A 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Corumbá, distante 419 km de Campo Grande, instaurou Inquérito Civil na última terça-feira (8) para averiguar a situação estrutural das barragens de rejeitos de minério localizadas no Morro do Urucum e Morro Santa Cruz de responsabilidade da empresa Vale.
Conforme a publicação, a promotora de Justiça, Ana Rachel Borges de Figueiredo Nina, determinou ainda o parecer técnico do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) para o saneamento das irregularidades.
Oito técnicos do Imasul vistoriaram em dezembro, 14 barragens nas minas de Antônio Maria Coelho e Morro Urucum, pertencentes à companhia Vale e, numa análise preliminar técnica e visual, não constataram quaisquer indícios que sinalizem a possibilidade de uma ocorrência como a que atingiu a região de Mariana, Minas Gerais, onde 15 pessoas morreram com o rompimento da barragem.
Além da vistoria, foi coletado amostras de água em rios próximos ao local das barragens, para análise em laboratório.
Denúncia - O empresário, Reginaldo Costa, 30, alegou que fez uma denúncia para o Ministério Público, pois com a cheia do rio Paraguai, rejeitos de minério que estavam na borda do rio, foram arrastados para dentro da água.
“Como trabalho com pescarias no Pantanal, estou em contato direto e há 40 dias percebi que o rejeito de minério está indo pro rio o que causou a morte de muitos peixes, mas nas estradas também é possível ver os rejeitos”, explica o empresário ao Campo Grande News.
Conforme Costa, ele mobilizou algumas pessoas e denunciou o caso ao ministério. “Quero que isso se resolva, porque está agredindo muito o meio ambiente e o Pantanal”, afirmou.
Ainda segundo o empresário, ele não chegou a entrar em contato com a Vale. “Mobilizei muitas pessoas e cheguei a receber ligações da Vale, mas não atendi porque não me interessa o que vão dizer, porque eu sei o que eu vejo todos os dias no Pantanal”, informou.
Ministério Público - De acordo com a assessoria da promotora de Justiça, Ana Rachel Borges de Figueiredo Nina, a denúncia sobre a mortandade dos peixes nunca chegou ao ministério e o inquérito foi instaurado devido ao relatório do Imasul encaminhado ao MP no final de fevereiro.
Fonte: Campo Grande News
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