A siderúrgica Usiminas informou nesta quinta-feira que teve prejuízo líquido bem maior que o esperado pelo mercado no quarto trimestre, impactada por baixas contábeis em suas principais divisões como consequência da queda nos preços do minério de ferro e decisão de encerrar produção de aço na usina de Cubatão (SP).
O prejuízo líquido foi de 1,627 bilhão de reais entre outubro e dezembro, ante média de expectativas de analistas de resultado negativo em 464 milhões de reais para o período.
A companhia reduziu o valor contábil de uma série de ativos totalizando 1,6 bilhão de reais. A maior redução ocorreu na unidade de mineração, no valor de 1,2 bilhão de reais. A área de siderurgia registrou baixa contábil de 357,2 milhões de reais.
A empresa também registrou provisões de 256,8 milhões de reais relacionadas a reestruturação que incluem renegociação de contrato com a transportadora MRS.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) encerrou o trimestre negativa em 1,82 bilhão de reais. O Ebitda em termos ajustados também foi negativo, em 250 milhões de reais, ante expectativa média de analistas de 84,3 milhões de reais negativos.
A Usiminas encerrou dezembro com dívida líquida de 5,86 bilhões de reais, 52 por cento acima do total do final de 2014. A dívida bruta era de 7,9 bilhões de reais, com 24 por cento dela no curto prazo. O caixa da companhia em dezembro era de 2 bilhões de reais ante 2,85 bilhões no mesmo período de 2014.
Na véspera, reunião do Conselho de Administração da companhia não chegou a discutir um plano para a empresa conseguir algum alívio junto a bancos credores, em meio a disputa de poder entre os controladores Nippon Steel e Techint. A companhia teve vendas de 1,2 milhão de toneladas de aço no quarto trimestre, praticamente estável sobre o final de 2014, mas as vendas de minério de ferro recuaram a 670 mil toneladas no período ante 1,16 milhão de toneladas um ano antes.
Fonte: Reuters
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