domingo, 28 de fevereiro de 2016

Tecnologia desenvolvida na UFMG elimina poeira da mineração



A crescente produção de biodiesel no Brasil começa a causar certas preocupações no que tange aos seus rejeitos. Uma das principais delas é a glicerina residual. Estima-se que para cada 100 litros de biodiesel produzidos, restam 10 litros de glicerina como resíduo, o que ativa um alerta do ponto vista ambiental.
O Brasil produz, atualmente, cerca de 120 mil m³ de glicerina residual ao ano pela transesterificação do biodiesel e consome aproximadamente 10 mil m³ desse subproduto virgem produzido pelos métodos convencionais. Parte desta glicerina pura é utilizada, principalmente, na indústria de cosméticos, farmacêutica, têxtil e embalagens. Este mercado, porém, possui uma capacidade limitada de absorção da glicerina residual.
Este cenário levou a UFMG a realizar a pesquisa “Novas rotas para a transformação da glicerina, rejeito do biodiesel, em produtos para aplicação tecnológica e de valor agregado”, que foi premiada no Brasil e no exterior e foi coordenada pelo professor Rochel Lago. Segundo ele a pesquisa possui duas premissas: “a primeira que não poderíamos ter com este produto nenhuma aplicação muito refinada, como cosméticos ou fármacos, porque estamos trabalhando com um rejeito. E o segundo ponto é que precisaríamos consumir muita glicerina, por causa da grande quantidade do rejeito e descobrimos uma aplicação muito interessante na mineração”, conclui.

O Produto

A pesquisa resultou no denominado supressor de poeira. Segundo a H2O Especialidades Químicas, empresa que fabrica o supressor, o produto é o único disponível no mercado desenvolvido a partir de fontes renováveis, e atende com economia, praticidade e sem agredir ao meio ambiente às demandas dos segmentos de mineração, siderurgia e cimento, entre outras, no armazenamento e no transporte do pó de minérios e outros particulados finos.
Para Lago, são muitas as vantagens ambientais da nova tecnologia. “O supressor de poeira apresenta níveis baixíssimos de toxicidade. É solúvel em água, e 100% derivado de fontes renováveis, além de não interferir nas propriedades físico-químicas das matérias-primas nas quais foi aplicado”, afirma.

Como funciona?

Aspergido sobre a superfície a ser trabalhada, o supressor cria uma película sobre o pó, por exemplo, o pó de minério durante o transporte em vagões, evitando sua dispersão na atmosfera, reduzindo em até 90% as perdas provocadas pela ação do vento ou por outros fenômenos meteorológicos no armazenamento e no transporte. Isso provoca uma melhor qualidade de vida às comunidades que estão próximas às linhas férreas ou trabalhadores de indústrias que trabalham com particulados.

No mercado

Segundo a Gerente Comercial da H2O, Núbia Corgozinho, o Superssor de Poeira já está sendo produzido e vendido no mercado, porém, a empresa já identificou um mercado maior para atender: “Nossa capacidade de produção é aproximadamente 4 toneladas/dia, é considerado um volume pequeno para a capacidade de mercado que o nosso produto tem. No momento estamos prospectando novos investimentos e, assim, ampliar a nossa capacidade de produção”.
A H2O foi criada em 2008 e foca no desenvolvimento de soluções voltadas à sustentabilidade e à proteção do meio ambiente. Sua atuação é abrangente em projetos que envolvem a preservação e racionalização do uso da água e o tratamento adequado e despoluição dos mananciais e efluentes.

Fonte: Simi

Codemig produzirá imás de Terras Raras




A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) vai implantar um laboratório-fábrica de ímãs de terras-raras em local ainda a ser definido na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Os investimentos de R$ 80 milhões já estão garantidos pela companhia, que também buscará parcerias de empresas privadas e linhas de crédito federais para viabilizar o empreendimento, o primeiro do tipo no País.
De acordo com o diretor de Mineração, Energia e Infraestrutura da Codemig, Marcelo Nassif, os produtos de terras-raras que serão usados como matéria-prima para a fabricação dos ímãs serão extraídos no mesmo processo de produção de nióbio pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), líder mundial no mercado do produto, a partir de seu complexo industrial em Araxá, no Alto Paranaíba.
“A CBMM é parceira da Codemig e o nióbio da jazida da companhia em Araxá tem no corpo mineral as terras-raras. As reservas desses produtos são em quantidades próximas às do próprio nióbio”, afirma o diretor. Segundo ele e conforme já divulgado pela CBMM, a empresa já está trabalhando no desenvolvimento de tecnologias de terras-raras.
De acordo com o diretor da Codemig, a vantagem competitiva da parceria com a CBMM é que a operação já é custeada, incluindo lavra, beneficiamento e produção, porque é proveniente do mesmo processo de extração do nióbio. “O projeto traz um aspecto importante que é a inovação porque não existe um conceito como este no Brasil. Estamos dando um salto tecnológico”, destaca.
Na avaliação de Nassif, o projeto vai cobrir uma lacuna, porque o mercado internacional desse tipo de ímã forçou os fabricantes a instalarem fábricas em regiões com oferta abundante de matéria-prima, como a China, impondo um monopólio de 97% da produção mundial de óxidos de terras-raras e limitando a exportação por meio de cotas. Como consequência, o mercado nacional passou a ser atendido exclusivamente via importação, o que resulta em volatilidade de preços e escassez de oferta.
Os ímãs de terras-raras são componentes-chave de aplicações intensivas em energia, como aerogeradores e motores elétricos para máquinas industriais, eletrodomésticos, elevadores e carros híbridos e elétricos. “A lógica do projeto está ligada a todas as formas de energia que serão mais usadas no futuro”, explica o diretor da Codemig.
O projeto será desenvolvido em parceria com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), contando com cerca de 20 especialistas técnicos. Além disso, a Codemig contratou a Fundação Certi, por R$ 3 milhões, para elaborar o plano de negócio e o projeto executivo do laboratório-fábrica.
A capacidade anual do empreendimento será de 100 toneladas de ímãs e a implantação está programada para 2017. Segundo Nassif, o investimento necessário será R$ 890 milhões, já garantidos pela Codemig, mas “a companhia vai buscar parceiros privados, entre fabricantes de ímãs, fornecedores e consumidores, além de linhas de financiamento federais”.
Cadeia – O município onde será instalada a planta ainda não está definido, mas o trabalho da Certi determinará a melhor localidade para a instalação do laboratório, que deve ficar na RMBH. Além disso, a fundação também ficará responsável por estruturar um ambiente favorável à cadeia das ligas e ímãs de terras-raras, com a atração e o desenvolvimento de fornecedores e insumos de mineração e metalurgia e estímulo a pesquisas.
Ainda no âmbito do contrato com a Certi, serão feitos estudos de viabilidade técnica e econômica para a instalação de uma plataforma industrial de grande porte de ligas e ímãs permanentes de terras-raras no Estado. Enquanto isso, o laboratório-fábrica ficará a cargo de desenvolver estudos e ao mesmo tempo iniciar a fabricação em pequena escala.
As terras-raras encontradas nas reservas da CBMM em Araxá são praticamente um subproduto da exploração do nióbio. Isso reduz o custo industrial e pode tornar a Codemig mais competitiva em preços em relação àqueles que só exploram terras-raras.
As terras-raras são 17 elementos químicos metálicos parecidos, que geralmente ocorrem juntos na natureza. Estes minerais são insumos utilizados para a produção de equipamentos eletrônicos, superímãs, fertilizantes, catalisadores de automóveis, combustíveis, vidro e lentes especiais e fabricação de motores, entre outros.

Fonte: IBRAM – Diário do Comércio

Samarco pede licença para remanejar rejeitos



Quase quatro meses depois do rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas, no maior desastre socioambiental do Brasil, a Samarco encaminhou à Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana (Supram), vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), pedido de licenciamento para a disposição de rejeitos remanescentes do estouro da represa.
Questionada, a Samarco não informou, até o fechamento desta reportagem, se deseja esvaziar a represa de Fundão. Dos cerca de 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro que estavam na barragem em 5 de novembro de 2015, 32 milhões vazaram. De acordo com a Semad, a empresa, controlada pela Vale e a BHP Billiton, fez o pedido para colocar os rejeitos em duas cavas.
A Samarco pretende depositar a chamada substância fina na Alegria Sul. Já a arenosa, na cava da Germano. Desde 8 de novembro passado, as atividades minerárias da empresa estão embargadas pelo governo estadual. Ontem, diante do pedido da mineradora, a Supram determinou “diversos estudos técnicos, que instruirão o processo, a fim de embasar a decisão do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) do licenciamento”.
Em nota, a Semad informou que “o processo de licenciamento levará em conta o rompimento da barragem e suas consequências”. Vale lembrar que, em janeiro, cerca de 1 milhão de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro se movimentaram em Fundão. A movimentação da massa de rejeitos não ultrapassou os limites da represa, mas causou apreensão em moradores da região.
“A avaliação do pedido deverá considerar todas as discussões que a sociedade civil e os órgãos dos governos federal e estadual têm promovido desde o rompimento da barragem. Deve haver um entendimento de que a disposição dos rejeitos nessas duas cavas realmente é o melhor caminho e, principalmente, se não haverá nenhum outro prejuízo para o meio ambiente e para a população da região”, disse o subsecretário de Regularização Ambiental, Geraldo Abreu.
A Semad informou que o processo de licenciamento levará em conta o rompimento da barragem e suas consequências. A lama de rejeitos de minério foi despejada na natureza, atingindo os rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce. A substância viajou mais de 600 quilômetros até chegar ao Atlântico. Pelo caminho, além de desabrigar mais de 300 famílias e destruir 1.469 hectares de matas ciliares, a lama matou 19 pessoas, dos quais dois corpos continuam desaparecidos.
Em razão das mortes, a Polícia Civil indiciou o diretor-presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, e outros cinco diretores e gerentes da empresa, todos licenciados, por homicídio qualificado. Um engenheiro da VogBR, responsável por atestar a segurança da estrutura de Fundão, também foi indiciado.
O policial pediu à Justiça a prisão preventiva dos sete acusados. O promotor Antônio Carlos de Oliveira, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em Mariana, deverá apresentar hoje denúncia contra os indiciados. Ele não se manifestou se pretende avalizar o pedido de prisão preventiva. As defesas dos acusados discordam da tese do policial sob a alegação de que as empresas estão contribuindo com as investigações.
Há a expectativa, também hoje, de a Samarco e suas controladoras assinarem o acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU) para definir o cronograma e diretrizes de recuperação da Bacia do Rio Doce.

Fonte: EM

Mineradora Vale anuncia perda de US$ 12,129 bilhões em 2015



A gigante brasileira Vale anunciou nesta quinta-feira (25) perdas líquidas no valor de 12,129 bilhões de dólares em 2015, em meio a um panorama sombrio que conjuga a queda dos preços do minério de ferro, a forte depreciação do real e o rompimento de uma barragem no Brasil que vitimou 19 pessoas.
As perdas de 2015 – contra um lucro de 657 milhões de dólares em 2014 – se devem principalmente à queda de 47% do real frente ao dólar, que impacta sua dívida, e a ajustes pelo retrocesso de 43% do preço do minério de ferro, seu principal produto de exportação, explicou Luciano Siani, diretor de Finanças e Relações com Investidores da Vale, em um vídeo a investidores.
“Houve um ajuste muito forte na indústria da mineração pela queda dos preços, o que obrigou a Vale a reduzir o resultado em 36 bilhões de reais”, e a depreciação de 47% da moeda brasileira frente ao dólar “impactou o valor da dívida em dólares da Vale em outros 36 bilhões de reais que também foram levados ao resultado”, disse Siani.
O preço internacional da tonelada de minério de ferro passou de 96,7 dólares em 2014 a 55,5 dólares em 2015 (-43%), e o preço de outros minerais exportados pela Vale também caiu: o níquel retrocedeu 30%, o cobre 20%, o carvão metalúrgico 18%.
O forte corte de gastos e o aumento da competitividade que a Vale realiza para enfrentar a queda de preços – que totalizou 5 bilhões de dólares em 2015 – e seus recordes de produção não fizeram com que a empresa apresentasse aos seus investidores um balanço positivo, mas lhe permitiu investir neste ano 8,4 bilhões de dólares.
No quarto trimestre de 2015 a Vale registrou perdas de 8,569 bilhões de dólares, contra um prejuízo de 2,117 bilhões no terceiro trimestre do ano passado.
Foi justamente neste período, em 5 de novembro passado, que uma barragem da mineradora brasileira Samarco – que pertence em partes iguais à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton – que continha toneladas de dejetos mineradores e lama se rompeu, provocando uma enxurrada que soterrou uma cidade inteira de Minas Gerais e matando 19 pessoas.
A tragédia é considerada a pior catástrofe ambiental da história do Brasil pelo governo, que negocia com a Samarco e seus donos uma indenização milionária.
A polícia pediu nesta semana a prisão de seis executivos da Samarco – incluindo seu presidente no momento da catástrofe – pelo homicídio de 19 pessoas.
“Trabalhamos com a Samarco desde o início e continuaremos totalmente comprometidos com o apoio às regiões e comunidades afetadas, assim como sua recuperação sócio-ambiental”, disse a Vale em seu comunicado.

Fonte: OTEMPO

Brasil ganha o primeiro centro de pesquisas em Grafeno da América Latina



Com investimento avaliado em R$ 100 milhões, o Mackenzie chega ao futuro com a inauguração do MackGraphe, que reafirma o Brasil no cenário mundial com “a matéria-prima do século 21″.
Atualmente, a tecnologia é mais do que necessária à rotina do ser humano. Smartphones, tablets, motores híbridos, TVs de ultradefinição, miniprojetores e casas inteligentes são traços da modernidade já presentes em todos os aspectos do dia a dia. E sempre em constante mudança.
Agora, imagine todas essas amplas possibilidades acrescidas de uma vantagem, como o uso de matéria-prima cuja resistência é 200 vezes superior à do aço, praticamente transparente, impermeável e flexível. Isso fará parte da rotina de todos no Planeta até a próxima década, graças ao grafeno. Este material – comparado ao silício – propiciará avanços científicos e tecnológicos sem precedentes.
Essa realidade tecnológica passa a fazer parte da vida dos brasileiros, com a inauguração do primeiro Centro de Pesquisa Avançadas em Grafeno da América Latina, o MackGraphe, construído pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Será entregue à comunidade científica no próximo dia 2 de março, às 17h, no campus Higienópolis (Rua Itambé, em São Paulo).
A solenidade contará com a participação dos gestores do Mackenzie, presidente e integrantes do seu Conselho Deliberativo, reitor e diretores da Instituição. Já confirmaram presença autoridades dos governos Federal e do Estado, órgãos de fomento e pesquisa e comunidade acadêmica. O evento terá a presença do Prêmio Nobel de Física 2010, o físico russo Sir André Geim, e do brasileiro Antonio Hélio de Castro Neto, físico e atual diretor da Centre for Advanced 2D Materials da National University of Singapore e professor visitante do MackGraphe.
Mesmo com a retração econômica no País, o Mackenzie já investiu R$ 100 milhões nesse promissor ramo de pesquisa, nos últimos dois anos. O empreendimento terá grande influência no campo da engenharia aplicada e da inovação tecnológica. O edifício conta com área superior a quatro mil metros quadrados, distribuídos em nove pavimentos (sete andares e dois subsolos). Além dos laboratórios com equipamentos de ponta, os 15 pesquisadores envolvidos nos projetos de pesquisas de grafeno e materiais bidimensionais têm à disposição uma sala limpa “Classe 1.000”, com 200 metros quadrados (área com controle de partículas), que mantém o ambiente extremamente higienizado, para não prejudicar os experimentos.

Mackenzie chega ao futuro

De acordo com o presidente do IPM, Dr. Maurício Melo de Meneses, a inauguração do MackGraphe coloca o Brasil na corrida mundial na busca de desenvolvimento tecnológico. “Pesquisas e produtos em grafeno já são o foco de grandes universidades do mundo e, agora, com o apoio da Fapesp, nós colocamos a América Latina nesse patamar. A parceria com indústrias brasileiras tornará tangíveis as nossas descobertas e possibilitará melhor resultado na competitividade mundial. Com essa inauguração, o Mackenzie chega ao futuro”.
Inserida na tradição do pensamento reformado calvinista, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) adota as Escrituras Sagradas como regra de fé e prática. Segundo o chanceler do IPM, Davi Charles Gomes, esse pensamento bíblico produziu uma cosmovisão cristã que reconhece os mandatos divinos criacionais, dentre os quais está a incumbência de desenvolver a cultura. E conta que, assim, o ser humano recebeu a ordenança de governar, cuidar e fazer prosperar a criação. Homens como Newton, Locke, Dalton e Francis Collins refletem exatamente esse espírito de descoberta que expressa o mandato cultural da instituição. “Estudos científicos com grafeno e seu desejável progresso coadunam-se com a cosmovisão cristã e, finalmente, com os deveres dados aos seres humanos na criação e revelados nas Escrituras. Com efeito, a IPB apoia todo progresso humano que atenda ao dever primordial e bíblico de glorificar o nosso Criador”, destaca.
Com status de material mais resistente e fino do Planeta, além de um excelente condutor de eletricidade e calor, o grafeno é o futuro da tecnologia mundial, com potencial de movimentar um mercado de US$ 1 trilhão em vários setores: defesa, eletroeletrônicos, semicondutores, produtos como plástico ou látex, televisões e smartphones, com displays flexíveis e transparentes. Além disso, estudos recentes revelam que o material também pode ser utilizado na filtragem de água.
Para o reitor da UPM, prof. Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto, a pesquisa com o grafeno é estratégica e permite o uso de todo o potencial dos pesquisadores existentes na universidade. “Perdemos a corrida do silício, a principal matéria-prima na industrialização de chips e outros componentes eletrônicos. Temos o desafio de inserir o Brasil no mapa da inovação, com o desenvolvimento de pesquisas e patentes que tragam benefícios para a sociedade e contribuição à competividade nacional”.
Eunézio Antônio Thoroh de Souza, coordenador do MackGraphe, afirma que nos próximos 20 anos veremos o grafeno presente em diversas tecnologias em nosso dia a dia e outras que ainda nem imaginamos, pois um novo material permite criar novas tecnologias. “Estamos fazendo o dever de casa: aproveitando oportunidades e nos tornando personagens atuantes no campo da inovação. Vivemos uma nova era; um novo Mackenzie”, ressalta.
Com isso, a interação com empresas mostra-se uma prioridade. O MackGraphe colaborará com a indústrias nacionais e multinacionais. Além disso, os estudantes terão a possibilidade de desenvolver projetos no centro de pesquisa, buscar financiamento e criar suas próprias empresas de tecnologia voltadas ao grafeno, ou seja, a universidade pretende criar um spin-off a partir das pesquisas. Além de gerar riquezas para o Brasil, os estudos criarão empregos sofisticados, em um processo nacional de autossuficiência científica e tecnológica.

Perspectivas do Grafeno

Diante da popularidade crescente, é fato que há interesse na utilização do material por parte das grandes potências mundiais. A China, por exemplo, já possui cerca de 2.204 patentes registradas em produtos com grafeno, seguida dos Estados Unidos, com 1.754, e a Coréia do Sul, com 1.160. “Existe uma verdadeira corrida por trás de tudo isso. Apenas a Samsung (gigante sul-coreana de tecnologia), tem mais de 500 patentes. Há um potencial gigantesco no material”, explica Thoroh.
A produção mundial de grafita natural em 2013 foi de 1,1 milhão de toneladas, enquanto a China foi responsável por 70,4% da produção total, seguida pela Índia, Brasil, Coreia do Norte e Canadá, mantendo os números do ranking produtivo feito em 2012. Em escala menor, esse mineral foi produzido nos seguintes países: Rússia, Turquia, México, Noruega, Romênia, Ucrânia, Madagascar e Sri Lanka.
Nesse cenário, o Brasil manteve o terceiro lugar dentre os principais produtores mundiais de grafita. A América do Sul detém a principal ocorrência do material, com grandes reservas e infraestrutura para permitir o crescimento da produção. As reservas brasileiras estão primariamente nos estados de Minas Gerais, Ceará e Bahia.
Em 2013, a produção brasileira do mineral natural beneficiada foi de 91.908 t de minério (65 mil toneladas de contido), com acréscimo de 4,2% (3.808 t) em relação ao ano de 2012. A maior empresa produtora de grafita natural beneficiada no Brasil é a Nacional de Grafite Ltda., responsável por 96% do total, no ano de 2013, estabelecida no Estado de Minas Gerais, nos municípios de Itapecerica, Pedra Azul e Salto da Divisa, conforme o Informe Mineral 2015 do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral.
Atualmente, 1 kg de grafite custa US$ 1 e dele pode-se extrair 150g de grafeno, avaliado em pelo menos US$ 15 mil, uma fantástica valorização. Prevê-se que o mercado de grafeno terá potencial para atingir até US$ 1 trilhão em 10 anos. E o melhor: estima-se que o Brasil possua a maior reserva mundial, segundo relatório publicado em 2012 pelo DNPM.

SERVIÇO:

Inauguração do MackGraphe
Data: 02/03/2016 (quarta-feira)
Horário: 17h
Local: Universidade Mackenzie, campus Higienópolis (Rua Itambé, 143, prédio 12)
Conferência Científica ministrada pelo Prêmio Nobel
Data: 03/03/2016 (quinta-feira)
Horário: 10h
Local: Universidade Mackenzie, campus Higienópolis (Rua Itambé, 143, prédio 12)

Fonte: SEGS

Metais caem, com realização de lucros e petróleo fraco



Os futuros de cobre e de outros metais básicos operam em baixa, em meio a um movimento de realização de lucros após ganhos recentes e com a tendência de fraqueza do petróleo prejudicando o sentimento nos mercados de commodities.
Por volta das 8h35 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) caía 1,1%, a US$ 4.601,00 por tonelada.
Entre outros metais na LME, a tendência era majoritariamente negativa: o alumínio recuava 0,1%, a US$ 1.546,00 por tonelada – após atingir, na sessão anterior, a máxima em quatro meses de US$ 1.580,00 por tonelada -; o zinco tinha queda de 0,2%, a US$ 1.736,00 por tonelada; o níquel diminuía 1,3%, a US$ 8.535,00 por tonelada; e o chumbo registrava baixa de 1%, a US$ 1.692,00 por tonelada.
O pouco negociado estanho era a única exceção, com alta de 1,4%, a US$ 16.145,00 por tonelada.
“Os preços dos metais estão passando por mais realização de lucros nesta manhã, depois de terem atingido fortes ganhos em alguns casos”, disseram analistas do Commerzbank.
O petróleo, que ontem caiu mais de 4% em Londres e Nova York, mantém a trajetória de queda nos negócios da manhã, prejudicando o apetite por risco.
O cobre frequentemente oscila junto com o petróleo, uma vez que muitos investidores compram e vendem amplas cestas de índices e commodities. De modo geral, o petróleo costuma ter grande peso nessa cestas.
Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para março tinha baixa de 1,66%, a US$ 2,0705 por libra-peso, às 9h15 (de Brasília).

Fonte: Exame

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Excesso de capacidade industrial da China é perigo para a economia mundial



Do aço ao cimento, várias empresas estatais na indústria pesada sofrem essas capacidades ociosas depois de ter multiplicado os investimentos – muitas vezes a crédito -, apesar da demanda frágil, em particular no mercado imobiliário chinês. ”O excesso de capacidade é há tempos uma praga para a indústria chinesa, mas a situação piorou com profundas repercussões na economia mundial e sobre o próprio crescimento da China”, informou a Câmara em seu relatório divulgado nesta segunda-feira.
Para se ter ideia da magnitude do problema, aponta-se que as siderúrgicas chinesas têm uma produção maior do que a dos quatro principais países produtores juntos (Japão, Índia, Estados Unidos e Rússia), mas a metade delas são deficitárias. Em dois anos, a China produziu mais cimento do que os Estados Unidos em todo o século XX.
O grande plano de reativação adotado em 2008-2009 pelo governo chinês para lutar contra a crise econômica trouxe muito dinheiro para as empresas, convidadas a investir maciçamente, sem que a demanda seguisse o mesmo ritmo. Em seis dos oito setores estudados pela Câmara (aço, alumínio, cimento, refinarias, vidro, papel) o índice de utilização das fábricas é até mais baixo do que era em 2008, em plena crise.
É certo que Pequim, que pretende se lançar em uma transição econômica em favor dos serviços, se esforça em reduzir essas capacidades excessivas: endurece as normas, estimula as fusões e reestruturações de empresas e quer cortar empréstimos e subsídios a sociedades “zumbis” não rentáveis.
“Mas o poder central encontra uma forte resistência por parte dos governos locais (províncias e municípios), preocupados com as consequências no emprego dessas medidas”, afirma Joerg Wuttke, presidente da Câmara. ”Essas indústrias estão desconectadas das leis do mercado e se baseiam na ajuda das administrações locais, mediante investimentos ou facilidades para obter créditos”, destaca Wuttke.
- Tentação protecionista -
“O impacto no exterior já começa a ser sentido”, adverte Wuttke.
As empresas europeias que fornecem material industrial à China veem como esse mercado se enfraquece. A situação se agrava com a desaceleração da segunda economia mundial, que reduz a demanda.
A China tenta alocar seus excedentes de produção no mundo todo, com o risco de desestabilizar os mercados.
A invasão de aço chinês a preços imbatíveis por qualquer concorrente alimenta também a queda das cotações, e estimula tanto os Estados Unidos como a União Europeia (UE) a erguer barreiras aduaneiras para proteger-se.
As siderúrgicas europeias e americanas têm sofrido: o gigante do setor ArcelorMittal teve em 2015 a enorme perda de 7,9 bilhões de dólares.
Angustiados, diretores e funcionários do setor se manifestaram recentemente em Bruxelas para protestar contra a concorrência chinesa e pedir à UE que endureça suas medidas antidumping.
Os novos “caminhos da seda” que a China quer abrir ao custo de pesados investimentos na Ásia central não vão resolver nem melhorar o problema.
“As contas não fecham”, adverte Wuttke. “As necessidades desses países do centro da Ásia são muito pequenas para absorver uma porcentagem significativa dos excessos de capacidade da produção chinesa”.

Fonte: AFP

Pilar cresce 42% no IDH com a presença de mineradora



Com crescimento de 42% no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) na última década, conforme divulgado no levantamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o município de Pilar de Goiás deve avançar ainda mais com a atuação da Pilar de Goiás Desenvolvimento Mineral (PGDM), empresa da Brio Gold. Desde sua instalação, os moradores do entorno têm sido beneficiados com a geração de empregos, renda e ações de estímulo ao bem-estar da população.
No último ano, a unidade registrou cerca de 900 empregos diretos e terceirizados, ofereceu mais de 80 cursos de qualificação aos seus empregados e capacitou dezenas de pessoas para as áreas de Beneficiamento e Mineração. Além disso, a contribuição aos municípios de Pilar de Goiás, Guarinos e Crixás somou R$ 6,8 milhões, por meio do pagamento do Imposto Sobre Serviços (ISS) e da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM); adicionado ao repasse estadual de R$ 2 milhões ao município onde está instalada, referente ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os resultados foram apresentados durante a Reunião Cidadã, realizada em 26 de janeiro com 27 moradores da região.
No âmbito social, contabilizou aproximadamente 10 mil beneficiados com as ações promovidas pelo Instituto Yamana de Desenvolvimento Socioambiental nas áreas de saúde, cidadania, cultura, educação, esporte, lazer e meio ambiente. “Um dos programas de maior destaque é o Seminário de Parcerias, que em 2015 investiu R$ 100 mil em iniciativas desenvolvidas pela própria comunidade para proporcionar mais qualidade de vida aos moradores”, destaca Alexandro Neto de Oliveira, coordenador de Segurança, Saúde e Desenvolvimento Socioambiental.
Em 2016, a PGDM implantará o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) em Pilar de Goiás e Guarinos, que visa estimular os empresários, possibilitando o aperfeiçoamento da oferta de produtos e serviços para expansão dos negócios. Em parceria com a DVF Consultoria, a ação foi praticada em 2011 em outros empreendimentos do grupo e, em apenas dois anos, gerou 120% de incremento em negócios entre as mais de 100 instituições participantes. O público-alvo é formado por representantes de micro, pequenas e médias empresas de diversos setores.

Fonte: Jornal Diário do Norte

Samarco ganha poder para decidir como será indenização em MG



A minuta do acordo extrajudicial entre Samarco, Vale e BHP Billiton, os Ministérios Públicos Federal e Estadual e entidades governamentais sobre o desastre de Mariana, obtida com exclusividade pela Agência Pública, revela que as empresas terão o poder de decidir sobre quem será indenizado e sobre quanto cada pessoa ou família vai receber.
Se assinado por todos os envolvidos, o acordo encerra a ação civil pública que corre na 12ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas Gerais.
Será criada uma Fundação, comandada pelas mineradoras, para analisar cada um dos casos.
O andamento do trabalho será supervisionado pelo Comitê Interfederativo, entidade que reunirá representantes dos governos federal, estadual e municipal, mas não terá nenhum integrante de movimentos sociais que defendem as vítimas do rompimento da barragem do Fundão, o maior desastre ambiental da história do país.
Atualizada em 11 de fevereiro, a minuta do documento estipula como os responsáveis deverão agir para reparar e compensar os danos socioambientais e socioeconômicos.
Órgãos técnicos federais e estaduais estimaram que o custo deve ultrapassar R$ 20 bilhões. O texto, que tem 98 páginas, pode ser lido abaixo, na íntegra.
Apesar de haver uma série de pontos polêmicos e de não ter envolvido representantes dos atingidos na elaboração dos termos, o governo pretende fechar o acordo extrajudicial até sexta-feira (26). A data já foi inserida inclusive no final do texto.
De acordo com a cláusula 34ª do documento, a Fundação comandada por Samarco, Vale e BHP Billiton vai criar uma Câmara de Negociação para acertar o valor das indenizações com cada um dos atingidos.
Para isso, contará com negociadores com experiência na área jurídica e levará em conta informações sobre os interessados em reparações e provas colhidas.
Aqueles que não puderem pagar por um advogado vão ter a assistência jurídica gratuita patrocinada pela própria Fundação.
Ou seja, terão de aceitar a ajuda oferecida pelas empresas, que vão pagar as indenizações, para negociar ou contestar as próprias mineradoras. Quem não concordar com os termos oferecidos deverá entrar na Justiça.
O promotor de Justiça da Comarca de Mariana, Guilherme de Sá Meneghin, afirma que não participou de nenhuma das reuniões que resultaram no acordo. “Nunca houve qualquer tipo de diálogo comigo e também nunca houve qualquer tipo de diálogo com os atingidos”, diz.
“Nada disso que está aí contempla o que de fato as pessoas precisam para ter o seu reassentamento efetivado. Eles não têm condição de saber como os atingidos querem a comunidade, eles não me consultaram e não consultaram os atingidos. Eles não conhecem Bento Rodrigues.”
A cláusula 10ª da minuta estabelece as modalidades de reparação socioeconômica. Para o promotor, o texto não tem validade.
“Essa cláusula, ao não contemplar a participação das vítimas, não pode ser viabilizada. Ela viola não só a responsabilidade civil da empresa, que tem que ser de acordo com o dano causado, como também viola diversos tratados internacionais da área de direitos humanos”, afirma Meneghin.
“A maioria das casas de Bento Rodrigues eram casas coloniais, construídas no século 18. Qualquer projeto que não leve em consideração características como essas não tem condição de ser viabilizado. Essa é a nossa contestação.”
O promotor contesta ainda o modo como a Fundação vai decidir sobre as indenizações, usando a Câmara de Negociação para tratar individualmente cada caso.
“A indenização não pode ser levada à cabo por essa Fundação. Ela tem que ser feita na Câmara de Indenização aqui na Comarca com a participação do governo dentro do processo da ação civil pública em que já fixamos a primeira parcela da indenização. Cada comunidade tem um perfil muito diferente”, afirma.
De acordo com Meneghin, também não faz sentido que a Fundação forneça advogados para quem não puder arcar com isso. “Uma empresa não pode pagar advogado para uma pessoa que vai entrar com processo contra ela. O estatuto da OAB proíbe essa atividade. Isso é ilegal.”
Sem garantias

A Fundação também deverá cadastrar todos os atingidos, de acordo com a cláusula 8ª. Isso, no entanto, não garante o recebimento das indenizações, uma vez que cada caso será decidido após acordo na Câmara de Negociação.
Essas negociações, segundo a minuta, poderão ser acompanhadas pelo poder público. Logo, não existe a obrigação de que isso seja fiscalizado de perto pelo governo.
O trabalho de cadastramento de todas as pessoas e empresas atingidas pelo desastre deverá ser concluído em no máximo seis meses após a assinatura do documento e será verificado pelo Comitê Interfederativo.

As atribuições da Fundação são definidas na cláusula 4ª da minuta do acordo.
A entidade, instituída e patrocinada pelas responsáveis pelo rompimento da barragem, cuidará da execução de todos os programas e medidas necessários para a reparação, mitigação, compensação e indenização pelos danos socioambientais e socioeconômicos causados pelo desastre de Mariana.
Os encargos financeiros serão cobrados primeiro da Samarco. Somente se a empresa não tiver como cumprir os aportes de recursos exigidos por essas iniciativas é que a Vale e a BHP Billiton deverão fornecer os valores necessários.
Para Danilo Chammas, advogado da organização Justiça nos Trilhos, a proposta defendida pela minuta é perniciosa por confundir ações voluntárias de responsabilidade social corporativa com medidas para reparação de danos – que seriam obrigações devidas pelas empresas por conta das violações de direitos.
“As empresas têm medo de uma condenação judicial. O acordo é bom para elas e ruim para as vítimas, sejam elas as pessoas ou o meio ambiente”, diz.
“Mesmo que esse acordo preveja multas vultosas por descumprimento de suas cláusulas, é bastante provável que estas não sejam suficientes para incentivar as empresas a cumprirem com as obrigações assumidas. Atuo em processos em que a Vale tem descumprido sem o menor pudor decisões judiciais que também impõem multas por descumprimento.”
Outro ponto polêmico do documento prevê que a Fundação contrate uma empresa para identificar as áreas que sofreram impacto social, cultural e econômico com o rompimento da barragem.
Esse estudo estabelecerá a relação entre causa e consequência, isto é, a cadeia causal que vai relacionar o desastre aos danos causados, permitindo posteriormente a definição das compensações.
O problema é que as mineradoras terão influência direta nesse trabalho, que depois precisará ser validado pelo poder público por meio do Comitê Interfederativo.
Todas as decisões da Fundação serão analisadas e aprovadas por um Conselho de Administração. Dos sete integrantes do órgão, seis serão indicados pelas mineradoras: dois pela Samarco, dois pela Vale e dois pela BHP Billiton.
Apenas um dos membros será indicado pelo Comitê Interfederativo, formado pelo poder público. Todos os integrante do Conselho, no entanto, devem vir da iniciativa privada e ter experiência em gestão de grandes projetos.
Não há vagas, portanto, para qualquer representante dos atingidos pelo desastre.
Haverá também um Conselho Consultivo, com 14 membros, que poderá ser ouvido sobre os projetos e planos da Fundação. Mas nele também não há espaço para as vítimas, para as entidades que as representam ou para movimentos sociais.
Haverá sete representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, dois da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, cinco especialistas de instituições de ensino e pesquisa ou com notório conhecimento – um deles será indicado pelo Ministério Público Federal, um pelos Ministérios Públicos Estaduais de Minas Gerais e do Espírito Santo, dois pelo Conselho de Administração da Fundação e um pelo Comitê Interfederativo.
Em nenhum ponto do documento é criado qualquer mecanismo institucionalizado para garantir a participação efetiva dos atingidos nas decisões da Fundação.
Eles ou as entidades que os representam poderão apenas ser ouvidos pelo Conselho Consultivo, segundo parágrafo único da cláusula 247ª, em assembleias sem direito a voto.
Segundo a minuta do acordo extrajudicial, a Fundação criará uma Ouvidoria para manter o diálogo com a população atingida.
O documento, no entanto, deixa a cargo da entidade comandada pelas mineradoras a indicação do ouvidor que deverá resolver eventuais disputas que podem surgir ou apurar denúncias.
Os atos, projetos e programas da Fundação serão fiscalizados pelo Comitê Interfederativo, que reúne membros do governo e do Ministério Público.
Entre os integrantes, porém, não está nenhum representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que poderia defender os direitos dos atingidos pelo rompimento da barragem do Fundão.
As ações desse órgão também são sempre reativas, de acordo com a minuta, o que pode tornar os procedimentos burocráticos e também dificultar o acompanhamento.
Indígenas atingidos
Na minuta do acordo está previsto um programa de proteção e melhoria da qualidade de vida dos indígenas. As populações contempladas são os Krenak, os Tupiniquim e os Guarani da região da foz do rio Doce.
Para as ações, o acordo prevê mecanismos de consulta e participação dos povos em todas as fases do programa, mas não estabelece diretrizes para esses mecanismos.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai) deverão supervisionar e participar das ações mas não têm funções de coordenação.
Na cláusula 44ª são estipuladas as ações de responsabilidade da Fundação em relação aos indígenas.
Entre elas está a manutenção das medidas de apoio emergencial, estipuladas em um acordo feito em novembro de 2015 com a Vale, e o monitoramento de situações como o abastecimento e qualidade da água e apoio financeiro mensal às famílias.
Também consta a atualização das necessidades dos indígenas em virtude de diálogo com essa população.
Para que o programa tome forma, porém, a Fundação deve contratar uma consultoria independente, que irá elaborar um estudo para apontar os impactos socioambientais e socioeconômicos sobre os indígenas.
A partir daí, será feito um Plano de Ação Permanente, que deve ser pactuado com os indígenas.
O prazo para que o Plano de Ação Permanente entre em operação é de dois anos a partir da assinatura do acordo e ele deverá ser mantido por, no mínimo, dez anos.
“Essa definição do acordo já deveria estar considerando a opinião e a demanda dos índios”, comenta Adriana Ramos, coordenadora do Programa de Política e Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA).
“O governo está, em nome da sociedade, estabelecendo uma forma de lidar com os impactos sem consultar a sociedade pra saber se essa forma é a forma que melhor atende.”
Ela aponta que as ações previstas no acordo também deveriam ter sido alvo de consulta dos indígenas.
“Você vai criar uma fundação das empresas pra trabalhar em área indígena e quem deveria definir quem vai gerir os recursos pra aplicar nas ações deveriam ser os próprios índios. Em que organização que eles confiam?”
Ailton Krenak, liderança indígena do Vale do Rio Doce, esclarece que são feitas reuniões periódicas com as empresas e com o Ministério Público Federal, em virtude das medidas de emergência adotadas.
Ao ser questionado se os termos do acordo foram discutidos com a população Krenak, Ailton afirma que não.
A Agência Pública entrou em contato com os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, os ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente – que nos encaminharam, respectivamente, para o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e para o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – e a Advocacia-Geral da União (AGU).
O DNPM informou que o assunto não é de sua alçada e, por isso, não o comentará. Os demais órgãos não se posicionaram até o fechamento desta reportagem.

Fonte: Exame

Polícia permanecerá isolando área de garimpo ilegal em Mato Grosso



O Ministério Público Federal de Mato Grosso (MPF-MT) pediu e a Justiça Federal determinou que as forças policiais que estão garantindo o isolamento da área de garimpo ilegal, em Pontes e Lacerda, permaneçam no local por pelo menos mais 30 dias. Este prazo poderá ser renovado enquanto persistir risco de ocupação à área.
Além de impedir o retorno de garimpeiros para a área de mineração, as polícias também trabalham para garantir a segurança interna para todo o município. O MPF argumentou que os fatos que motivaram a presença da polícia no local ainda são uma realidade. Ainda há muitas pessoas acampadas de forma improvisada no município de Pontes e Lacerda, tanto na área urbana quanto na área rural. Foram registradas quatro mortes por conta do garimpo ilegal, além de mais de cinquenta prisões. Somente no início de fevereiro 30 pessoas foram presas envolvidas com atividades ilegais de mineração em Pontes e Lacerda.
Na decisão, o juiz Francisco Antônio de Moura Junior também determinou que as forças policiais apresentem um prazo articulado de ação em 48 horas e que o Departamento Nacional de Proteção Mineral (DNPM) dê informações sobre a existência e o andamento do procedimento administrativo de solicitação de pesquisa, autorização de extração ou concessão de lavra de minério na região da Serra da Borda.
De acordo com os argumentos apresentados pelo Ministério Público Federal o juiz entendeu que há justificativa para a permanência das polícias na área do garimpo ilegal que foi desocupada recentemente. Em sua decisão, o juiz destaca que do ponto de vista econômico a decisão também é salutar, uma vez que os custos para promover uma nova desintrusão na área são considerados maiores do que para a permanência da polícia na área.
O prazo para permanência da polícia por mais trinta dias começou a contar no dia 20 de fevereiro e a necessidade de sua prorrogação será avaliada ao término desse prazo.
O garimpo foi instalado em setembro do ano passado, em uma área de quatro mil hectares, a dez quilômetros do centro da cidade. No auge da ocupação, o local chegou a ter oito mil pessoas dedicadas direta ou indiretamente à exploração ilegal do ouro.

Fonte: Só Notícias

Greve de funcionários da Vale afeta produção em 7 minas, diz sindicato



A Vale teve sua produção afetada em sete minas das cidades de mineiras de Nova Lima e Itabirito durante paralisação realizada pelos funcionários nesta terça-feira, afirmou o diretor do Sindicato Metabase Belo Horizonte Braz Abreu.
Os funcionários, que protestaram contra decisão da empresa de não pagar Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente a 2015 –algo inédito na história recente da companhia–, suspenderam a greve temporariamente à espera de negociações com a mineradora.
O sindicato não informou qual foi o impacto na produção. Já a Vale, que lida com preços baixos do minério de ferro, não informou imediatamente se houve parada na produção das minas afetadas pela greve, que são Mutuca, Capão Xavier, Tamanduá, Capitão do Mato, Mar Azul, Vargem Grande e Pico.
A mineradora, maior produtora global de minério de ferro, informou que as sete minas e dois terminais rodoviários tiveram seus portões bloqueados por manifestantes para a entrada de funcionários de manhã. O acesso foi liberado apenas a partir das 14h.
Segundo Abreu, houve adesão de 98 por cento dos 6 mil funcionários que trabalham nas nove unidades da empresa.
Segundo o sindicalista, o Metabesa Belo Horizonte aguarda um resultado positivo das negociações e, caso a empresa confirme novamente que não irá pagar a PLR, os funcionários poderão retornar à greve. Os empregados permanecem em estado de greve, disse ele.
É a primeira vez desde a privatização, em 1997, que a mineradora não paga qualquer espécie de bônus por desempenho a seus funcionários.
Segundo a Vale, de acordo com os critérios fixados no atual acordo de PLR, o seu pagamento referente a 2015 não é devido.
“Cabe ressaltar que esses critérios estabelecidos no Acordo de PLR foram aprovados pelos sindicatos e pelos empregados em assembleias conduzidas por esses sindicatos”, disse a empresa.

Fonte: Reuters

Minério de ferro supera US$ 50 com maior demanda da China



Com sucessivas altas impulsionadas pelo movimento de estocagem na China, os preços do minério de ferro ultrapassaram ontem US$ 50 por tonelada ontem pela primeira vez em meses. Analistas ainda acreditam que a cotação segue pressionada pela sobreoferta no mercado transoceânico, mas o repique pode durar mais do que se esperava anteriormente.
De acordo com Paul Gait, da casa de análise americana Bernstein Research, bons indicadores macroeconômicos chineses mostram que há fundamento para a valorização da matéria-prima do aço. As importações crescem, o setor de construção dá sinais de crescimento e se aproxima a temporada sazonalmente mais forte para a demanda siderúrgica no país.
O analista tem uma visão mais otimista do que a média do mercado. Suas previsões de preço médio para 2016 são de US$ 54, quando a maior parte dos especialistas crava valores próximos de US$ 40. Para se ter uma ideia, a estimativa do Citi é de US$ 36 e do Goldman Sachs, de US$ 38.
Já a analista Caroline Bain, da consultoria Capital Economics, admite que não esperava a commodity ultrapassando a barreira dos US$ 50 durante o primeiro trimestre, mas afirma que a recuperação pode ter vida curta. Para ela, os fatores que pressionam os preços desde 2014 seguem a regra e o nível atual não é sustentável.
Para ela, os indicadores atuais da China podem explicar o repique, mas a tendência ainda é de perda do ritmo. O cenário chinês é de um crescimento menor, muito mais ligado ao consumo do que à infraestrutura, o que significaria produção siderúrgica mais baixa e queda na procura pelo minério de ferro, principal matéria-prima do aço. Ao mesmo tempo, as grandes mineradoras expandem sua capacidade e aumentam o excesso de oferta em um mercado já inchado.
No ano passado, por exemplo, a brasileira Vale – que é a maior produtora de minério de ferro do mundo – bateu seu recorde histórico em extração do material, com 333 milhões de toneladas.
O enfraquecimento do dólar pode explicar parte da alta. Como o insumo é negociado em moeda americana, o menor valor da divisa significaria menor poder de compra, impulsionando os preços do minério. Neste ano, o dólar caiu 1,3% contra uma cesta que contém libra esterlina, iene, euro, dólar canadense, franco suíço e coroa sueca. Até o menor patamar do ano, tocado há dez dias, a baixa era de 3,2%.
No ano, o minério com teor de 62% de ferro já subiu 23%, para US$ 51,52 a tonelada no porto de Qingdao, na China, diz a “Metal Bulletin” – só ontem, a alta foi de 6,2%. É o maior valor em quatro meses. O desempenho ajudou a impulsionar as ações das mineradoras. Na BM&FBovespa, por exemplo, os papéis preferenciais de classe A da Vale avançaram 8,17%, para R$ 9,40. Os papéis ordinários ganharam 11,07%, para R$ 13,14.
No exterior, outras grandes mineradoras, rivais da Vale, passaram o dia no azul. Na bolsa de Londres, as ações da Anglo American subiram 10,88%, para 4,84 libras (US$ 6,84), as da Rio Tinto tiveram valorização de 8,38%, para 20,50 libras, e as da BHP Billiton 8,48%, para 7,95 libras.
Carolina, da Capital Economics, lembra que antes do feriado do Ano Novo Lunar compradores chineses iniciaram um processo de estocagem, que continuou com a retomada dos negócios. A consultoria diz crer em nível de US$ 42,75 para a commodity na média deste ano. Gait, da Bernstein, argumenta que dados chineses apontam para uma possível estabilização do crescimento econômico, ajudam a reduzir a instabilidade das commodities e podem ter feito os clientes correrem para comprar mais minério.
Na opinião do analista da Bernstein, o mercado transoceânico da matéria-prima perdeu flexibilidade nos últimos anos, com a concentração nas mãos das quatro maiores produtoras – Vale, Rio Tinto, BHP Billiton e Forstescue Metals – e qualquer problema pontual já atinge os preços de maneira mais drástica.
A dinâmica de oferta e demanda também parece ter ficado mais equilibrada, acrescenta Gait. “Vimos muitos fechamentos de capacidade significativos na China e também de outros fornecedores [de minério] de países que não tradicionalmente exportam o produto”, comenta.
Ele também lembra que algumas questões técnicas e ambientais fizeram com que os embarques à China fossem menores do que o esperado. Assim, um grande novo projeto, como o de Roy Hill, na Austrália, que deve adicionar 55 milhões de toneladas à capacidade global com 100% de sua utilização, ainda não afetou totalmente o mercado.

Fonte: Portos e Navios via Valor Econômico

Fiat Chrysler aposta no magnésio para fabricar carros mais leves



A Fiat Chrysler Automobiles está usando o magnésio como sua mais nova artimanha para diminuir o peso dos veículos e reduzir o consumo de combustível diante dos padrões mais rígidos para as emissões de poluentes.
A montadora ítalo-americana está adotando esse metal leve como substituto do aço, que é mais pesado, na fabricação da porta elétrica do porta-malas de sua minivan Pacifica 2017, que chega ao mercado americano ainda este ano. O magnésio é 74% mais leve que o aço e 33% mais leve que o alumínio, segundo a Associação Internacional do Magnésio, uma entidade setorial.
O magnésio traz algo significativo para os projetistas de automóveis: a facilidade com que ele pode ser moldado com áreas grossas e finas na mesma peça. Ele abre as portas para a redução das perdas e permite aos projetistas mais possibilidades de moldagem. No caso do Pacifica, “bolsos” foram moldados na porta do porta-malas para que as luzes traseiras possam ser uma parte integrada da peça.
“O bom do magnésio é que você pode usá-lo em mais peças da arquitetura de um veículo para reduzir o peso, sem comprometer a segurança e o desempenho”, diz Joe Petrillo, diretor de vendas na América do Norte de uma unidade do Wanfeng Auto Holding Group, que fabrica a porta do porta-malas do Pacifica.
A nova minivan da Fiat Chrysler chega aos revendedores até o fim do ano, com uma lista de características que visam melhorar a autonomia, como um conjunto de bateria opcional que permite ao veículo percorrer 48 quilômetros no modo elétrico, antes do acionamento do motor à gasolina.
O veículo é anunciado no momento em que os compradores afluem para as picapes, um movimento que vem enfraquecendo parte das economias com combustíveis obtidas na última década. Com os padrões para as emissões de poluentes endurecendo bastante até 2025, muitas montadoras estão lançando veículos elétricos ou usando materiais mais leves e mais caros, como o alumínio.
As atuais caminhotes F-150 da Ford usam peças de alumínio que as tornam até 315 quilos mais leves em relação aos modelos anteriores totalmente feitos de aço, e a General Motors (GM) deverá empregar o alumínio nas futuras versões de seus caminhões e utilitários esportivos (SUVs).
O magnésio é uma alternativa cara. Um quilo do metal custa às montadoras cerca de US$ 3,75, enquanto a mesma quantidade de alumínio sai por US$ 1,51. O aço custa entre US$ 0,40 e US$ 0,98 o quilo, dependendo do grau de qualidade, segundo dados do setor.
Mas Petrillo diz que o magnésio pode ter um efeito de “composição” na redução de peso de um veículo. Uma porta do porta-malas mais leve pode levar a suportes menores ou mesmo um motor menor para a sua abertura. Elimine um peso suficiente de um carro e uma montadora pode ser capaz de reduzir também o tamanho do motor.
Os produtos mais vendidos da Fiat Chrysler são os corpulentos SUVs Jeep e as picapes Ram, colocando esses modelos entre alguns dos que mais consomem combustível e geram poluentes, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA). Alguns analistas vêm questionando se a companhia tem planos adequados para resolver o problema. Sergio Marchionne, diretor-presidente da Fiat Chrysler, já disse que o setor poderá não conseguir cumprir os padrões estabelecidos para 2025, especialmente com os preços da gasolina tão baixos.
A porta do porta-malas do Pacifica é um sinal de que a companhia não está “jogando a toalha”. “Quando começamos a trabalhar no projeto de uma nova minivan, já sabíamos que teríamos de encontrar meios de reduzir o peso”, diz a engenheira-chefe da minivan Pacifica, Jessica Lafond. O magnésio, que é derretido e derramado em um molde, deu aos projetistas flexibilidade para desenhar uma traseira mais atraente. E eles conseguiram reduzir a necessidade de peças adicionais, como braçadeiras, luzes traseiras inseridas e um vidro traseiro um pouco maior. Lafond diz que a montadora está estudando a possibilidade de ampliar o uso do magnésio para outros modelos da Fiat Chrysler.
Os materiais mais leves, que são sempre mais caros, estão se tornando mais comuns nos projetos de automóveis. Desde 2009, o percentual de alumínio como componente do peso dos veículos aumentou 17%, para 172 quilos, ou quase 10% do total.
Os compostos de fibra de carbono também estão aparecendo em alguns modelos, mas as montadoras relutam em se comprometer com materiais caros. O novo cárter de fibra de carbono da BASF é 40% mais leve que as versões de aço ou alumínio, por exemplo, mas a companhia ainda procura um comprador.
O Pacifica da Fiat Chrysler, que tem portas deslizantes de alumínio, poderá ser um pioneiro no uso mais amplo do magnésio. Usado nos automóveis desde 1920, os veículos leves carregam em geral cerca de 4,5 quilos do material em sua composição, mas este número deverá triplicar até 2025, segundo previsão da Ducker Worldwide, uma consultoria e firma de pesquisa americana.
“O magnésio sempre foi um produto interessante para os engenheiros, uma vez que economiza muito peso e ao mesmo tempo é resistente”, diz Abey Abraham, um diretor de projetos da Ducker Worldwide. Em média, os veículos leves empregam cerca de 4,5 quilos do material em áreas como o painel de instrumentos e as estruturas dos assentos.
“Com a aproximação da entrada em vigor das novas diretrizes para as emissões, o magnésio começa a aparecer em mais carros e em peças maiores”, diz Abraham. O modelo de luxo Lincoln MKT da Ford foi o último a usar o magnésio na porta do porta-malas, mas seus volumes eram pequenos quando comparados com a demanda esperada para a minivan Pacifica.
Os fornecedores de autopeças estão se preparando para um uso mais amplo do metal. Ramzi Hermiz, executivo-chefe da Shilo Industries, do Estado americano de Ohio, diz que sua empresa está tentando ampliar a produção de peças de magnésio e para isso vai dobrar o tamanho de uma fábrica na Polônia, que antes era dedicada exclusivamente a peças de aço. Uma iniciativa parecida está sendo tomada no Estado do Tennessee.
“Vimos o magnésio crescer primeiro com as montadoras europeias”, diz Hermiz. “Nesta era de grandes veículos nos EUA, estamos recebendo mais consultas sobre como podemos fazer este ou aquele componente de magnésio, alumínio ou uma combinação dos dois.”

Fonte: WSJB