polícia que “a Samarco estava construindo um reforço calculado segundo uma metodologia que não levava em consideração a liquefação na fundação do dique”.
No dia do rompimento de Fundão, foram registrados 11 sismos, tremores de terra, na região. O segundo, antes da tragédia, chegou a 2,7 pontos na escala Richter.
No depoimento à Polícia Federal, Pimenta de Ávila afirmou “que o sismo ocorrido no local, de 2,6, somente afetaria se o rejeito já estivesse quase saturado e próximo de estado de liquefação”.
O professor da UFMG diz que os tremores devem ser investigados. Mas que eles seriam apenas o gatilho para o rompimento da barragem.
“O que levou ao colapso provavelmente foi a junção de uma dezena de fatores. Liquefação, pode haver um problema de drenagem, pode haver um problema construtivo da estrutura. Isso tudo somado pode resultar num evento catastrófico”, diz o professor.
A Samarco declarou que repudia qualquer especulação sobre ter conhecimento prévio de risco iminente de ruptura na barragem de Fundão. A mineradora afirmou que os alertas nos relatórios de consultores jamais indicaram esse risco ou a necessidade de interdição das operações.
E que as recomendações para melhorar as condições da barragem sempre foram consideradas pela empresa.


Fonte: G1

Liminar libera exportações da Vale no porto de Tubarão



A Vale conseguiu nesta segunda-feira liminar que suspende a interdição no porto de Tubarão, no Espírito Santo, que impedia desde quinta-feira as exportações de minério de ferro da empresa do local, informou a empresa.
“A Vale informa que obteve decisão favorável do Tribunal Regional Federal (TRF) que garante o reestabelecimento imediato das atividades do Píer II e do Terminal de Praia Mole (TPM)”, disse a companhia, em comunicado. Mais cedo nesta segunda-feira, o advogado da companhia, Sergio Bermudes, do escritório Sergio Bermudes Advogados, disse à Reuters que a mineradora havia obtido a autorização para retomar as exportações. Ele explicou que, na liminar, a Justiça deu à Vale “o prazo de 60 dias para apresentar um plano de solução” para as questões ambientais no porto.
A mineradora, maior exportadora global de minério, teve as atividades no porto interditadas pela Justiça, que quer obrigar a empresa a adotar novas medidas para evitar danos ao meio ambiente a partir de suas atividades em Tubarão.
Em sua decisão, a Justiça havia suspendido, na semana passada, as atividades da Vale e da ArcelorMittal no Píer II (minério de ferro) do porto de Tubarão e no Píer de Carvão do Terminal de Praia Mole (TPM), que também faz parte do Complexo Portuário de Tubarão.
Como consequência, a mineradora ficou impedida, desde quinta-feira, de embarcar cerca de 200 mil toneladas de minério de ferro próprias por dia a partir do porto. Localizado na parte continental do município de Vitória, capital capixaba, o terminal é o maior exportador de minério e pelotas de ferro do mundo, e também movimenta outras cargas, como grãos e combustíveis.
Em 2015, até o terceiro trimestre, a Vale embarcou 82,5 milhões de toneladas de minério de ferro pelo porto de Tubarão, segundo dados da mineradora. O montante é equivalente a 33,3 por cento da produção própria da empresa nos nove meses encerrados em setembro, de 248,038 milhões de toneladas.
A interdição também causou a interrupção da importação de aproximadamente 44 mil toneladas de carvão mineral de terceiros, desde quinta-feira, segundo a Vale, que nesse caso atua como operadora logística. De janeiro a setembro, o TPM foi responsável pelo desembarque de 8,9 milhões de toneladas de carvão mineral.



Fonte: Exame

CSN planeja demitir 950 funcionários em Congonhas, diz sindicato



A CSN planeja demitir cerca de 950 funcionários próprios na divisão de mineração em Congonhas, Minas Gerais, devido aos efeitos dos baixos preços do minério de ferro na receita da companhia, afirmou à Reuters nesta segunda-feira o diretor do Sindicato Metabase Inconfidentes, Rafael Ávila.
Além disso, a empresa quer reduzir em 35 por cento os custos com terceirizados, o que o sindicato acredita que irá se refletir em mais demissões. O Metabase não representa os terceirizados, mas calcula que haja cerca de 3 mil atualmente que trabalham para a companhia.
Desde 11 de janeiro, segundo Ávila, já foram desligados da área de mineração da companhia cerca de 230 dos 950 empregados próprios que a empresa planeja demitir. Até aquela data, a empresa tinha em torno de 4.750 funcionários. As demissões, segundo Ávila, ocorrem na mina Casa de Pedra e na companhia Namisa, controlada pela CSN. Entretanto, segundo o sindicalista, a empresa informou que não haverá corte na produção devido às demissões.
Ávila destacou que a empresa tem dito ao sindicato que os resultados têm sido pressionados pelos preços do minério de ferro. Entretanto, o diretor do Metabase frisou que a companhia pagou nos últimos anos dividendos com valores importantes aos acionistas.
“Não pode ser que com a queda do (preço do) minério queiram descontar nos trabalhadores”, afirmou Ávila, à Reuters. “Achamos que isso é um absurdo, não vamos aceitar de forma alguma.” Procurada, a CSN não pode ser contactada imediatamente.

Fonte: DCI

‘Washington Post’: Recessão do Brasil afeta economia global



Matéria publicada neste sábado (23) no Washington Post, analisa que se a economia global está sendo arrastada pela China e outros países em desenvolvimento para uma recessão, o Brasil é uma das principais âncoras.
Uma vez apontado como uma potência em ascensão ao lado da África do Sul e da Índia, o gigante latino-americano encontra-se atolado em sua pior recessão em décadas, agravado por uma crise política que pode levar ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. A recuperação do país vai exigir que enfrente reformas estruturais na sua economia e também em seu sistema político, algo que seus líderes atuais não parecem dispostos a fazer.
A reportagem analisa que uma causa primária do problema comum ás economias latino-americanas e africanas  é fácil de detectar: queda dos preços das commodities. O Brasil depende das exportações de minério de ferro, soja e outros bens básicos, que representam 45 por cento de sua receita de comércio, e justamente os preços destes produtos, caíram coletivamente mais de 40 por cento desde 2011.
Nos últimos anos, a Petrobrás, que investiu pesadamente em depósitos de petróleo profundo, agora está endividada e lutando para vender seu barril a US $ 30. No entanto, os problemas do Brasil vão muito além da queda dos preços das commodities. Por uma década, o país contou com essas crescentes exportações para suprir suas reservas estruturais.
Quando a recessão global atingiu o país, os empréstimos solicitados para investir do crescimento e produção, se transformaram em dívida pública, que agora representa quase o dobro da riqueza da Grécia, de acordo com os economistas.
Enquanto isso, a corrupção ganhou espaço. Quase 40 por cento do atual Congresso Nacional está sob investigação criminal, incluindo dezenas de legisladores suspeitos de aceitar subornos em contratos da Petrobras. A presidente Dilma está sendo acusada de esconder o excesso de gastos do governo e sendo ameaçada de Impeachment.
Sair dessa bagunça vai exigir mais do que uma mudança dos legisladores e uma recuperação do apetite da China por matérias-primas. O Brasil terá de enfrentar intervenções fiscais e políticas, inclusive mudanças em sua legislação. Começando pelos encargos pesados e crescentes gastos do governo,  para pagamento das pensões de trabalhadores que se aposentam aos 50 anos, obrigando o governo a usar quase 12 por cento do seu PIB para paga-los.

Fonte: JB

Secretário diz que DNPM é favorável a privatização de Serra da Borda



A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) realizou coletiva à imprensa para falar sobre o trabalho de retomada da área do garimpo ilegal da Serra da Borda, instalado próximo ao município de Pontes e Lacerda (distante 448 km de Cuiabá).
Segundo o novo secretário de segurança pública do Estado, Fábio Galindo Silvestre, após a ocupação pública da área que está sendo realizada em um trabalho de integração de forças, ocorrerá a ocupação privada do garimpo de Serra da Borda, com a concessão a iniciativa privada e autorização de lavra.
Galindo afirmou que a diferença desta segunda operação para a primeira realizada em novembro é que houve uma maior mobilização da esfera federal, com envio de reforço do efetivo por parte de Brasília.
Ele explica que o sucesso da operação, com cerca de 35 prisões e total isolamento do local, se dá por conta de um esforço de integração entre Polícia Militar, Polícia Judiciário Civil, Exército Brasileiro, Polícia Federal e Força Nacional.
Sobre a privatização, o secretário garante que Departamento Nacional de Produção Mineral já se posicionou favorável á concessão do local a uma empresa de mineração privada, pensando não só na exploração das riquezas minerais da região de Serra da Borda como também na proteção contra invasores e a segurança ambiental do garimpo.

Fonte: O Documento

Fundação Vale ajuda a melhorar o atendimento à saúde em 21 municípios brasileiros



Muito além da excelência na atividade da mineração, a Vale busca deixar um legado positivo para as gerações futuras. Por isso, a Fundação Vale potencializa as oportunidades de desenvolvimento dos territórios, dando suporte à construção do legado que a Vale pretende deixar para as comunidades. Esse trabalho se traduz em investimentos sociais voluntários, que se concretizam em ações e programas cuja gestão é compartilhada com parceiros, governos e representantes da sociedade civil organizada nas áreas de saúde, educação e geração de renda.
Na temática Saúde, a Fundação Vale desenvolve projetos comunitários que visam incentivar o autocuidado, melhorar a assistência nas Unidades Básicas e a cooperação técnica com municípios para discussão de melhores práticas para o fortalecimento da atenção básica. Foi a partir destas diretrizes que, em 2014, foi iniciado o projeto ‘Ciclo Saúde’, um programa que já capacitou 785 profissionais de saúde na busca pela melhoria do atendimento ofertado nas unidades de saúde de Minas Gerais, Espírito Santo, Maranhão e Pará.
Esta estratégia tem como objetivo cooperar tecnicamente com o fortalecimento da Atenção Básica, por meio de duas vertentes de atuação: formação continuada da comunidade e equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) em temas relacionados à prevenção e promoção da saúde e fornecimento de instrumentos e mobiliários para aperfeiçoamento do diagnóstico e da prática clínica nas Unidades.
“Nosso trabalho é articular e potencializar os investimentos sociais, fortalecendo o capital humano e respeitando as identidades culturais locais”, afirma Andreia Rabetim, gerente de Parcerias Intersetoriais da Fundação Vale.
O programa é realizado pela Fundação Vale, em conjunto com o Centro de Promoção da Saúde (Cedaps), que atua como parceiro técnico e executor, e a equipe de Mestrado em Saúde da Universidade Estácio de Sá, que atua no monitoramento e na avaliação técnica do projeto.

Fonte: Vale

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

MP investiga se Samarco desprezou alerta de instabilidade na Barragem do Fundão



O promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador das Promotorias de Meio Ambiente e do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), afirmou que a Samarco foi omissa em relação a indicadores de instabilidade da Barragem do Fundão, que se rompeu em 5 de novembro do ano passado em Mariana, na Região Central de Minas.
De acordo com laudos que estão sendo investigados pelo MP e que foram divulgados em reportagem do programa Fantástico, neste domingo, a mineradora já tinha registros de que algo estava errado com a barragem há pelo menos dois anos, por meio de medições feitas por aparelhos chamados piezômetros.
Para o engenheiro Joaquim Pimenta Ávila, responsável pelo projeto original da Barragem do Fundão, uma das hipóteses é que o rompimento tenha ocorrido por causa da liquefação da lama que estava represada. O piezômetro mede justamente a pressão dos fluidos dentro do maciço da barragem, e pode identificar essa liquefação.
Segundo laudos da empresa VogBR, especialista em engenharia geotécnica e recursos hídricos, nos últimos dois anos alguns dos aparelhos instalados ao longo da represa já emitiam alertas de emergência. Além disso, o relatório da empresa de engenharia não apresentou dados de todos os piezômetros localizados em pontos críticos da barragem.
“Isso é um sintoma de que algo não vai bem na estrutura da barragem, o que deveria gerar uma obrigação da Samarco no incremento do sistema de monitoramento”, disse o promotor. ” Houve um desprezo em relação à leitura desses piezômetros localizados no eixo da barragem. Uma omissão extremamente grave, que compromete a segurança da operação e que não foi levada em conta nos relatórios de estabilidade”, completou.
O engenheiro Joaquim Pimenta Ávila afirmou ainda que alertou a Samarco sobre o risco da lama ficar muito liquida um ano antes do rompimento. Ele também garantiu que seu projeto previa uma barragem reta, situação diferente da encontrada no local nos anos antes da tragédia. Em 2013 a estrutura ganhou um alteamento e passou a ter uma curva em formato de S. O ponto preocupante é que o recuo teria ficado apoiado sobre areia, material mais sujeito a liquefação.
“Se isso não for drenado, para ficar bem firme, a estrutura pode ficar instável. Esse recuo, se for bem controlado, em termos de nível de água dos rejeitos de fundação, pode ser seguro. Mas é necessário que se tenha um controle efetivo, rigoroso e frequente”, disse o engenheiro. Pimenta Ávila ainda afirma que o desprezo desses dados comprometeu, de maneira decisiva, a estrutura da barragem.
SAMARCO Em nota divulgada neste domingo, a Samarco afirma não ter tido acesso a laudo ou documento referente às investigações das causas do acidente com a Barragem do Fundão e diz que repudia especulações sobre o conhecimento prévio de risco de ruptura. “A Barragem do Fundão sempre foi declarada estável. Em nenhuma oportunidade, qualquer inspeção, avaliação, relatório de consultorias especializadas internas ou externas registraram ou fizeram qualquer advertência de que a operação da Barragem estivesse sujeita a qualquer risco de ruptura.
Alertas contidos em relatórios de consultores jamais indicaram risco iminente de ruptura ou necessidade de interdição das operações, tendo ensejado apenas proposição de recomendações nos mesmos relatórios técnicos em que foram registradas para melhoria das condições de segurança da barragem, sempre consideradas pela empresa”, diz a nota.

Fonte: EM