A receita é perfeita para uma queda da Bovespa nesta terça-feira, dia 2. O mercado acionário brasileiro vem de uma alta acumulada de 8,19% nas últimas quatro sessões e o clima no exterior está tenso novamente hoje, em meio a renovadas quedas do petróleo. O cenário político doméstico também está no foco, com o retorno das atividades no Congresso. Com isso, o Ibovespa abriu em queda e às 10h25 recuava 2,34%, aos 39.622,66 pontos.
Entre as blue chips, Petrobras (ON -3,04% e PN -3,18%) é pressionada pela retração dos preços do petróleo, com o Brent caindo 3,83%, a US$ 32,93 o barril. No caso da Vale (ON -3,05% e PN -3,31%) nem mesmo a recuperação nos preços do minério de ferro à vista na China, que subiram 1,4% hoje, é suficiente para impulsionar os papéis.
No setor financeiro, o destaque é o Itaú Unibanco (PN -5,26%), que anunciou lucro líquido de R$ 5,698 bilhões no quarto trimestre do ano passado, resultado 3,22% maior que o registrado no mesmo período de 2014, mas 4,15% inferior ao lucro do terceiro trimestre de 2015. O resultado ficou em linha com a média das previsões de analistas consultados pelo Broadcast (BTG Pactual, Safra, Santander, UBS e uma casa que preferiu não ser identificada), de R$ 5,610 bilhões.
Segundo análise do UBS, os resultados do Itaú foram “respeitáveis”, com retorno sobre patrimônio líquido de 22%, contra 24,3% no mesmo período de 2014. Entretanto, o banco ressaltou a deterioração na qualidade dos ativos, aumento nas provisões para devedores duvidosos (PDD) e nos custos operacionais.
No lado doméstico, o cenário político está no foco, com o Congresso retomando nesta terça os trabalhos após o recesso parlamentar. A cerimônia de reabertura contará com a presença da presidente Dilma Rousseff. Enquanto isso, no radar econômico o destaque é a reunião do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, com missão da Moody’s, última das três agências de classificação de risco a manter o selo de grau de investimento do País.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
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