quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Greve de funcionários da Vale afeta produção em 7 minas, diz sindicato



A Vale teve sua produção afetada em sete minas das cidades de mineiras de Nova Lima e Itabirito durante paralisação realizada pelos funcionários nesta terça-feira, afirmou o diretor do Sindicato Metabase Belo Horizonte Braz Abreu.
Os funcionários, que protestaram contra decisão da empresa de não pagar Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente a 2015 –algo inédito na história recente da companhia–, suspenderam a greve temporariamente à espera de negociações com a mineradora.
O sindicato não informou qual foi o impacto na produção. Já a Vale, que lida com preços baixos do minério de ferro, não informou imediatamente se houve parada na produção das minas afetadas pela greve, que são Mutuca, Capão Xavier, Tamanduá, Capitão do Mato, Mar Azul, Vargem Grande e Pico.
A mineradora, maior produtora global de minério de ferro, informou que as sete minas e dois terminais rodoviários tiveram seus portões bloqueados por manifestantes para a entrada de funcionários de manhã. O acesso foi liberado apenas a partir das 14h.
Segundo Abreu, houve adesão de 98 por cento dos 6 mil funcionários que trabalham nas nove unidades da empresa.
Segundo o sindicalista, o Metabesa Belo Horizonte aguarda um resultado positivo das negociações e, caso a empresa confirme novamente que não irá pagar a PLR, os funcionários poderão retornar à greve. Os empregados permanecem em estado de greve, disse ele.
É a primeira vez desde a privatização, em 1997, que a mineradora não paga qualquer espécie de bônus por desempenho a seus funcionários.
Segundo a Vale, de acordo com os critérios fixados no atual acordo de PLR, o seu pagamento referente a 2015 não é devido.
“Cabe ressaltar que esses critérios estabelecidos no Acordo de PLR foram aprovados pelos sindicatos e pelos empregados em assembleias conduzidas por esses sindicatos”, disse a empresa.

Fonte: Reuters

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