A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (2) no Amapá e no Rio de Janeiro a operação “Caminho do Ferro” que investiga suposta propina envolvendo parlamentares e uma mineradora. De acordo com as investigações, servidores e deputados da Assembleia Legislativa do estado (Alap) receberam dinheiro para facilitar em 2013, a concessão da Estrada de Ferro Amapá (EFA) a uma empresa multinacional do ramo da mineração.
Cerca de 40 agentes cumpriram três mandados de prisão temporária, sendo apenas um efetuado, e oito mandados de busca e apreensão em empresas e residências. As ações aconteceram em Macapá e Santana, no Amapá, além da capital carioca.
A investigação inicial do Ministério Público do Amapá (MP-AP) aponta que à época houve um pagamento no valor de R$ 11 milhões feito por uma empresa sediada no Rio na conta de um assessor parlamentar. O valor seria destinado aos parlamentares para que eles autorizassem a concessão da estrada de ferro para a multinacional.
Na capital, os mandados de busca aconteceram na residência do deputado estadual Júnior Favacho, à época presidente da Alap, e também na casa do empresário Jean Alex Nunes, que em 2013 era presidente da Junta Comercial do Amapá (Jucap). Os nomes dos investigados na operação não foram revelados pela PF e MP-AP.
Durante as diligências, o advogado de Nunes, George Tork, esclareceu que o empresário não se encontra na capital, mas os agentes realizaram a buscas na casa dele. “É uma fase preliminar, a PF está fazendo isso porque está no inquérito, onde figura o meu cliente. Garantimos o trabalho da polícia federal de forma correta”, disse o advogado.
O promotor do MP Afonso Guimarães explicou que os envolvidos no caso estão respondendo pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção ativa/passiva e lavagem de dinheiro.
Fonte: G1
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