segunda-feira, 7 de março de 2016

Votorantim Cimentos foca no consumidor comum



Diante de uma indústria de construção que viu seu desempenho encolher 7,5% em 2015, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), uma das grandes empresas do segmento resolveu apostar na maior reformulação dos seus 83 anos de história. A Votorantim Cimentos iniciou no mês passado a venda do seu novo portfólio de produtos, focado na segmentação do catálogo por tipo de uso. A ideia é facilitar a escolha no momento da compra e, assim, ficar mais próximo do consumidor comum, que está investindo mais em reforma.
“O processo de reformulação como um todo foi iniciado há cerca de dois anos. Resolvemos implementar um novo modelo para a companhia, já vislumbrando um cenário de crise. Apostamos em um modelo diferente, continuando a acreditar no crescimento do Brasil e em que a construção civil continue a crescer”, explica o gerente comercial regional da empresa no Nordeste, André Pompeo Villela. Segundo ele, a empresa sentiu uma retração de mercado de 9,5% no ano passado, desempenho que foi reproduzido pelas vendas em Pernambuco.
O cenário do Nordeste é formado em 70% pelo mercado de autoconstrução – os consumidores que compram para reformar ou construir por conta própria –, o que coloca a região como estratégica para o novo momento da empresa. A Votorantim conta com cinco fábricas em solo nordestino.
Com a nova formatação dos produtos, o mercado pernambucano passa a ser atendido principalmente pelas fábricas de Paulista, instalada na Região Metropolitana do Recife (RMR), e de Laranjeiras, em Sergipe. Essa última é uma das maiores da empresa na região, ao lado da fábrica de Sobral, no Ceará.
A fábrica do município de Paulista irá produzir apenas o cimento batizado de “todas as obras”, produto mais versátil e adequado para rebocos, contrapisos e lajes. Também fazem parte do novo portfólio o “obras estruturais”, usado para fundações, pilares, vigas e estruturas; “obras básicas”, para reparos e reformas sem função estrutural e “obras especiais”, para uso industrial. Esses demais produtos serão trazidos ao Estado a partir de Sergipe.
“Esse processo de mudança é focado nesse público, é nele que acreditamos. Com construtoras e indústrias já temos uma diferenciação enquanto empresa”, afirma Villela, referindo-se a trabalhadores da construção e pequenos consumidores em geral. A empresa não divulga qual o montante investido na reformulação do portfólio.

Fonte: JCOnline

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